A Assembleia da República assinala hoje o 45.º aniversário da “Revolução dos Cravos” com a habitual sessão solene no hemiciclo, de manhã, e à tarde abre as portas ao público.
O primeiro-ministro afirmou que há hoje uma "grande reconciliação nacional", que já permitiu voltar a juntar quem se tinha afastado no período pós-revolucionário, e que a sua geração tem uma dívida eterna aos militares de Abril.
Exposições sobre Zeca Afonso e a resistência antifascista, espetáculos com os grupos Diabo na Cruz e PAUS e um concerto integrado na iniciativa “Vozes de Abril” animam as comemorações do 25 de Abril em Évora.
A residência oficial do primeiro-ministro volta a estar aberta ao público no feriado de 25 de Abril, quinta-feira, com um programa que inclui um concerto de António Zambujo e leitura de poemas de Sophia de Mello Breyner.
Domingos Abrantes e José Pedro Soares são dois dos 2400 presos que passaram pela cadeia política da Fortaleza de Peniche, que figuram num mural a ser inaugurado no dia 25 de Abril, pelo primeiro-ministro e a ministra da Cultura.
Artistas portugueses e checos vão celebrar a democracia e a liberdade de expressão conquistadas pelas revoluções dos dois países na exposição "Cravos e Veludo", que é inaugurada a 29 de abril em Praga, na República Checa.
A instalação do Museu Nacional da Resistência e da Liberdade na Fortaleza de Peniche era aguardada há 43 anos pelos antigos presos que por lá passaram ao longo de quase meio século da ditadura em Portugal.
Um memorial aos que foram presos e perseguidos, um roteiro dos lugares da revolução e um festival político estão presentes, este mês, no programa "Abril em Lisboa" para assinalar os 45 anos do fim da ditadura, hoje anunciado.
Um “tributo a Salgueiro Maia” abre, na quarta-feira, o programa das comemorações do 25 de Abril em Santarém, que repete a reconstituição, na noite do dia 24, da saída da coluna militar que o “capitão de abril” comandou até Lisboa.
"Palavril", conjugação de Palavra-Abril, é o nome da chaimite que, a partir de 1 de abril, estará exposta junto ao edifício mais recente da Assembleia da República, em Lisboa, numa homenagem ao 25 de Abril de 1974.
O primeiro-ministro, António Costa, alterou hoje a letra de uma das mais famosas canções de Chico Buarque para sustentar que, 45 anos após a revolução de Abril, a festa da democracia continua "bonita" em Portugal.
As obras na Ponte 25 de Abril, com início no final de 2018 e a duração de dois anos, vai obrigar a cortes de trânsito em maio e outubro de 2019, segundo o presidente das Infraestruturas de Portugal (IP).
Portugal foi governado durante décadas por um ditador. Muitas pessoas sentem saudades de Salazar, dizendo que ele fez muitas coisas boas. Se calhar estas pessoas é que têm razão e conseguem enxergar a bondade em quem roubou, torturou e matou.
A cada ano, a desvalorização que muitos fazem do 25 de Abril mostra como as cabeças não foram descolonizadas. E enquanto não forem continuará a ser muito difícil travar alguns debates em Portugal. Continua a ser possível, por exemplo, falar-se em Museus dos Descobrimentos e outras pérolas.
O Presidente da República disse hoje que no 25 de Abril fez um discurso de prevenção de "populismos, messianismos e sebastianismos", tendo em conta o quadro internacional, como bem compreendeu um jovem de 20 e poucos anos.
Ontem celebrámos a liberdade, mas a que liberdade podem aspirar aqueles que hoje não têm nem memória do 25 de Abril, nem condição económica para ter direito ao sonho?
O PCP considerou hoje que o 25 de Abril foi "o ato e o processo mais avançado" da história contemporânea, enquanto o Bloco de Esquerda defendeu que é preciso assegurar o direito à saúde, habitação, educação e cultura.
Os populares que hoje participaram no tradicional desfile do 25 de Abril, em Lisboa, aproveitaram a data para exigirem direitos à habitação, sociais, laborais, ao ensino gratuito e até a libertação do ex-presidente do Brasil Lula da Silva.
O primeiro-ministro defendeu hoje que a abertura ao público da sua residência oficial simboliza a forma como o poder político deve exercer-se em democracia e destacou as preocupações do Governo com a cultura e regiões do interior.
O chefe de Estado cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, felicitou hoje Portugal pela passagem dos 44 anos da revolução de 25 de Abril de 1974, considerando tratar-se de um feriado "no coração" dos povos de língua portuguesa.
O primeiro-ministro demarcou-se hoje da contestação do Bloco de Esquerda aos constrangimentos financeiros exigidos pelo Eurogrupo, contrapondo que não concebe a atual democracia e a liberdade num quadro em que Portugal esteja fora da União Europeia.
Um grupo de ativistas do Bloco de Esquerda de Braga tapou, na "madrugada do 25 de Abril", a estátua de Gomes da Costa, "representativa da implantação do fascismo em Portugal", para "desafiar e questionar" a manutenção daquele tipo de símbolos.
O primeiro-ministro manifestou-se hoje em sintonia com as preocupações transmitidas pelo Presidente da República sobre a democracia, mas considerou que só o próprio chefe de Estado pode esclarecer o que disse sobre "messianismo" e endeusamento" dos políticos.
A inauguração do Jardim Mário Soares ficou hoje marcada pelas homenagens do primeiro-ministro e do chefe do Estado ao antigo Presidente da República, que sublinhou que todos lhe devem a liberdade até os que não lha agradecem.