O líder comunista português, Jerónimo de Sousa, defendeu hoje o "envolvimento" e a "intervenção" do Estado, através do Governo socialista, quanto à eventual construção de um armazém de resíduos na central nuclear espanhola de Almaraz.
O PSD acusou hoje o executivo e o ministro do Ambiente de terem ignorado os alertas dos sociais-democratas e do parlamento sobre a central de Almaraz, considerando que o "Governo acordou tarde e a más horas".
Os resíduos nucleares como os que Espanha quer armazenar em Almaraz são produzidos em todas as centrais nucleares e consistem nas barras de urânio que já não servem para alimentar os reatores.
Os governos de Portugal e de Espanha anunciaram hoje que se reúnem, quinta-feira em Madrid, depois de Lisboa ter recebido garantias de que o processo de construção de um armazém de resíduos nucleares em Almaraz "não está encerrado".
O ministro do Ambiente, Matos Fernandes, escusou-se hoje a confirmar se estará presente na reunião em Madrid, Espanha, para falar sobre a central de Almaraz, afirmando que “só faz sentido haver” um encontro “havendo coisas para discutir”.
A associação ambientalista Quercus disse hoje que é fundamental que o Governo português diga, de forma inequívoca, que não quer a central nuclear de Almaraz a funcionar depois de 2020.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros português confirmou que os Governos português e espanhol prosseguiram "hoje mesmo" contactos para "criar as condições" para que o ministro do Ambiente luso participe numa reunião em Madrid, na quinta-feira, sobre a central de Almaraz.
O chefe da diplomacia espanhola disse hoje à Lusa que o Governo português vai participar numa reunião na próxima quinta-feira, em Madrid, em que deverá ser discutida a intenção do executivo espanhol de ampliar a central nuclear de Almaraz.
O parlamento aprovou hoje por unanimidade um voto comum de condenação da opção de proceder à construção de uma central de armazenamento de resíduos nucleares em Almaraz, Espanha.
O ministro dos Negócios Estrangeiros português disse esta sexta-feira que Portugal e Espanha estão "a trabalhar intensamente" para que os ministros do Ambiente dos dois países tenham uma "reunião útil" na quinta-feira sobre a central de Almaraz.
O Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) anunciou hoje ir tentar a aprovação, sexta-feira no parlamento, de um voto de condenação por unanimidade da atitude do Governo espanhol quanto à central nuclear de Almaraz.
Ambientalistas portugueses e espanhóis reunidos hoje em Lisboa decidiram realizar a 12 de janeiro um protesto em frente ao consulado de Espanha na capital portuguesa, pelo encerramento da central nuclear de Almaraz.
O ministro dos Negócios Estrangeiros admitiu hoje que Portugal poderá apresentar queixa contra Espanha junto da Comissão Europeia pela intenção de construir um armazém de resíduos nucleares em Almaraz e afirmou que os dois governos estão "em contacto permanente".
O ministro do Ambiente garantiu hoje que não irá participar da reunião com a homóloga espanhola agendada para dia 12 caso se confirme a decisão de Espanha sobre a construção do armazém de resíduos nucleares em Almaraz.
O PSD exigiu esta sexta-feira a intervenção do primeiro-ministro na decisão do governo espanhol sobre Almaraz que, na prática, prolongará a vida da central nuclear mais 20 anos, alegadamente violando compromissos com Portugal e legislação europeia.
O partido Os Verdes afirmou esta sexta-feira estranhar que o ministro do Ambiente fique surpreendido com a autorização espanhola ao armazém de resíduos nucleares, em Almaraz, e considera que Espanha "não teve uma atitude decente", enquanto Portugal foi "demasiado passivo".
O eurodeputado Carlos Zorrinho considera "inaceitável no plano ético e legal" a decisão do Governo espanhol em autorizar a construção do armazém de resíduos nucleares em Almaraz e promete questionar a Comissão Europeia sobre este procedimento.
Portugal manifestou a Espanha a sua surpresa perante a decisão de autorizar o armazém para resíduos nucleares em Almaraz, pediu esclarecimentos e chamou o Encarregado de Negócios da Embaixada de Espanha em Lisboa ao Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O ministro do Ambiente afirmou esta quinta-feira estar surpreendido com a autorização de Espanha à construção do armazém de resíduos nucleares, em Almaraz, considerando haver incumprimento de legalidade e lealdade entre os dois países, e decorrem agora contactos diplomáticos.
A associação ambientalista Quercus defendeu esta quinta-feira, 29 de dezembro, que o Governo português deve remeter imediatamente para Bruxelas o assunto da construção do aterro de resíduos nucleares na central de Almaraz, projeto que já tem luz verde do Governo espanhol.
O Governo espanhol deu luz verde à construção do armazém para resíduos nucleares na central de Almaraz, através de uma resolução da Direção-Geral de Política Energética e Minas do Ministério da Energia.
O ministro do Ambiente disse esta terça-feira, no parlamento, que no projeto de um aterro de resíduos junto à central nuclear de Almaraz "não foram avaliados os impactos transfronteiriços" e que o assunto será discutido em janeiro com Espanha.
O chefe do Governo espanhol garantiu hoje em Madrid ao primeiro-ministro português que a Espanha irá esclarecer “o mais rapidamente possível” todas “as dúvidas” que Lisboa tem sobre as condições de segurança da central nuclear de Almaraz.
Portugal pode pedir a mediação da União Europeia no caso da construção de um armazém para resíduos nucleares na central de Almaraz, se Espanha não responder a uma última carta enviada pelo Ministério do Ambiente, disse hoje o ministro.