Cerca de 24 mil professores ficaram hoje colocados nas escolas públicas portuguesas para o ano letivo 2019/2020, 13 mil deles no mesmo estabelecimento em que estavam no ano anterior.
O número de professores com menos de 30 anos nas escolas do continente caiu a pique em menos de duas décadas, passando de 27.121 no ano letivo 2000/01 para pouco mais de 1.200 em 2017/18, segundo dados oficiais.
O PSD compromete-se no seu programa eleitoral a devolver todo o tempo de serviço congelado aos professores, de forma faseada e num período “não inferior a seis anos”, propondo-se ainda a rever a Lei de Bases da Educação.
Na crise que opôs durante mais de um ano professores e Governo na guerra pela recuperação do tempo de serviço, o epicentro foi o parlamento, mas foi o executivo que tremeu. Depois de meses de negociações falhadas, a hipótese de ser obrigado pelo parlamento a contar os nove anos, quatro meses e dois
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) enviou à procuradoria-geral da República um ofício a pedir que o Ministério Público investigue a causa da morte de quatro docentes que morreram no exercício de funções entre março e junho.
A Fenprof reclamou hoje o alargamento do prazo, de 30 de junho para 12 de julho, para que os professores optem pela modalidade de recuperação do tempo de serviço congelado, tendo já apresentado essa proposta ao Governo.
Os professores portugueses são em média cinco anos mais velhos do que os seus colegas da OCDE, de acordo com um relatório desta organização que alerta para a necessidade de renovação de metade da classe docente na próxima década.
Marcelo Rebelo de Sousa considerou hoje incompreensíveis as críticas da federação dos professores, que o acusou de não ser Presidente de todos os portugueses.
Mais de 500 professores passaram a integrar os quadros do Ministério da Educação através do concurso externo, que teve menos candidatos do que no ano passado, mas deixou de fora mais de 33 mil docentes.
O primeiro-ministro, António Costa, prestou hoje um "grande tributo" ao trabalho que os professores "têm desenvolvido e que, mais uma vez, este ano desenvolveram”.
A Assembleia Legislativa dos Açores aprovou hoje, por unanimidade, uma proposta do Governo Regional, que procede à recuperação do tempo de serviço docente congelado no arquipélago, de forma faseada, ao longo de seis anos.
A Federação Nacional da Educação (FNE) quer que o Governo estabeleça um calendário “claro” com orientações precisas sobre as opções que os professores podem escolher para pedir a recuperação do tempo de serviço congelado.
O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, argumentou hoje que o Governo “desrespeita, desvaloriza e até chega a manifestar desprezo pelos professores”, o que terá “consequências terríveis para o futuro”, como a falta de docentes.
Dezenas de delegados e dirigentes sindicais dos professores manifestaram-se hoje no Largo Camões, em Lisboa, numa “presença simbólica” para mostrar que os professores não vão deixar de lutar, desde logo contra a “intoxicação de desinformação” na sociedade.
O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, garantiu hoje que a “luta” pela recuperação integral do tempo de serviço não acabou, acreditando num “final justo”.
Os sindicatos de professores decidiram não avançar com uma greve às avaliações do terceiro período, optando por ações de visibilidade nas ruas, já na campanha para as europeias, e ações em tribunal, entre outras.
O líder parlamentar social-democrata desdramatizou hoje a tensão entre PSD e PS por causa da votação sobre a contagem do tempo de serviço dos professores e disse acreditar que tudo se dissipará “com o tempo”.
O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), que hoje se absteve na votação da reposição integral do tempo de serviço dos professores, criticou a forma como a carreira dos docentes foi utilizada “como arma de combate político e eleitoral” entre partidos.
PSD e CDS-PP foram hoje acusados pelas bancadas mais à esquerda de “traição” aos professores, por votarem contra a recuperação do tempo de serviço, com Fernando Negrão a responder que os sociais-democratas “não suportam o PS”.
A Assembleia da República rejeitou hoje as alterações ao decreto do Governo que pretendiam consagrar a devolução de todo o tempo de serviço congelado aos professores, uma semana depois de o primeiro-ministro ter ameaçado demitir-se se as propostas fossem aprovadas.
A Assembleia da República deverá rejeitar hoje as alterações ao decreto do Governo que pretendiam consagrar a devolução de todo o tempo de serviço congelado aos professores, uma semana depois de o primeiro-ministro ter ameaçado demitir-se se as propostas fossem aprovadas.
Dezenas de professores concentraram-se hoje em Lisboa frente à Direção-Geral de Estabelecimentos Escolares (DGEstE), onde preencheram os requerimentos que depois entregaram para pedir a negociação da pré-reforma, que cerca de 50 mil professores estão em condições de requerer.
A Fenprof recusou hoje que os professores tenham sido traídos pelos partidos da esquerda, que anunciaram que não vão responder ao apelo sindical para viabilizar as propostas de direita sobre o tempo de serviço, mas admite “frustração”.
O CDS-PP queria discutir os “problemas reais” do “país real”, mas o debate no parlamento desembocou hoje naquilo que a deputada Cecília Meireles classificou de “maior golpe de teatro” do Governo, em torno da crise dos professores.