Um tribunal em Lisboa decretou hoje a insolvência da Groundforce, depois de um requerimento da TAP nesse sentido, no culminar de mais de um ano de problemas entre a empresa, os trabalhadores, o Governo e a companhia aérea.
O Tribunal da Comarca de Lisboa deu razão e aceitou hoje o pedido da TAP. Em maio, a transportadora tinha requerido à justiça a insolvência da empresa de handling.
Mais três sindicatos representativos dos trabalhadores da Groundforce anunciaram hoje que retiraram os pré-avisos de greve, para 31 de julho, 1 e 2 de agosto, fazendo com que não haja nenhuma paralisação prevista até à segunda quinzena de agosto.
A Groundforce comunicou hoje aos trabalhadores que, depois da garantia do Governo de que a TAP irá pagar os serviços de junho antes do processamento salarial, a empresa terá condições para o pagamento atempado dos salários de julho.
O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) anunciou hoje que desconvocou a greve prevista na Groundforce, nos dias 30, 31 de julho e 1 de agosto, depois da confirmação da TAP do pagamento aos trabalhadores.
Os sindicatos dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA), das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) e dos Economistas (SE) desconvocaram hoje a greve na Groundforce marcada para 31 de julho, 1 e 2 de agosto.
O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) congratulou-se hoje por a Pasogal, de Alfredo Casimiro, "finalmente" sair da estrutura acionista da Groundforce, o que permite ultrapassar o bloqueio que tem causado "angústia" aos trabalhadores.
A coordenadora do BE, Catarina Martins, considerou hoje importante a solução encontrada para pagar aos trabalhadores da Groundforce, mas alertou para o facto de o problema de fundo se manter e ser preciso resolvê-lo.
O Presidente da República congratulou-se hoje com "o encaminhar-se de uma solução para a Groundforce", qualificando como "uma dor de alma" os efeitos da greve nesta empresa de assistência em terra à aviação.
O presidente executivo da ANA afirmou hoje que a situação vivida este fim de semana nos aeroportos devido à greve da Groundforce não se pode repetir e considerou impossível atrasar mais a revogação da licença de ocupação.
O antigo presidente executivo da Groundforce, Paulo Neto Leite, integra um grupo que fez uma oferta pelas ações da empresa de ‘handling’ ao Montepio, mantendo o interesse na empresa, adiantou, em declarações à Lusa.
O Governo não avançou com uma nacionalização da Groundforce para evitar “o risco de litigância” e dada a complexidade destes processos, disse hoje o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, no parlamento.
O ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, disse hoje que o Estado e a TAP irão assegurar uma solução para a Groundforce, mesmo que falhe o processo de venda das ações da empresa, a cargo do Montepio.
A Groundforce acumula, desde março de 2020, uma dívida de 13 milhões de euros à ANA – Aeroportos de Portugal em taxas de ocupação em todos os aeroportos da rede nacional, disse à Lusa fonte oficial da gestora.
A ANA – Aeroportos de Portugal vai avançar com a revogação de uma licença de ocupação da Groundforce, alegando que a empresa de ‘handling’ deve 769,6 mil euros em taxas de ocupação, segundo um documento a que a Lusa teve acesso.
O Presidente da República criticou hoje a Groundforce, considerando que tem havido "obstinação" por parte da empresa em geral e de alguns responsáveis em particular, mas declarou-se confiante de que o Governo encontrará uma solução em breve.
Os sindicatos da Groundforce, que convocaram a greve de 48 horas do passado fim de semana, defenderam que "urge encontrar soluções de diálogo" que resolvam "estruturalmente" as questões dos salários, acionistas, TAP e turismo do país.
A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) pediu hoje a intervenção do Governo para acabar com a greve dos trabalhadores da Groundforce, que levou ao cancelamento de centenas de voos no fim de semana, prejudicando "milhares de pessoas".
A Groundforce apelou hoje para que seja alcançado "um acordo que viabilize o pagamento do que é devido aos trabalhadores" da empresa, em greve este fim de semana, que contou com uma adesão de 81,2% no aeroporto de Lisboa.
O segundo dia da greve dos trabalhadores da empresa de `handling´ Groundforce levou ao cancelamento de 321 dos 515 voos previstos para hoje no aeroporto de Lisboa, anunciou ANA – Aeroportos de Portugal.
O segundo dia de greve na Groundforce contou com a adesão de 81,3% trabalhadores em Lisboa, levando ao cancelamento de 309 voos, entre as 00:00 e as 10:30, segundo fonte oficial da empresa de assistência em aeroportos.
O segundo dia de greve na Groundforce levou já ao cancelamento de 301 voos de e para Lisboa, dos 511 previstos para o dia de hoje, e 26 de e para o Porto, segundo fonte oficial da ANA.
A TAP garantiu ontem que não tem quaisquer pagamentos em atraso à Groundforce, depois de a empresa de 'handling' ter acusado a companhia aérea de uma dívida de 12 milhões de euros por serviços já prestados.