As Nações Unidas afirmaram hoje, Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina, que se estima existirem 4,4 milhões de meninas em risco de sofrer esta prática, o equivalente a mais de 1200 casos diários.
Limitar o corpo das mulheres é dizer que somos, nós, mulheres, menos. A mim, desculpem lá a imagem, dá-me vontade de bater, de dar com um pano encharcado na tromba de alguém.
As autoridades de saúde registaram no ano passado 190 casos de mutilação genital feminina, um aumento de 24% relativamente ao período homólogo, e em mais de metade ocorreram complicações, segundo a Direção-Geral da Saúde.
A informação foi confirmada pela Direção-Geral da Saúde (DGS) em comunicado divulgado no Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres.
Um dirigente do Instituto Nacional da Criança (Inac) de Angola alertou hoje para a prática de mutilação genital feminina em algumas comunidades da província do Moxico (sul).
A Comissão Europeia (CE) reafirmou hoje o "firme compromisso" dos países membros da União Europeia na luta pela erradicação da mutilação genital feminina no mundo, uma prática internacionalmente reconhecida como uma violação dos direitos humanos das mulheres e raparigas.
A Escola Nacional de Saúde Pública vai passar a lecionar uma pós-graduação sobre Mutilação Genital Feminina (MGF) para qualificar os profissionais de saúde sobre esta matéria, uma iniciativa enquadrada no projeto governamental 'Práticas Saudáveis: Fim à Mutilação Genital'.
O Tribunal da Relação de Lisboa suspendeu a pena de prisão de três anos aplicada a uma cidadã guineense pelo crime de mutilação genital feminina da filha, segundo o acórdão hoje conhecido.
A primeira resposta em Portugal para mulheres sobreviventes à mutilação genital feminina e outras práticas nefastas abriu as portas há dois meses e tem atendido mulheres migrantes vítimas de violência que a pandemia de covid-19 tornou ainda mais vulneráveis.
Os profissionais de saúde detetaram 101 casos de mutilação genital feminina em 2020, num ano em que os serviços foram afetados pela pandemia, mas mesmo assim prosseguiram sensibilizados para este crime, que obteve recentemente a primeira condenação em Portugal.
Rugui Djaló, cidadã guineense residente em Portugal, foi hoje condenada, no Tribunal de Sintra, a uma pena de três anos de prisão efetiva pelo crime de mutilação genital da sua filha.
O primeiro julgamento por um crime de mutilação genital feminina em Portugal conhece a sentença hoje, no Tribunal de Sintra, tendo o Ministério Público pedido uma pena de prisão efetiva para a arguida.
O Ministério Público pediu hoje uma pena de prisão efetiva para Rugui Djaló, a primeira arguida a ser levada a julgamento em Portugal por um crime de mutilação genital feminina.
O secretário-executivo da Associação Amigos da Criança (AMIC) da Guiné-Bissau, Laudolino Medina, congratulou-se hoje com a decisão das autoridades portuguesas em julgar o primeiro caso de suspeita de Mutilação Genital Feminina (MGF).
A lei foi criada em 2015, desde então, este é o primeiro caso de mutilação genital feminina que chega a tribunal em Portugal. O julgamento terá lugar no Tribunal de Sintra.
Profissionais de saúde da região de Lisboa registaram 129 casos de mutilação genital feminina em 2019, o dobro em relação a 2018, quando foram conhecidos 64 casos, revelou hoje o secretário de Estado da Saúde, António Sales.
Mais de quatro milhões de raparigas estão em risco de sofrer mutilação genital este ano e o número pode ultrapassar os 60 milhões até 2030, alertaram hoje as Nações Unidas e a Organização Mundial de Saúde.
A prática da mutilação genital feminina (MGF) poderia ser erradicada em cinco anos, se a causa conseguisse angariar financiamento para lançar uma campanha global, disse à Lusa Jaha Dukureh, que hoje recebe no parlamento português o Prémio Norte-Sul.
Nos primeiros seis meses deste ano foram detetados 54 casos de mutilação genital feminina, quase tantos como em 2018, na sequência do projeto Práticas Saudáveis, de prevenção e combate ao fenómeno, centrado nas estruturas de saúde.
Cinco agrupamentos de centros de saúde (ACS) da área metropolitana de Lisboa vão coordenar ações na área da mutilação genital feminina, nomeadamente formação, para prevenir, detetar casos e conhecer melhor o fenómeno.
As organizações não-governamentais (ONG) com projetos de prevenção e combate à mutilação genital feminina podem concorrer a uma linha de financiamento do Governo, no valor global de 50 mil euros.
Binta Mandjam, líder das mulheres de Cutiá, no norte da Guiné-Bissau, afirmou perante duas secretárias de Estado portuguesas que "há muito que não se pratica o fanado”, como é conhecida a prática da mutilação genital naquela comunidade.
Quase 240 casos de mutilação genital feminina foram detetados em Portugal entre 2014 e 2017, avançou esta terça-feira a secretária de Estado da Igualdade, defendendo que estes “números dramáticos” têm de ser combatidos intensificando a luta contra esta prática.
Oitenta casos de mutilação genital feminina (MGF) foram detetados em Portugal em 2016, demonstrando que o trabalho realizado para combater esta prática está a resultar, disse à Lusa a secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade.