“Já fizemos pão, já fizemos bolos, já vimos temporadas inteiras de séries e possivelmente já aproveitámos para colocar a leitura em dia. O período que vivemos pode ser uma excelente oportunidade para, finalmente, ler aquele livro que temos na prateleira e para o qual, até agora, nunca tivemos vagar”. Foi assim que há praticamente um ano, a 4 de maio de 2020, lançámos o Clube de Leitura “É Desta Que Leio Isto”, uma parceria entre a MadreMedia e a co-fundadora do “O Primeiro Capítulo”, Elisa Baltazar.

A proposta é simples: todos os meses escolhemos um tema e temos um convidado que nos propõe um livro (já aconteceu ser mais do que um, mas concluímos que a leitura precisa do seu tempo). Esse livro torna-se o compromisso partilhado de “é desta que leio isto” entre os membros do clube até à data em que mensalmente nos reunimos e discutimos o que gostámos mais, menos, os que nos fez pensar e sentir e, inevitavelmente, acabamos a partilhar mais sugestões de leitura.

No Dia Mundial do Livro, que hoje se celebra, recordamos as sugestões de um ano rico em histórias e na descoberta de autores e renovamos o desafio que lhe fazemos todos os meses para seja “desta” que lê “isto.

Boas leituras!

1. “Não era verdade, nem era mentira. Era a literatura a funcionar”.

Livro: O Velho que Lia Romances de Amor

Autor: Luís Sepúlveda

Convidado: Manuel Alberto Valente, editor

Foi o editor responsável por ter trazido a literatura de Luís Sepúlveda para Portugal e partilhou com o clube como “O Velho Que Lia Romances de Amor” lhe foi parar às mãos, depois de ter sido, inicialmente, publicado por uma pequena editora espanhola, na sequência de um concurso literário. Uma conversa em que falou também da primeira viagem de Luís Sepúlveda a Portugal e como o autor insistiu para ir a Grândola, terra que se tornou símbolo da luta contra o fascismo, imortalizada na canção de Zeca Afonso, Grândola Vila Morena, e que se tornou carinhosa para um homem que foi preso político e, na prisão, ouviu um dia um guarda dizer-lhe: “vocês ganharam em Portugal".

2. 1984: "Este livro é um manual de advertência"

Livro: 1984

Autor: George Orwell

Convidado:  Filipe Homem Fonseca, guionista, músico e escritor

Privacidade, liberdade de expressão, religião, o atual estado da democracia ou o uso da língua. Estes foram alguns dos temas em debate no segundo encontro do clube de leitura É Desta Que Leio Isto, tendo o livro "1984", obra-prima distópica de George Orwell, como pano de fundo. A conversa contou com a presença do argumentista, escritor e músico Filipe Homem Fonseca.

3. Ensaio sobre a Cegueira. “Os livros de Saramago lêem-se em voz alta”

Livro: Ensaio sobre a Cegueira

Autor: José Saramago

Convidado:  Zeferino Coelho, editor

Pandemia, contágio, isolamento, quarentena. De forma algo premonitória, o livro de José Saramago "Ensaio Sobre a Cegueira" conta a história de um vírus inusitado que leva a que os contagiados ceguem. Tal como hoje, a medida tomada para controlar o contágio passa pelo isolamento daqueles que ou já foram contagiados e já deixaram de ver, ou continuam a ver mas estiveram em contacto com os doentes.

Entre outras curiosidades, Zeferino Coelho, conta-nos ainda de que forma nasceu a personagem que se torna protagonista da obra e também da impaciência do escritor assim que entregava um livro terminado para edição, confidenciando ainda que a crueza deste livro é tal que a sua própria mulher nunca o conseguiu ler.

4. "A Dulce Maria Cardoso escreve o texto mais completo sobre o drama que foi a descolonização"

Livro: O Retorno

Autor: Dulce Maria Cardoso

Convidado:  Nicolau Santos, jornalista

1975, Luanda. A descolonização instiga ódios e guerras. Os brancos debandam e em poucos meses chegam a Portugal mais de meio milhão de pessoas. O processo revolucionário está no seu auge e os retornados são recebidos com desconfiança e hostilidade. Muitos não têm para onde ir nem do que viver. Rui tem quinze anos e é um deles. 1975. Lisboa. Durante mais de um ano, Rui e a família vivem num quarto de um hotel de 5 estrelas a abarrotar de retornados — um improvável purgatório sem salvação garantida que se degrada de dia para dia. A adolescência torna-se uma espera assustada pela idade adulta: aprender o desespero e a raiva, reaprender o amor, inventar a esperança. África sempre presente mas cada vez mais longe.

"A Dulce Maria Cardoso escreve aquele que eu considero ser o texto mais completo sobre o drama que foi a descolonização". É desta forma que Nicolau Santos, jornalista, descreve o livro "O Retorno" .

5. “Mataram a cotovia”: Um livro que “nos dá a perspetiva de uma criança branca sobre uma situação de injustiça” social e racial

Livro: Mataram a Cotovia

Autor: Harper Lee

Convidado:  Yara Monteiro, escritora

“Mataram a cotovia” (“To kill a mockingbird”, no original), da autoria de Harper Lee, foi lançado em 1960, sendo considerado um clássico na literatura norte-americana. Em 1961, ganhou o prémio Pulitzer de Ficção e no ano seguinte deu origem a um filme.

Ao longo dos anos, a obra tem dado que falar, tendo havido vários pedidos para que seja retirada da lista de leituras recomendadas nas escolas nos Estados Unidos por usar linguagem ofensiva, pela descrição de cenas de violação e pela abordagem ao racismo.

"É Desta Que Leio Isto"

"É Desta Que Leio Isto" é um grupo de leitura promovido pela MadreMedia e por Elisa Baltazar, co-fundadora do projeto de escrita "O Primeiro Capítulo”.

Lançado em maio de 2020, foi criado com o propósito de incentivar à leitura e à discussão à volta dos livros. Já folheámos as páginas de livros de autores como Luís Sepúlveda, George Orwell, José Saramago, Dulce Maria Cardoso, Harper Lee, Valter Hugo Mãe, Gabriel García Marquez, Vladimir Nabokov, Afonso Reis Cabral, Philip Roth, Chimamanda Ngozi Adichie, Jonathan Franzen, Isabel Lucas, Milan Kundera, Joan Didion, Eça de Queiroz e Patricia Highsmith, sempre com a presença de convidados especiais que nos ajudam à discussão, interpretação, troca de ideias e, sobretudo, proporcionam boas conversas.

Ao longo da história do nosso clube, já tivemos o privilégio de contar nomes como Teolinda Gersão, Afonso Cruz, Tânia Ganho, Filipe Melo e Juan Cavia, Kalaf Epalanga, Maria do Rosário Pedreira, Inês Maria Meneses, José Luís Peixoto, João Tordo e Álvaro Laborinho Lúcio, que falaram sobre as suas ou outras obras.

Para além dos encontros mensais para discussão de obras literárias, o clube conta com um grupo no Facebook, com mais de 2500 membros, que visa fomentar a troca de ideias à volta dos livros, dos seus autores e da escrita e histórias que nos apaixonam.

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6. O que é a máquina de fazer espanhóis se não meio caminho para a metafísica?

Livro: A Máquina de Fazer Espanhóis

Autor: Valter Hugo Mãe

Como nasce um espanhol? Foi com esta dúvida que terminou esta edição do clube de leitura “É Desta Que Leio Isto”. Em causa, o desenlace do livro ‘a máquina de fazer espanhóis’, de Valter Hugo Mãe.

O livro abre com um velho, e mergulha no mundo dele, enquanto navega pela velhice num lar construído à beira de um jardim e de um cemitério — sendo o percurso, das personagens e da vida, o caminho que leva as pessoas da alegria pueril à mortandade cemiterial.

Sobre "A Máquina de Fazer Espanhóis", do escritor Valter Hugo Mãe, António Lobo Antunes terá dito que "a maior parte dos livros são escritos para o público; este é um livro escrito para leitores”.

7. "Cem Anos de Solidão": "Se o escritor quisesse o livro com uma árvore genealógica tê-la-ia feito"

Livro: Cem Anos de Solidão

Autor: Gabriel García Marquez

Convidado: Bruno Vieira Amaral, escritor

Publicado em 1967, “Cem Anos de Solidão” conta a história da família Buendía-Iguarán, “com os seus milagres, fantasias, obsessões, tragédias, incestos, adultérios, rebeldias, descobertas e condenações [que] são a representação ao mesmo tempo do mito e da história, da tragédia e do amor do mundo inteiro”.

E se é dos que leram o livro com uma folha onde acompanhou as páginas com as ligações da família, o Bruno Vieira Amaral deixa o reparo: "Se o escritor quisesse o livro com uma árvore genealógica tê-la-ia feito".

8. Seja Lolita ou Dolores, seja em 1955 ou 2020, o livro de Nobokov continua a dividir opiniões

Livro: Lolita

Autor: Vladimir Nabokov

"Lolita", de Vladimir Nabokov, uma obra recheada de controvérsia, já que retrata a história da relação entre um homem adulto e uma adolescente menor. Se a história é desconfortável, a forma como está escrita é irrepreensível.

O protagonista e narrador, um professor de literatura de meia-idade que escreve sob o pseudónimo Humbert Humbert, é obcecado por uma rapariga de 12 anos, Dolores Haze, com quem se envolve sexualmente. "Lolita", termo que empresta o título ao livro, é a sua alcunha pessoal para Dolores.

9. "Aquela Gisberta é a 'minha' Gisberta"

Livro: Pão de Açúcar

Autor e convidado: Afonso Reis Cabral

A história de Gisberta, transexual assassinada por um grupo de adolescentes no Porto, em 2006, serviu de base para Afonso Reis Cabral escrever "Pão de Açúcar", o seu segundo romance (o primeiro, "O Meu Irmão", venceu o Prémio Leya em 2014).

Pão de Açúcar, o segundo romance do escritor lisboeta, decorre nas “zonas sujas” do Porto e conta a história de Gisberta, assassinada, em 2006, num edifício abandonado no Campo 24 de Agosto — que deveria ter tido um supermercado Pão de Açúcar, que lhe valeu o nome. Mas a Gisberta e o Campo 24 de Agosto de Afonso Reis Cabral são só seus. Inspirado numa história real (o homicídio cometido por jovens), o autor constrói os seus cenários e personagens.

10. “A Conspiração contra a América”: guia para um final mais ou menos feliz

Livro: A Conspiração Contra a América

Autor: Philip Roth

Convidado: Bernardo Pires de Lima

Quando a "A Conspiração Contra a América" foi publicada, em 2004, a América já tinha sido abalada por um momento fundador do século XXI, o ataque de 11 de setembro às Torres Gémeas que se tornou numa memória coletiva à escala planetária. Contudo, o livro de Philip Roth não nos propôs um regresso ao futuro, mas sim um exercício de reescrita da história a partir de factos que podiam ter sido realidade. "A Conspiração contra a América" leva-nos até um país à beira das eleições em 1940, num cenário em que um aviador e herói nacional com ideias anti-semitas, Charles Lindbergh, se apresenta como candidato frente a Franklin Roosevelt - e ganha.

“Acho forçado o paralelismo, embora os números de violência antissemita estejam no pique dos últimos 40 anos nos Estados Unidos. Mas a dimensão do ódio étnico-racial é anterior a Donald Trump. O presidente é um promotor e não um apaziguador das feridas abertas na América”, considerou Bernardo Pires de Lima nesta edição do clube de leitura.

11. "A raça não é uma questão de biologia, é uma questão de sociologia"

Livro: Americanah

Autor: Chimamanda Ngozi Adichie

Convidado: Kalaf Epalanga

"Americanah" relata-nos a história de amor entre um casal de adolescentes nigerianos que se veem forçados a deixar o seu país nos tempos conturbados da ditadura. Iniciam assim uma nova vida, separados. Efemelu, que se muda para a América para poder continuar os seus estudos e Obinze que, anos mais tarde, não conseguindo visto para América, se muda para Londres. Dois adolescentes, de alguma foram privilegiados no seu país, que se vêm obrigados a começar do zero

Segundo os editores da New York Times Book Review, "Americanah" é um dos 10 melhores livros do ano de 2013. No mesmo ano, a autora viria a receber o Heartland Award for Fiction, pelo jornal Chicago Tribune, que considerou o romance uma importante reflexão "sobre a raça" com "estilo, perspicácia e discernimento". Quatro anos depois, a obra arrecadaria ainda o prémio One Book, One New York, um programa que procura encorajar todos os nova-iorquinos a ler o mesmo livro.

12. "Não há famílias funcionais"

Livro: Correções

Autor: Jonathan Franzen

Convidada: Luísa Lopes, neurocientista

Jonathan Franzen nasceu em 1959 em Western Springs, no estado de Illinois, nos Estados Unidos, mas tem ascendência sueca. Já escreveu quase uma dezena de livros, entre ficção e não-ficção, venceu inúmeros prémios literários e foi finalista de outros tantos, incluindo do Prémio Pulitzer.

"O livro podia ser premonitório, a caricatura dos extremos. (…) Podia ser um livro do Saramago, ele era muito bom a mostrar a distopia, estas coisas estranhas. (…) Ou seja: de mostrar a fraqueza humana no seu pior. Nós todos somos capazes de matar se ficarmos sem comida, é uma questão de sobrevivência, destes extremos da crueza humana. Olhando o que nós estamos a viver este ano [COVID-19] é surreal, podia ser claramente um filme. Portanto eu acho que é um livro muito premonitório depois das coisas que aconteceram nos Estados Unidos. É o país capaz do melhor do mundo e do pior do mundo”, comenta Luísa Lopes.

13. A ideia de sonho americano tem cada vez mais que ver com dinheiro: tem sucesso quem tem dinheiro”

Livro: Viagem ao Sonho Americano

Autora e convidada: Isabel Lucas, jornalista e escritora

"Viagem ao Sonho Americano" foi escrito em contexto de corrida às eleições norte-americanas de 2016 e baseia-se na viagem feita pela escritora aos Estados Unidos em 2016. Uma viagem que passou, durante um ano, pelos locais mais diversos do país, das cidades litorais às zonas mais remotas do interior. É também uma "viagem" por vários livros de outros autores que escreveram sobre a América.

14. Um Natal com Maria do Rosário Pedreira

Como editora , é conhecida por ser uma “caça-talentos”, já que foi responsável por trazer à luz do dia livros de autores como José Luis Peixoto, João Tordo, Afonso Reis Cabral, Nuno Camarneiro, Ana Cristina Silva, Vasco Luís Curado, Gabriela Ruivo Trindade, entre muitos outros. Em várias entrevistas, diz que teve sorte com estes autores, mas acrescenta que também trabalhou muito para usufruir dessa mesma sorte. Por cada um que valesse a pena, leu, pelo menos, 100 originais. Gostava que essa média aumentasse.

Mas, não seria sequer justo falar de Maria do Rosário Pedreira, a editora, sem falar da Maria do Rosário Pedreira, escritora e poetisa, e da Maria do Rosário Pedreira, leitora compulsiva.

Em dezembro, partilhou as suas sugestões de leitura com o “É Desta Que Leio Isto”.

15. A Insustentável Leveza do Ser: "Quando li este livro pela primeira vez foi um estalo"

Livro: A Insustentável Leveza do Ser

Autor: Milan Kundera

Convidada: Patrícia Reis, escritora

"A Insustentável Leveza do Ser" foi lançada em 1984. A narrativa tem como pano de fundo os acontecimentos da Primavera de Praga de 1968 e o livro conta a história de um quarteto amoroso: Tomas, Tereza, Sabina e Franz. A questão do peso e da leveza é representada como as duas faces do compromisso e da liberdade, e as dúvidas existenciais das personagens associadas a isso.

Os temas centrais da narrativa são as peripécias amorosas e os jogos de erotismo entre as personagens, bem como a política, tema paralelo à história de amor e com duras críticas ao comunismo soviético. O livro esteve proibido na República Checa, e só teve a primeira versão em checo em 2006. "A Insustentável Leveza do Ser" foi adaptada para filme, em 1988, e, desde então, Kundera nunca mais autorizou a adaptação cinematográfica dos seus romances.

16. "No amor e na morte ninguém está a salvo"

Livro: O Ano do Pensamento Mágico

Autor: Joan Didion

Convidada: Inês Maria Meneses, escritora, cronista e radialista

O Ano do Pensamento Mágico, de Joan Didion fala sobre a história verídica da morte do marido da escritora, enquanto a sua filha está hospitalizada. Aborda temas como o luto e a perda, de uma forma metódica, com uma "honestidade devastadora", segundo o New York Times.

É uma viagem entre memórias do casamento Joan Didion, numa tentativa de lidar com a perda de forma muito lúcida. Foi finalista do Prémio Pulitzer e vencedor do National Book Award.

17. "Eça de Queiroz foi dos primeiros humoristas"

Livro: A Cidade e as Serras

Autor: Eça de Queiroz

Convidada: Susana Romana, escritora, guionista, radialista e comediante

A Cidade e As Serras conta a história de Jacinto, um descendente de uma família aristocrata portuguesa, extremamente rico, que vive num palacete em Paris e que acredita que a felicidade é sinónimo de civilização. Embora com um estilo de vida faustoso, a personagem sente a sua existência a cair na monotonia e decide viajar para uma pequena vila portuguesa no Douro, de onde a sua família é originária: Tormes.

Depois de ter preparado vários quilos de mercadoria para esta viagem, Jacinto perde a quase totalidade dos seus pertences na viagem e acaba por adotar um estilo de vida mais simples e abandonar algumas mordomias típicas da cidade.

É neste contexto que começa a sua descoberta na vida pacata do campo, num romance pontuado pelas descrições que fazem justiça às paisagens do Douro, o retrato dos contrastes entre a cidade e o campo, e a crítica social com várias pinceladas de humor e comédia.

18. "O Tom Ripley faz o que tem de ser feito e nós gostamos desse tipo de identificação"

Livro: O Talentoso Mr. Ripley

Autor: Patricia Highsmith

Convidado: Pedro Boucherie Mendes, escritor, cronista e Head of Digital Content e responsável pelos canais por cabo da SIC

O Talentoso Mr. Ripley, de Patricia Highsmith, foi publicado em 1955.

Conta a história de um rapaz, Tom Ripley, antissocial e com uma vida sem rumo que é abordado por o pai rico de um amigo, Dickie, que o convence a ir para Itália para convencer o filho a regressar para os Estados Unidos. Já em Itália, o jovem começa a gostar da vida de luxo de Dickie, que não trabalha e vive à conta da fortuna dos pais e passa os dias a andar de barco e a comer nos melhores restaurantes.

Ao mesmo tempo, os dois rapazes começam a desenvolver uma atração um pelo outro. Enquanto isto, Dickie tem uma namorada, Marge, que funciona como barreira ao envolvimento de Tom e Dickie. Durante uma viagem de barco, Tom acaba por assassinar Dickie com a pancada de um remo na cabeça, no calor do momento, e fingir que nada aconteceu.

Em 1957, venceu o Grand Prix de Littérature Policière como melhor romance criminal internacional. Em 2019, foi considerado um dos 100 romances mais inspiradores pela BBC. Teve 3 adaptações para o cinema. Aquela que é considerada a mais bem conseguida é a de 1999 e conta com estrelas de Hollywood como Matt Damon, Jude Law, Gwyneth Paltrow e Cate Blanchett.