A BBC acusou as autoridades sudanesas de deterem três jornalistas do serviço em língua árabe, levando-os "para local desconhecido", quando cobriam os protestos de hoje contra o golpe de Estado em outubro passado no país.
As forças de segurança sudanesas utilizaram hoje gás lacrimogéneo para dispersar milhares de manifestantes que se dirigiam para o palácio presidencial, em Cartum, durante novos protestos contra o poder militar na capital do Sudão.
O chefe da missão da ONU no Sudão, Volker Perthes, anunciou hoje o lançamento de um "processo político intra-sudanês" para resolver a crise na transição democrática naquele país africano, após o golpe de Estado militar de outubro.
O primeiro-ministro do Sudão, Abdullah Hamdok, anunciou hoje através da televisão a sua demissão, 42 dias depois de ter alcançado um acordo com os militares para regressar ao cargo, do qual foi deposto em outubro último.
Pelo menos duas pessoas foram mortas hoje durante um novo dia de protestos no Sudão contra o golpe de Estado de 25 de outubro, subindo para 56 o número de vítimas mortais nas manifestações convocadas no país desde então.
As forças de segurança sudanesas dispararam hoje gás lacrimogéneo contra milhares de opositores ao domínio militar que convergiram para o palácio presidencial em Cartum, enfrentando um corte nas telecomunicações e os soldados armados.
As forças de segurança sudanesas estão a disparar bombas de gás lacrimogéneo para repelir os milhares de opositores do regime que se aproximam do palácio presidencial, para contestar a repressão que já causou 48 mortes.
A polícia sudanesa disparou hoje granadas de gás lacrimogéneo para dispersar milhares de manifestantes reunidos no exterior do palácio presidencial em Cartum, disseram testemunhas à AFP.
As tribos árabes e o clã Al Masiriya Yabal, que nas últimas semanas protagonizaram confrontos sangrentos na região de Darfur, oeste do Sudão, acordaram hoje o fim das hostilidades depois da violência tribal que provocou mais de 100 mortos.
Uma associação de médicos sudaneses acusou hoje as forças de segurança do país de impedirem manifestantes feridos de receberem tratamento e de atacarem hospitais desde o golpe militar de 25 de outubro.
O primeiro-ministro sudanês, Abdallah Hamdok, deposto por um golpe militar em 25 de outubro, reassumiu o cargo sob um acordo formalmente assinado hoje com o general Abdel Fattah al-Burhan, em Cartum.
As forças de segurança sudanesas dispararam hoje gás lacrimogéneo contra os milhares de manifestantes que marchavam em Cartum contra o golpe militar, em protesto contra uma repressão que já causou 24 mortos e o corte total das comunicações.
Manifestantes pró-democracia saíram hoje às ruas do Sudão para protestarem contra a tomada do poder pelos militares, enquanto os generais apertam o controlo sobre o país, apesar dos pedidos dos EUA e de outros governos ocidentais.
O recente golpe militar vai agravar a crise no Sudão, o que não impede este país de manter as portas abertas aos que fogem de outros conflitos, uma solidariedade reconhecida pelo pessoal da ajuda humanitária, como a luso-americana Paola Emerson.
O líder militar sudanês, general Abdel-Fattah al-Burhan, ordenou hoje a libertação de quatro ministros do Governo derrubado no golpe de Estado perpetrado em 25 de outubro, anunciou a televisão estatal sudanesa.
Várias dezenas de países exigiram hoje uma sessão especial do Conselho dos Direitos Humanos da ONU dedicada ao Sudão, onde a repressão exercida pelos militares que assumiram o poder já matou vários oponentes do golpe.
As forças de segurança sudanesas mataram hoje duas pessoas durante protestos contra o recente golpe militar no país, segundo um sindicato de médicos, apesar dos repetidos apelos do Ocidente aos novos governantes militares do Sudão para permitirem protestos pacíficos.
Os Estados Unidos da América (EUA) apelaram hoje aos militares do Sudão para não reprimirem violentamente os protestos planeados para sábado no país contra o golpe militar.
Seis portugueses que estão no Sudão, onde esta semana se registou um golpe militar, foram contactados pelas autoridades portuguesas e encontram-se "bem”, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Pelo menos um manifestante morreu hoje e dois estão em estado crítico após confrontos perto da capital do Sudão, que marcam o quarto dia após o golpe militar que destituiu o Governo de transição, disse fonte médica.
Sete manifestantes morreram desde o golpe de Estado de segunda-feira no Sudão, disse à AFP o diretor do departamento de medicina legal do ministério da Saúde, Hicham Faquiri.
As manifestações mantêm-se nas ruas do Sudão em protesto contra o golpe de Estado militar e a prisão de dirigentes civis, nomeadamente do primeiro-ministro Abdallah Hamdonk, retido em casa.
Dez pessoas morreram e 140 ficaram feridas durante os protestos de segunda-feira contra o golpe militar no Sudão, anunciou hoje a Associação de Profissionais, que liderou em 2019 as manifestações que derrubaram o ditador Omar al-Bashir.
Um português a residir há um ano em Cartum, no Sudão, afirmou hoje que, após o golpe militar de segunda-feira, a cidade divide-se entre o silêncio da falta de funcionamento das instituições e comércio e o barulho dos protestos.