O Sudão autorizou hoje o consumo de álcool aos não muçulmanos, que estava proibido desde 1983 naquele país africano, onde a legislação conservadora continua de pé mais de um ano após a queda do ex-Presidente Omar-al-Bechir.
Representantes da Organização das Nações Unidas (ONU), Comissão Europeia e dos Negócios Estrangeiros europeus participam hoje numa conferência virtual com o primeiro-ministro do Sudão, Abdalla Hamdok, para debater o futuro do país africano, após a revolução no ano passado.
O alto representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Josep Borrell, anunciou hoje um pacote de 30 milhões de euros em ajuda humanitária ao Sudão, no final de uma visita de dois dias ao país.
Pelo menos 18 pessoas, incluindo quatro crianças, morreram hoje na queda de um avião militar sudanês que transportava ajuda humanitária no Darfur, leste do país, anunciou o exército num comunicado.
Um tribunal de Cartum condenou hoje o ex-presidente do Sudão Omar al-Bashir a dois anos de prisão por um crime de enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro, naquela que é a primeira condenação contra o ex-chefe de Estado afastado do poder em abril passado.
O mais recente balanço do Governo do Sudão anunciou a morte de pelo menos 23 pessoas numa explosão seguida de incêndio numa fábrica de cerâmica no leste da capital sudanesa.
Milhares de pessoas protestaram hoje no Sudão para pedir a dissolução do partido do ex-Presidente Omar al-Bashir e o afastamento de antigos dirigentes das novas instituições criadas após a sua destituição, em abril passado.
O Sudão do Sul anunciou hoje que vai renegociar o acordo petrolífero com o Sudão, estando incapaz de cumprir os termos da indemnização de 3.000 milhões de dólares (2.700 milhões euros) prevista após a sua secessão em 2011.
O Ministério da Saúde do Sudão informou a Organização Mundial de Saúde (OMS) que detetou várias pessoas infetadas com cólera no estado do Nilo Azul, fronteiriço com a Etiópia, os primeiros casos positivos desta doença no país desde 2007.
Os militares no poder no Sudão e representantes do movimento civil de contestação assinaram hoje um acordo que abre caminho à transferência do poder para os civis, numa cerimónia na capital, Cartum.
Cartum, 03 ago 2019 (Lusa)-- Os dirigentes militares e os líderes do movimento de contestação no Sudão chegaram hoje a acordo sobre um texto constitucional que abre caminho a uma transferência de poder para civis, anunciou hoje o mediador da União Africana.
O início do julgamento do antigo chefe de Estado do Sudão Omar al-Bashir, acusado de corrupção, está marcado para 17 de agosto, anunciou o seu advogado, depois de o ex-Presidente ter estado ausente da sessão de hoje.
Centenas de membros do movimento pró-democracia do Sudão protestaram hoje em várias cidades do país pedindo que o futuro Governo de transição seja constituído por especialistas e tecnocratas e não por partidos políticos.
A oposição sudanesa, liderada pelas Forças da Liberdade e Mudança, anunciou hoje a suspensão das jornadas de desobediência civil, após um acordo com a junta militar que governa o Sudão sobre o período de transição no país.
A junta militar no Sudão e os líderes do movimento de contestação chegaram hoje a acordo sobre o período de transição política, aceitando um poder partilhado entre militares e civis, após meses de tensão.
Pelo menos sete pessoas morreram e 181 ficaram feridas no Sudão na sequência das manifestações massivas de domingo para exigir a transição para um governo civil, noticiou a agência oficial Suna, citando o Ministério da Saúde.
O ex-presidente do Sudão, Omar al-Bashir, destituído e preso em abril sob pressão da população e dos militares, foi indiciado por "corrupção", anunciou hoje a agência noticiosa oficial Suna.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou "firmemente" a violência no Sudão e apelou aos militares no poder e ao movimento de protesto que trabalhem juntos para encontrar uma solução para a crise.
Um segundo dia de desobediência civil foi cumprido hoje no Sudão, em resposta ao apelo do movimento de protesto pela crescente repressão dos generais no poder, que já causou mais de 100 mortes na última semana.
Dois líderes dos protestos no Sudão foram detidos por "homens armados" após se encontrarem com o primeiro-ministro etíope, que chegou a Cartum para tentar resolver a crise com os militares no poder, informaram hoje fontes próximas dos detidos.
Um responsável do Ministério da Saúde do Sudão afirmou hoje que 61 pessoas morreram durante as operações militares contra os movimentos de contestação no país, contrariando os opositores, que falam em mais de 100 mortos.
O Governo português condenou hoje o "uso injustificado" da violência contra "manifestantes pacíficos" em Cartum, Sudão, apelando para "um consenso negocial" que permita a instituição de uma governação civil do país.
O Conselho dos Médicos do Sudão afirmou hoje que o número de mortos subiu para pelo menos 35, num momento em que os militares, no poder, prometeram convocar eleições dentro de nove meses.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, condenou hoje o uso excessivo da força pelas autoridades sudanesas contra os manifestantes, que causou pelo menos 30 mortos em Cartum, e pediu uma investigação independente.