O secretário-geral do PCP pediu hoje que, “num tempo de ruas e avenidas quase vazias”, os portugueses comemorem o 25 de Abril a cantar a “Grândola Vila Morena” às janelas de suas casas.
A manifestação do 25 de Abril em Lisboa foi cancelada devido à pandemia de Covid-19 e a Associação 25 de Abril pediu hoje às pessoas que, mesmo em casa, vão à janela cantar a “Grândola”.
Um livro com mais de 80 fotografias de Gérald Bloncourt, conhecido como o fotógrafo da emigração portuguesa em França, sobre as celebrações do 1.º de Maio de 1974 em Lisboa, hoje apresentado em Paris, é considerado uma “cápsula do tempo”.
Uma placa foi hoje descerrada em frente ao estabelecimento prisional de Caixas, uma forma de a Câmara Municipal de Oeiras prestar homenagem "aos presos políticos e seus libertadores", 45 anos depois do fim da ditadura.
Liberdade é hoje, o dia de hoje, a madrugada inicial, como escreveu Sophia. É a vontade espelhada no olhar de Salgueiro Maia, a multidão no Carmo, a nossa História a conquistar a democracia, um país inteiro a gritar basta de repressão, de censura, de tortura, de limitações, de regime.
O primeiro-ministro inaugurou hoje, na Fortaleza de Peniche, um memorial com os 2.510 nomes dos resistentes antifascistas que ali estiveram presos, numa homenagem a que se juntaram os líderes do PCP e do Bloco de Esquerda.
O Presidente angolano, João Lourenço, enviou hoje uma mensagem de felicitações ao homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa, em que saúda o povo português pela passagem do 45.º aniversário da revolução do 25 de Abril de 1974.
A coordenadora do BE, Catarina Martins, destacou hoje que o 25 de Abril não foi só o dia, mas "a construção revolucionária que veio depois", como o Serviço Nacional de Saúde (SNS), a escola pública e a igualdade.
O primeiro-ministro afirmou que o discurso do 25 de Abril hoje proferido pelo Presidente da República no parlamento foi caracterizado por "uma extraordinária coincidência" sobre temáticas que o Governo também definiu como prioritárias em termos de ação.
Marcelo Rebelo de Sousa, "jovem de 1974" eleito Presidente, assumiu-se hoje porta-voz dos "jovens de 2019" para pedir "mais ambição" aos políticos e avisou que é preciso ser rápido a dar respostas aos problemas.
O líder da bancada parlamentar do PS, destacou hoje que o 25 de Abril “é um dia de comunhão”, referindo que os desafios de hoje são diferentes daqueles que se viveram em 1974.
O Presidente da República pediu hoje “mais ambição” para resolver os problemas do país e dos “jovens de 2019”, um programa quase impossível em que é preciso garantir a economia a crescer e o endividamento a diminuir.
O PCP fez hoje um paralelo entre a revolução dos cravos e a atualidade, considerando que tal como a luta "foi imprescindível para derrotar o fascismo", também hoje a luta "é indispensável para avançar nos direitos".
O PSD avisou hoje que "os portugueses repudiarão" qualquer Governo que administre a 'coisa pública' como sua, rejeitando que "critérios 'clubístico-partidários' ou de nepotismo" se sobreponham ao interesse coletivo.
O BE questionou hoje se "o Serviço Nacional de Saúde pode voltar a andar de cravo ao peito" ou se haverá cedência à pressão presidencial na Lei de Bases da Saúde, considerando que "o espírito de Abril está bem vivo".
O deputado único do PAN, André Silva, avisou hoje, na cerimónia do 25 de Abril, que se está a viver acima das capacidades do planeta e que "a bancarrota ambiental está a anunciada", considerando que "o ambiente pede revolução".
O deputado do CDS-PP Filipe Anacoreta Correia defendeu hoje que os políticos devem pautar-se por uma “ética exigente” e advertiu que a “promiscuidade com o poder” é incompatível com a “dignidade democrática”.
O primeiro-ministro, António Costa, considerou hoje que os novos movimentos políticos populistas e sindicais radicais têm “muito mais destaque” dos que os tradicionais, afirmando que se dá “mais atenção à bizarria”.
O editorial de hoje do Jornal de Angola é dedicado à "Revolução dos Cravos", em que se considera que celebrar o 25 de Abril de 1974 é "observar uma efeméride que também diz respeito aos povos das ex-colónias portuguesas".
Marcelo Rebelo de Sousa elogiou na quarta-feira o caráter pacífico da democracia portuguesa, dizendo ter orgulho em ser um Presidente da República que pode andar à vontade pelo país, fator que diz ser admirado por cidadãos estrangeiros.
O Presidente da República faz hoje o seu quarto discurso na sessão solene do 25 de Abril no parlamento, ocasião que tem aproveitado para fazer alertas e expressar preocupações com o sistema político.
O 25 de Abril, golpe que ditou a queda da ditadura, em 1974, começou a ser comemorado no parlamento em 1977, numa sessão que ainda reflete as divisões da “revolução” e até entre as várias esquerdas.