O secretário-geral comunista promete que o PCP vai insistir no regresso ao parlamento para alteração do decreto-lei do Governo sobre a devolução do tempo de serviço congelado nas carreiras dos professores.
O Presidente da República admitiu hoje promulgar o diploma para repor parte do tempo de serviço aos professores, caso docentes e Governo não cheguem a acordo e este insistia na reposição de dois anos, nove meses e 18 dias.
As organizações sindicais de professores solicitaram hoje ao Ministério da Educação a agenda negocial para a reunião marcada para a próxima semana e criticaram a ausência de informação por parte da tutela ao convocar o encontro.
O Presidente da República vê como “ponto positivo” as negociações do Governo com os sindicatos de professores, apesar da falta de acordo quanto à contagem do tempo de serviço, no respeito pela determinação da Lei do Orçamento do Estado.
O presidente do PSD acusou hoje o Governo de “não cumprir” o que foi aprovado pelo parlamento sobre professores e de fazer apenas um “ato formal”, sem se comprometer como votará uma reapreciação do decreto de contagem do tempo.
O primeiro-ministro, António Costa, antecipou hoje que o Governo voltará a aprovar o decreto que recupera dois anos, nove meses e 18 dias do tempo de serviço congelado aos professores, se falharem as negociações com os sindicatos.
Os sindicatos de professores anunciaram hoje que vão realizar uma manifestação nacional em 23 de março em Lisboa como forma de luta pela recuperação integral do tempo de serviço congelado.
O Bloco de Esquerda disse hoje “não excluir nenhum instrumento” parlamentar para encontrar uma solução para recuperar o tempo de serviço dos professores e acusa o Governo de não negociar ao apresentar uma proposta que sabe ser que é inaceitável.
O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, afirmou hoje que a proposta apresentada aos sindicatos cumpre a lei, sublinhando que o programa do Governo não previa a recuperação do tempo de serviço congelado aos professores.
O Presidente da República defendeu hoje que o seu papel é "convidar a caminhos de entendimento", quando questionado se teve alguma influência ou envolvimento nas negociações e no diálogo do Governo com professores e enfermeiros.
A plataforma sindical de professores disse hoje ter “esbarrado num muro de intransigência do governo”, que apresentou aos professores uma proposta de recuperação de tempo de serviço “rigorosamente igual, sem mudar uma vírgula” face à que foi rejeitada.
O primeiro-ministro, António Costa, assumiu “algum pessimismo” para o reinício das negociações entre o Governo e os sindicatos de professores sobre o descongelamento das carreiras, agendado para hoje, devido à intransigência de Mário Nogueira.
Professores e Governo regressam hoje à mesa das negociações para discutir a recuperação do tempo de serviço congelado sem garantias de que o Ministério da Educação, que convocou os sindicatos, tenha propostas novas para apresentar.
Professores com doenças incapacitantes, como acidentes vasculares cerebrais (AVC) ou doenças oncológicas, estão a ser obrigados a regressar às escolas pelas juntas médicas para realizar “serviços moderados”, denunciou hoje a Federação Nacional dos Professores (Fenprof).
Os sindicatos de professores suspenderam a concentração marcada para quinta-feira em Lisboa, mantêm a exigência da recuperação dos mais de nove anos de serviço, garantindo ter o apoio de mais de 60 mil professores.
Os sindicatos da Educação foram hoje convocados pelo Ministério da Educação para uma reunião negocial a 25 de fevereiro, para discutir a recuperação do tempo de serviço congelado, como previsto no Orçamento do Estado, adiantaram as estruturas sindicais.
O ministro da Educação anunciou hoje que as negociações com os professores sobre o Orçamento do Estado (OE) para 2019 começam nos "próximos vindouros dias", garantindo que o Governo se vai sentar à mesa com "boa-fé".
Alunos do 12.º ano sem aulas no 3.º período ou um ano sem avaliações finais são medidas propostas pelos professores caso o Governo não negoceie a recuperação do tempo de serviço este período, revelou a Fenprof.
A Federação Nacional de Educação (FNE) adiantou hoje que os professores podem avançar para “formas de luta radicais”, que podem abranger o restante ano letivo e lembra ao Governo que tem a responsabilidade de cumprir o seu orçamento.
O primeiro-ministro, António Costa, considerou hoje que “só vale a pena negociar” com os professores quando houver “alguma coisa nova a propor”, salientando que o Governo não se senta à mesa com os sindicatos “só para entreter”.
O Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE) escreveu aos líderes do PSD, CDS-PP, PCP e BE a perguntar o que pretendem “fazer pelos professores na próxima legislatura”, lembrando-lhes que já este ano há 100 mil votos em jogo.
Cerca de 2.000 professores, segundo números dos sindicatos, exigiram hoje em Lisboa que o Governo comece já a negociar a contagem dos anos em que as carreiras estiveram congeladas, e ameaçam que da próxima vez poderão ser muito mais
A Fenprof ameaçou hoje o Ministério da Educação e o Governo com “um ano desgraçado” se não ficar resolvida a questão da contagem do tempo de serviço e não forem retomadas brevemente as negociações sobre a matéria.
Os professores anunciaram hoje que, perante a ausência de resposta do Governo para iniciar as negociações com vista à recuperação do tempo de serviço, vão manifestar-se na próxima quinta-feira em Lisboa.