O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou hoje que ninguém quer que o Afeganistão se torne "um terreno fértil para o terror" e defendeu que o Ocidente deve trabalhar em conjunto para garantir isso.
O presidente Ashraf Ghani, um economista muitas vezes retratado como um especialista em Estados falidos, transformou-se, em apenas alguns anos, na imagem de um Afeganistão fracassado, apesar da ajuda internacional.
Portugal vai integrar a operação da União Europeia e da NATO para proteger cidadãos no Afeganistão e está disponível para receber afegãos, disse hoje o ministro da Defesa, sublinhando que o Governo acompanha a situação "com grande preocupação" .
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, afirmou hoje que a Aliança Atlântica está a ajudar a garantir a segurança do aeroporto de Cabul para permitir a retirada de cidadãos ocidentais do Afeganistão face ao avanço da ofensiva talibã.
A mais de 8.000 quilómetros de distância, Farid Walizadeh tenta saber notícia de familiares e amigos que estão no Afeganistão através da rádio, que nos últimos dias deixou de dar os nomes das vítimas mortais para indicar apenas números.
O papa Francisco mostrou-se hoje preocupado com a situação no Afeganistão, após a chegada dos talibãs a Cabul, apelando ao cessar-fogo e ao início do diálogo.
A Rússia está a trabalhar com outros países para realizar, com urgência, uma reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o Afeganistão, após a chegada dos talibãs à capital afegã, avançou um funcionário do Governo.
Depois de dominar todas as capitais provinciais, os talibãs entraram em Cabul. O ministro do Interior afegão, Abdul Sattar Mirzakwal, afirmou hoje que uma "transferência pacífica de poder" para um governo de transição terá lugar no Afeganistão, numa fase em que o Presidente, Ashraf Ghani, já terá ab
Os talibãs tomaram esta manhã a cidade afegã oriental de Jalalabad, deixando apenas Cabul, a capital, como a única grande cidade ainda controlada pelo Governo.
O número de capitais provinciais do Afeganistão sob o domínio dos talibãs subiu nas últimas horas para 23, após a conquista de mais três cidades: Maymana, Mehtarlam e Mazar-e-Sharif, a quarta maior cidade do país.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, decidiu hoje enviar para Cabul mais 2.000 soldados além dos 3.000 previstos, para garantir a segurança da retirada de diplomatas norte-americanos e civis afegãos, com os talibãs às portas da capital afegã.
O Presidente afegão, Ashraf Ghani, informou hoje que está a desenvolver contactos políticos com vista restabelecer a "paz e estabilidade" no país, onde os talibãs têm vindo a conquistar terreno numa ofensiva contra as forças afegãs.
A organização Human Rights Watch (HRW) apelou hoje aos governos estrangeiros que ajudem a sair do Afeganistão os civis em risco de serem perseguidos pelos talibãs e que suspendam "imediatamente" as deportações de quem fugiu do país.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, instou hoje os talibãs a cessarem hostilidades e negociarem com o Governo do Afeganistão, alertando que uma tomada do poder pela força desencadeará uma guerra civil ou isolamento internacional.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, comprometeu-se hoje a "não virar costas ao Afeganistão", confrontado com o avanço dos talibãs, apelando aos ocidentais para trabalharem com Cabul para evitar que o país "volte a ser terreno fértil para o terrorismo".
Os talibãs conquistaram hoje Pul-e-Alam, a capital da província de Logar, situada a apenas 50 quilómetros a sul da capital do Afeganistão, Cabul, indicou um conselheiro provincial.
A NATO, aliança militar que une os Estados Unidos e a Europa, convocou uma reunião para hoje para analisar a decisão dos Estados Unidos de enviar militares para retirar todo o pessoal diplomático e colaboradores do Afeganistão.
A França anunciou hoje que suspendeu no início de julho as deportações de migrantes afegãos, cujo pedido de asilo foi recusado, para o seu país de origem, devido aos combates entres os talibãs e as forças pró-governamentais.
Os talibãs tomaram hoje a cidade de Ghazni, localizada a 150 quilómetros da capital, Cabul, a 10.ª capital da província a cair numa semana, informou um conselheiro provincial.
Centenas de elementos das forças de segurança afegãs retiraram-se da área do aeroporto da cidade de Kunduz, no nordeste do Afeganistão, e renderam-se às forças talibãs, disse à France Presse um conselheiro provincial.
Os talibãs tomaram Pul-e-Khumri, capital da província setentrional afegã de Baghlan, após vários dias de combates contra as forças de segurança, tornando-a a segunda capital regional hoje capturada e a oitava em menos de uma semana.
Pelo menos 183 civis foram mortos e 1.181 feridos pelos talibãs em quatro cidades afegãs desde 09 de julho, alertou hoje a alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet.
As forças talibãs iniciaram o cerco à cidade de Mazar-i-Sharif, a maior cidade do norte do Afeganistão, provocando a fuga da população civil que teme o avanço dos "insurgentes".