Acolher
"Nós, em Portugal, temos feito exatamente o que devíamos e deveremos continuar a fazer. Condenámos o que praticamente todos viriam a condenar, e condenámos muito antes da maior parte desses todos. E ainda hoje condenámos unanimemente no Conselho de Estado", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa perante a comunicação social, no Palácio da Cidadela de Cascais, após uma reunião do Conselho de Estado, cujo tema foi a invasão da Ucrânia.
Portugal concedeu até hoje 8.250 pedidos de proteção temporária a pessoas vindas da Ucrânia desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro, revelou à Lusa o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). É uma pequena parte dos já mais de 4,8 milhões de ucranianos que fugiram das suas casas, segundo as contas das Nações Unidas.
Destes, 2,8 milhões deixaram o país, avançou hoje o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR). Dos quase três milhões de refugiados ucranianos, 60% (1,7 milhões) foram para a Polónia, 255.000 chegaram à Hungria, 204.000 à Eslováquia, 131.000 à Rússia, 106.000 à Moldova, 84.000 à Roménia e 1.200 à Bielorrússia, de acordo com a informação atualizada diariamente pelo ACNUR. Mesmo países europeus sem fronteiras com a Ucrânia já abrigam muitos refugiados em fuga da guerra, cerca de 304 mil pessoas.
Por outro lado, sublinhou o ACNUR, é estimado que o número de deslocados internos na Ucrânia devido à guerra já alcance os dois milhões de pessoas. A agência das Nações Unidas prevê que, se o conflito armado continuar, o número de refugiados pode ultrapassar quatro milhões e o número de deslocados internos pode chegar aos 6,7 milhões.
A crise dos refugiados da Ucrânia é a pior das que a Europa viveu desde o fim da Segunda Guerra Mundial, e uma das mais graves da atualidade, numa lista que conta também com grandes êxodos em países como a Venezuela (mais de seis milhões de pessoas) ou a Síria (6,8 milhões).
Se na Segunda Guerra Mundial coube a Aristides ir contra as ordens do governo português para garantir o acolhimento, hoje, é o próprio governo que toma a iniciativa de conceder proteção temporária a pessoas vindas da Ucrânia em consequência da situação de guerra, atribuindo números de identificação fiscal, Segurança Social e do Serviço Nacional de Saúde.
O SEF lançou hoje também uma plataforma ‘online’, em três línguas diferentes, para pedidos de proteção temporária por residentes ucranianos.
A plataforma ‘SEFforUkraine.sef.pt’ “possibilita a todos os cidadãos ucranianos e seus familiares (agregado familiar), bem como a qualquer cidadão estrangeiro a residir na Ucrânia, fazer ‘online’ um pedido de proteção temporária de um ano, prorrogável por dois períodos de seis meses”, segundo o SEF. A plataforma contém ainda informação relativa aos demais aspetos de acolhimento e integração de pessoas deslocadas.
Hoje — como sempre nestas circunstâncias — a palavra é acolher. Sem reservas, sem pejos, sem mas: acolher.
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