O Governo português "tudo tem feito" junto do Governo espanhol para que este decida encerrar a central nuclear de Almaraz, garantiu hoje no parlamento o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.
O Partido Ecologista os Verdes vai lançar uma campanha visando encerrar a central nuclear de Almaraz, em Espanha, e pede aos portugueses que assinem um "postal" a enviar aos responsáveis dos governos dos dois países.
O ministro do Ambiente disse que Portugal vai enviar hoje ao governo espanhol um novo pedido de informação complementar sobre o projeto e os impactos ambientais transfronteiriços da central nuclear de Almaraz.
A presidente do Congresso dos Deputados de Espanha, Ana Pastor, anunciou hoje a realização de uma cimeira dos parlamentos dos dois países na próxima primavera, antes da cimeira luso-espanhola prevista para maio em Vila Real.
O presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) admitiu hoje que não tem qualquer jurisdição sobre o que aconteça na central nuclear espanhola de Almaraz, onde se pretende construir um armazém de material radioativo.
A comitiva portuguesa que hoje visitou a central nuclear espanhola de Almaraz recolheu informação e confirmou a ausência de obras de construção de um armazém de resíduos radioativos, remetendo mais informações para dentro de duas semanas.
O Governo espanhol considerou que a visita à central nuclear de Almaraz realizada esta segunda-feira foi “um primeiro passo de comunicação e coordenação” com as autoridades portuguesas, para conhecer, “em primeira mão”, o estado das obras do armazém de resíduos nucleares.
A comitiva portuguesa que hoje visitou a central nuclear espanhola de Almaraz abandonou as instalações às 18:00 locais (17:00 em Lisboa) em silêncio, observou a agência Lusa no local.
As comitivas portuguesa e espanhola que hoje visitam a central nuclear espanhola de Almaraz, no âmbito do acordo selado com o patrocínio da Comissão Europeia, começaram a chegar pouco depois das 09h00 em Lisboa (10:00 em Madrid).
A delegação de Portugal na visita à central nuclear de Almaraz, em Espanha, vai ter 16 elementos e inclui técnicos do Ambiente, da Saúde e dos Negócios Estrangeiros, disse hoje fonte do Ministério do Ambiente.
O eurodeputado José Inácio Faria (MPT) disse hoje que se acontecer um problema grave na central nuclear espanhola de Almaraz, os portugueses deixam de ter país.
O primeiro-ministro, António Costa, reforçou hoje que Portugal mantém em aberto a possibilidade de reapresentar a queixa judicial contra Espanha junto da Comissão Europeia, caso as autoridades espanholas não cumpram o estabelecido no acordo intercalar.
O ministro dos Negócios Estrangeiros rejeitou esta quarta-feira que Portugal tenha recuado na posição sobre a central de Almaraz, realçando que o acordo alcançado com Espanha permite acesso ao projeto do armazém de resíduos nucleares e impede a sua construção.
A plataforma espanhola Ecologistas em Acción criticou o acordo entre os governos espanhol e português sobre a central nuclear de Almaraz, considerando que Portugal "cedeu às pressões" de Espanha e da Comissão Europeia.
O Presidente da República apelou esta terça-feira aos partidos portugueses e espanhóis, do Governo e da oposição, para que unam esforços de modo a transformar o pacto preliminar sobre Almaraz, feito para "dar uma folga e um tempo", num acordo definitivo.
O Ministério da Energia de Espanha deliberou que as autoridades portuguesas poderão visitar a central de Almaraz (Cáceres) e o Armazém Temporário Individual de resíduos radioativos nos próximos dois meses, para depois poderem fazer as propostas que quiserem.
A deputada do PSD Berta Cabral afirmou que o acordo entre Portugal e Espanha sobre o armazém de resíduos nucleares em Almaraz “não traz nada de novo”, acusando o Governo de “atirar areia para os olhos” dos portugueses.
A associação ambientalista Zero considerou que Portugal não devia ter retirado a queixa contra Espanha sobre a construção de um armazém de resíduos nucleares em Almaraz, apesar de achar que o diálogo acordado com Espanha é positivo.
O ministro dos Negócios Estrangeiros saudou hoje o acordo entre Portugal, Espanha e Comissão Europeia sobre o armazém de resíduos nucleares em Almaraz, mas ressalvou que isso não impede nova queixa na Europa no futuro.
A Comissão Europeia precisou hoje que o acordo para uma “resolução amigável” do diferendo em torno do armazém de resíduos nucleares de Almaraz prevê que Espanha pode prosseguir para já a sua construção, mas sem tomar qualquer medida “irreversível”.
A resolução amigável do caso de Almaraz acordada entre Portugal e Espanha com a intermediação da Comissão Europeia, hoje anunciada, prevê também acelerar os projetos de interconexões de gás e eletricidade para por fim ao isolamento da Península Ibérica.
As empresas que exploram a central nuclear de Almaraz, vão apresentar em junho o pedido de renovação da atual licença de produção de energia elétrica que caduca em 2020, disse hoje à agência Lusa fonte ligada a essas entidades.