Professores com doenças incapacitantes, como acidentes vasculares cerebrais (AVC) ou doenças oncológicas, estão a ser obrigados a regressar às escolas pelas juntas médicas para realizar “serviços moderados”, denunciou hoje a Federação Nacional dos Professores (Fenprof).
Os sindicatos de professores suspenderam a concentração marcada para quinta-feira em Lisboa, mantêm a exigência da recuperação dos mais de nove anos de serviço, garantindo ter o apoio de mais de 60 mil professores.
Os sindicatos da Educação foram hoje convocados pelo Ministério da Educação para uma reunião negocial a 25 de fevereiro, para discutir a recuperação do tempo de serviço congelado, como previsto no Orçamento do Estado, adiantaram as estruturas sindicais.
O ministro da Educação anunciou hoje que as negociações com os professores sobre o Orçamento do Estado (OE) para 2019 começam nos "próximos vindouros dias", garantindo que o Governo se vai sentar à mesa com "boa-fé".
Alunos do 12.º ano sem aulas no 3.º período ou um ano sem avaliações finais são medidas propostas pelos professores caso o Governo não negoceie a recuperação do tempo de serviço este período, revelou a Fenprof.
A Federação Nacional de Educação (FNE) adiantou hoje que os professores podem avançar para “formas de luta radicais”, que podem abranger o restante ano letivo e lembra ao Governo que tem a responsabilidade de cumprir o seu orçamento.
O primeiro-ministro, António Costa, considerou hoje que “só vale a pena negociar” com os professores quando houver “alguma coisa nova a propor”, salientando que o Governo não se senta à mesa com os sindicatos “só para entreter”.
O Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE) escreveu aos líderes do PSD, CDS-PP, PCP e BE a perguntar o que pretendem “fazer pelos professores na próxima legislatura”, lembrando-lhes que já este ano há 100 mil votos em jogo.
Cerca de 2.000 professores, segundo números dos sindicatos, exigiram hoje em Lisboa que o Governo comece já a negociar a contagem dos anos em que as carreiras estiveram congeladas, e ameaçam que da próxima vez poderão ser muito mais
A Fenprof ameaçou hoje o Ministério da Educação e o Governo com “um ano desgraçado” se não ficar resolvida a questão da contagem do tempo de serviço e não forem retomadas brevemente as negociações sobre a matéria.
Os professores anunciaram hoje que, perante a ausência de resposta do Governo para iniciar as negociações com vista à recuperação do tempo de serviço, vão manifestar-se na próxima quinta-feira em Lisboa.
O representante da República para a Madeira enfatizou hoje que a Educação é uma matéria regionalizada, pelo que a região tem autonomia para resolver a situação de recuperação de tempo de serviço congelado dos professores.
Portugal é um dos 17 países do mundo a organizar este ano uma edição nacional do "Global Teacher Prize", um "Nobel" do ensino que distingue um professor pela resolução criativa e eficaz de um tema escolar.
A Federação Nacional da Educação iniciou esta sexta-feira, no Porto, a iniciativa "942 - Só queremos o que é nosso”, que percorrerá todos os distritos, para lutar pela recuperação integral do tempo de serviço congelado aos professores portugueses.
O primeiro-ministro disse esta sexta-feira que respeita a autonomia regional e não levantará qualquer questão de inconstitucionalidade sobre a solução para a contagem do tempo de serviço dos professores nas ilhas, mas rejeitou aplicar o mesmo sistema no território continental.
A Federação Nacional de Educação (FNE) lança hoje a campanha '942 - Só queremos o que é nosso", que vai promover, em todo o país, o "desfraldar de uma enorme bandeira", assinada pelos professores, a ser depois entregue ao primeiro-ministro.
Os deputados da comissão de Educação garantiram esta quarta-feira aos sindicatos de professores que irão defender no parlamento a recuperação integral do tempo de serviço, questionando a legalidade de tratamento diferenciado entre os docentes das ilhas e do continente.
O Governo Regional dos Açores aprovou uma proposta de decreto legislativo que visa a "recuperação do tempo de serviço dos professores" para efeitos de progressão de carreira, foi hoje anunciado.
Cerca de 6.000 professores com vínculo à administração pública da Madeira vão recuperar o tempo de serviço congelado, num total de nove anos, de acordo com um decreto legislativo que entrou em vigor em 1 de janeiro.
Os sindicatos de professores lembraram hoje o Governo que querem ser tratados com os restantes funcionários públicos que verão contabilizados todo o tempo de serviço congelado, garantindo disponibilidade “para todo o tipo de criatividade” durante o processo negocial.
O secretário-geral da Fenprof considerou hoje inaceitável a “desconsideração” do ministro das Finanças pelos professores, adiantando que no encontro hoje em São Bento os docentes vão transmitir que querem negociar mas não aceitam ser “humilhados”.
Com o recomeço das aulas recomeça também hoje a greve dos professores a atividades fora do seu horário de trabalho e os sindicatos dirigem-se à residência oficial do primeiro-ministro para manifestarem disponibilidade para um regresso imediato às negociações.
A Fenprof apelou esta quarta-feira aos professores para que retomem na quinta-feira a greve a atividades fora do horário, que está a motivar cortes salariais que os sindicatos vão contestar judicialmente. O apelo foi "ajudado" por um vídeo do ministro da Educação.
O impacto financeiro do descongelamento das várias carreiras da função pública ronda os 630 milhões de euros, segundo as contas do Governo que referem que o valor é semelhante ao que custaria a contabilização integral do tempo dos professores.