Vinte anos de guerra e de uma presença extremamente cara, para um balanço pulverizado em poucas semanas. O fracasso dos Estados Unidos no Afeganistão coloca em dúvida o interesse das intervenções ocidentais.
Vinte anos depois, os talibãs regressam ao poder no Afeganistão. A transição de poder representa um grande desafio para os radicais islâmicos num país pobre e diplomaticamente isolado, com profundos problemas sociais e políticos.
O chefe da diplomacia do Reino Unido, Dominic Raab, criticado pela sua gestão da crise no Afeganistão, defendeu-se hoje diante de deputados de acusações de não estar preparado e anunciou deslocar-se imediatamente "à região".
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Yaïr Lapid, sustentou hoje que a retirada norte-americana do Afeganistão foi "provavelmente a decisão certa", mas não foi convenientemente executada.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse hoje que os vinte anos de guerra e a presença norte americana no Afeganistão foram uma "tragédia" para o país.
O Reino Unido iniciou conversações com os talibãs para assegurar a "livre passagem" dos seus nacionais e aliados para fora do Afeganistão depois de o movimento extremista islâmico ter assumido o controlo do país.
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, alertou hoje para a possibilidade de "uma catástrofe humanitária" no Afeganistão, caso faltem fundos para assistência ao país após a saída das forças norte-americanas, noticiou a agência AFP.
O presidente dos Estados Unidos falou hoje, após a saída do país do Afeganistão, naquela que foi a mais longa guerra em que os norte-americanos estiveram envolvidos. Joe Biden assume a responsabilidade da retirada e avisa: "estamos longe de ter terminado".
Os ministros do Interior da União Europeia (UE) comprometeram-se hoje a, após as "lições aprendidas" na crise migratória de 2015, prevenir "movimentos migratórios ilegais em larga escala e descontrolados" devido à situação no Afeganistão, prometendo proteção aos refugiados.
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, defendeu hoje que a União Europeia (UE) está “mais preparada” para evitar eventuais crises migratórias em situações como do Afeganistão, dado focar-se na dimensão humanitária, mas também na segurança da região.
O ministro da Administração Interna disse hoje que Portugal tem capacidade financeira para acolher “na casa das centenas” de refugiados afegãos, com prioridade para mulheres, crianças, ativistas e jornalistas, quando 84 pessoas já estão no país.
As Nações Unidas apelaram hoje aos talibãs para "respeitarem e protegerem os direitos humanos" e também à comunidade internacional para "não abandonar as crianças" no Afeganistão, já que 45% da população tem menos de 15 anos de idade.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, considerou hoje "essencial" manter aberto o aeroporto de Cabul e prometeu não esquecer os que procuram fugir do regime talibã no Afeganistão após a partida dos últimos soldados norte-americanos.
Portugal vai receber hoje mais cerca de 20 cidadãos afegãos que se juntam aos 66 refugiados que já se encontram em território nacional, disse a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva.
O número de britânicos que não puderam ser retirados do Afeganistão antes do fim das operações realizadas pelo Reino Unido é de "algumas centenas", admitiu nesta terça-feira, 31 de agosto, o governo de Boris Johnson, criticado pela sua gestão da crise afegã.
O chanceler da Áustria, Sebastian Kurz, disse hoje que o seu país não está preparado para receber mais afegãos e que não apoiará um sistema europeu de distribuição de refugiados do Afeganistão pelos vários Estados da União Europeia.
Os talibãs asseguraram hoje o controlo total do aeroporto internacional de Cabul e falaram de uma "lição" para o mundo, após o último avião norte-americano ter descolado, marcando o fim da guerra mais longa dos Estados Unidos.
O sistema de saúde pública do Afeganistão está à beira do colapso desde que as organizações internacionais congelaram os fundos de financiamento ao país, após a tomada do poder pelos talibãs, disse hoje o ministro da Saúde afegão.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, disse que o Governo vai garantir visto de entrada em Portugal para a mãe e a irmã de afegão que iniciou uma greve de fome na segunda-feira, no Porto.
Os talibãs proclamaram hoje “independência total” do Afeganistão, depois de os últimos soldados dos Estados Unidos da América (EUA) terem deixado o país, após 20 anos de presença das forças norte-americanas em território afegão.
Os Estados Unidos terminaram hoje a sua guerra mais longa com a retirada militar do Afeganistão, país que invadiram há 20 anos, logo após os ataques terroristas de 11 de Setembro.
A 'chanceler' alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Emmanuel Macron, articularam hoje em conversa telefónica possíveis formas alternativas de continuar a resgatar do Afeganistão cidadãos ocidentais, colaboradores afegãos e outras pessoas vulneráveis que permanecem no país tomado pelos talibã