José Couto Nogueira é jornalista desde os tempos do Antigo Regime e já trabalhou como repórter, colunista, editor, chefe de redacção e director em muitas publicações, entre elas o jornal digital "Alface Voadora", em 1997-2000. Viveu mais de 20 anos em Londres, São Paulo e Nova Iorque, e escreveu quatro livros de ficção e três de não ficção. Está no SAPO24 desde 2015.
Há traços no discurso - e agora já na prática - de Donald Trump, empossado Presidente da América na passada sexta-feira que evocam tempos e ideias de que a humanidade não guarda boa memória, pelo contrário. Os tempos são outros? São. Mas desde quando é que a história não se repete em novas versões?
Há 167 dias, mais de três meses, que o Presidente Eleito dos EUA não dava uma conferência de imprensa. De facto, desde a sua surpreendente vitória ainda não tinha reunido os jornalistas para partilhar ideias e responder a perguntas. Deu algumas entrevistas e diariamente twitava os seus pensamentos,
Pela primeira vez, Isabel II não esteve presente nas missas de Natal e Ano Novo. Uma gripe manteve-a longe do frio, mas deixou Inglaterra e o mundo a pensar no que será um futuro sem a Rainha que reina há 63 anos.
Não faltará quem faça a biografia de Mário Soares, como não haverá falta dos comentários de ódio e veneração. Indiferença, ninguém sentirá. Figura maior do que a pessoa, é incontornável, não pela opinião que se possa ter sobre ele, mas pelo papel que tem na História de Portugal.
Já toda a gente disse que este ano foi um massacre no universo da pop e do rock. No rock erudito – Bowie - no rock avant-garde – Prince – e no das baladas – Cohen. Faltava um símbolo do pop, esse rock dançante que substitui a intenção pela excitação.
O mundo já se habituou às notícias bombásticas que explodem, deixam toda a gente assustada, e depois desaparecem de mansinho dos noticiários, como se tivessem sido apenas uma noite mal dormida. A mais misteriosa terá sido o “escândalo” dos Panamá Papers. E a mais surpreendente, o referendo para a sa
Como toda a gente sabe – os que vêem o noticiário e os que depenicam as revistas cor-de-rosa - durante três dias, até à véspera do diplomaticamente inconveniente Primeiro de Dezembro, os Reis de Espanha estiveram em Portugal. Tanto ruído, e ninguém ficou a saber porque vieram.
A sombra de Trump pairou sobre estas primárias da direita francesa. Nem Fillon nem Juppé se atreveram a elogiar ou defender o fenómeno americano, mas consideraram que há uma onda conservadora internacional que os favorece. Ontem a direita votou e escolheu o seu candidato presidencial e é Fillon quem
Quando termina um século ou uma Era? Na História, encontramos várias definições, mas talvez a mais lata e humana seja aquela que o determina pelo desaparecimento dos seus ícones. São eles que determinam as ideias, o comportamento, os sonhos e o estilo de vida duma época, tanto para o bem como para
Desde a década de 1960 que se espalhou a sensação maravilhosa de que o mundo só podia progredir socialmente. As democracias tradicionais estavam consolidadas e a aperfeiçoar a igualdade e as oportunidades dos cidadãos. Os regimes autoritários, quer de esquerda, quer de direita, estavam fadados a ser
Trump pode ser um homem de excessos, mas o aparelho de Estado - e as pessoas que o integram - têm “muitas maneiras de diluir” a ação do Presidente. Vimos isso com Obama e seus antecessores. Por outro lado, “há muita gente no Partido Republicano que não concorda com Trump nem tem interesse em certos
A primeira batalha decorre há vários dias, com as forças do ISIS a defender a cidade e uma “coligação de 60 países” (dizem os noticiários) a atacar. O desfecho parece inevitável; vai demorar semanas, mas a segunda maior cidade do Iraque deixará de fazer parte do Califado Islâmico. Mais complicada é
O filme de Stephen Frears, “Florence, uma diva fora de tom” trouxe ao conhecimento do mundo a excêntrica Florence Foster Jenkins, interpretada - com mais graça do que a própria teria - por Meryl Streep. Portugal também teve a sua Florence: chamava-se Natália de Andrade.
Quando falamos da Alemanha ou do Governo alemão temos tendência a fulanizá-los em Frau Merkel ou Herr Schauble. Também simplificamos as suas posturas com a ideia de que a União Democrata-Cristã, onde os dois pontificam, é a força partidária mais à direita. Mas a política germânica é muito complexa e
Por esta altura já toda a gente deve estar a perguntar para que servirá mais um debate entre Trump e Clinton. Não há quem não saiba ao que vêm, e é duvidoso que Donald consiga melhorar a sua imagem depois de mais uma semana de gafes. Mais duvidoso ainda é que queira melhorá-la, logo ele, que acredit
João e Antónia abandonaram as suas bem remuneradas profissões em Lisboa, compraram dois hectares perto de Montemor e estão a tentar viver com qualidade sem destruírem recursos naturais esgotáveis. É possível? Valerá a pena?
Diz-se que a situação política está agitada em muitos países europeus, e até na Europa como um todo, mas em nenhum deles está mais confusa do que em Espanha. Há quase um ano que o país não tem um Governo eleito e, pelo andar dos partidos, parece que não vai ter tão cedo. Todos têm as suas razões, ma
Cem milhões de pessoas assistiram ao frente a frente entre Trump e Clinton. Exactamente 66 anos depois do primeiro debate presidencial televisionado da História (entre Nixon e Kennedy), ainda se discute até que ponto esta fórmula é decisiva para ganhar as eleições.
Muita coisa mudou em Inglaterra depois do Brexit, mas não as mudanças que se esperavam. Curiosamente, tanto o “The Guardian” como o “The Economist”, opostos no espetro ideológico, concordam que o país de repente surge como um Estado de partido único, com um dirigente não eleito.
Continuando com cer
Vivem-se dias decisivos, na capital do Brasil. Por um lado, o impeachment da Presidente Dilma Rousseff chega à fase final, em que uma votação por maioria no Senado será suficiente para a afastar definitivamente. Por outro lado, recentes desenvolvimentos no Processo Lava Jato mostram que todo o siste
Eleito numa plataforma de direita em Maio, o novo Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, está a cumprir o que prometeu na campanha: matar os suspeitos de tráfico de droga, sem julgamento.
Os últimos dias têm sido dramáticos para o superlativo Donald Trump. Não admira, pois o candidato republicano, sempre pronto a atacar, desta vez meteu-se com um grupo sagrado para toda a sociedade americana: os veteranos de guerra.