Os sindicatos de polícia pediram hoje "tratamento idêntico" aos dos professores ao exigirem a contagem total do tempo em que as carreiras dos polícias estiveram congeladas e ameaçam com protestos.
A Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC) disse ter o compromisso do Governo de que será aplicado aos funcionários da Polícia Judiciária as mesmas regras aprovadas para os professores quanto à recuperação do tempo de serviço.
O PCP usou hoje, por quatro vezes, a acusação de “calculismo eleitoral” para qualificar a criação de um ambiente de crise pelo Governo em torno da contabilização total do tempo de serviço dos professores.
O BE garantiu hoje que vai manter a votação sobre os diplomas dos professores, que diz serem constitucionais, e acusou o PS de ter duas posições, uma nas regiões autónomas e outra em Portugal Continental.
O presidente do PSD, Rui Rio, disse hoje que o Governo está a fazer um "golpe de teatro" ao convocar uma reunião de urgência para debater a aprovação pelo parlamento da contabilização total do tempo de serviço dos professores.
As associações socioprofissionais dos militares defenderam hoje a aplicação à progressão das carreiras das Forças Armadas de “solução idêntica” à que o parlamento consagrou quinta-feira para os professores.
A Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) reclamou hoje a contagem integral do tempo de serviço congelado em “mais de 16 carreiras” do Estado, defendendo “que a justiça se reponha para todos” e não apenas para os professores.
O secretário-geral da UGT mostrou-se hoje satisfeito com a aprovação pelos partidos da contabilização total do tempo de serviço congelado dos professores, considerando que abre expectativas para as outras carreiras da administração pública.
A coordenadora do BE desvalorizou hoje as "tentativas de criar um ambiente de crise política" por causa dos professores, que considerou "totalmente artificial", afirmando que a alteração aprovada pelo parlamento "respeita a autonomia negocial do próximo Governo".
O Aliança criticou o “desespero eleitoral” que levou os partidos a aprovar a recuperação integral do tempo de serviço congelado aos professores, esquecendo a responsabilidade de acrescer 800 milhões de euros à despesa do Estado.
PCP e Bloco de Esquerda acusaram na quinta-feira o PSD de impedir o parlamento de ir mais longe no tempo de serviço dos professores e o PS acusou esquerda e direita de irresponsabilidade e de pôr em causa a legislatura.
O secretário-geral da Fenprof considera que hoje “é um dia importante” para os professores que viram reconhecidos pelo parlamento todo o tempo de serviço congelado, mas lembra que a suspensão da luta está dependente de 10 estruturas sindicais.
O primeiro-ministro convocou esta sexta-feira de manhã, com caráter de urgência, uma reunião extraordinária de coordenação política do Governo, depois de o parlamento ter aprovado a contabilização total do tempo de serviço dos professores.
O parlamento aprovou hoje que dois anos, nove meses e dois dias de tempo de serviço congelado aos professores que o Governo queria devolver faseadamente sejam pagos até 2020 e com efeitos retroativos a janeiro de 2019.
O parlamento aprovou hoje que a recuperação dos cerca de 6,5 anos de tempo de serviço dos professores que faltam ao proposto pelo governo deve ser negociada e ter “efeitos em 2020 e anos seguintes”.
O parlamento chumbou hoje, com voto contra do PS e a abstenção do PSD, que o tempo de serviço congelado aos professores possa vir a ser contado para efeitos de aposentação.
O parlamento aprovou hoje uma alteração ao decreto do Governo, estipulando agora claramente que o tempo de serviço a recuperar são os nove anos, quatro meses e dois dias reivindicados pelos docentes.
O ministro das Finanças disse hoje no parlamento que contar todo o tempo de serviço dos professores representaria “o maior aumento de despesa desta legislatura” e iria abrir “uma caixa de Pandora” sobre a recuperação do passado nas carreiras.
A Fenprof apela aos professores mais velhos para que, no dia 8 de maio, se concentrem nos serviços do Ministério da Educação para manifestar interesse em avançar com o seu processo de pré-reforma.
O regime legal de contratação de docentes do ensino superior privado deverá ir no sentido do paralelismo com o estatuto dos docentes do setor público, com uma carreira de três categorias, adiantou hoje o ministro da tutela, Manuel Heitor.
O Sindicato de Todos os Professores (S.TO.P) anunciou hoje a criação de um fundo de apoio a situações de greve, tornando-se no primeiro sindicato docente a ter um fundo de greve, de acordo com o coordenador do S.TO.P, André Pestana.
O PS requereu hoje a audição urgente do ministro das Finanças, no parlamento, sobre os impactos para as contas públicas em resultado da eventual aprovação da recuperação total do tempo de serviço antes congelado aos professores.
Consenso, a palavra-chave para resolver o problema da contagem do tempo de serviço dos professores, foi a ausência mais notada hoje no parlamento, que discutiu cinco projetos de apreciação do diploma do Governo com o qual quase ninguém concorda.
O líder da Fenprof avisou hoje que os deputados da Assembleia da República têm um mês para resolver a situação da recuperação do tempo de serviço congelado aos professores, caso contrário estes avançam para uma greve às avaliações.