"Odessa foi atacada novamente por drones suicidas do inimigo", denunciou o Comando Operacional Sul do exército ucraniano.

"O inimigo atingiu três vezes o prédio da administração no centro da cidade", detalhou, numa mensagem no Facebook, acrescentando que um dos drones foi derrubado pela Força Aérea ucraniana sem deixar vítimas.

Natalia Gumeniuk, uma porta-voz do Comando Operacional do Sul, disse à AFP que eram "drones iranianos".

O ataque ocorreu dois dias depois de dois civis terem sido mortos em Odessa, num ataque russo cometido com recurso a um drone de fabricação iraniana. Ainda na sexta-feira, 23 de setembro, quatro drones iranianos foram abatidos no sul do país, segundo as Forças Armadas ucranianas.

Nesse contexto, o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia divulgou um comunicado, na sexta-feira, informando a sua decisão de retirar a acreditação do embaixador iraniano no país e reduzir, significativamente, o número de funcionários diplomáticos da Embaixada iraniana em Kiev.

"A parte iraniana foi informada de que o fornecimento de armas à Rússia (...) vai contra a posição de neutralidade, respeito pela soberania e integridade territorial da Ucrânia", acrescentou o mesmo ministério.

"Fornecer armas à Rússia para que faça guerra na Ucrânia é um ato hostil que representa um duro golpe nas relações entre Ucrânia e Irão", acrescentou.

No sábado (24), Teerão disse lamentar a decisão do governo ucraniano.

"Teerão lamenta a decisão do governo ucraniano, referente às relações diplomáticas com a República Islâmica do Irão", declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Nasser Kanani, em comunicado.

"Esta decisão baseia-se em informações infundadas transmitidas pela propaganda da imprensa estrangeira" contra o Irão, acrescentou.

Kanani destacou "a política clara de neutralidade ativa do seu país no conflito entre Ucrânia e Rússia, a sua oposição à guerra e a necessidade de uma solução política das diferenças, sem recorrer à violência".

O Irão responderá de "forma apropriada à decisão do governo ucraniano", concluiu.