Joacine, André Ventura e Frederico Varandas entram na Fundação Calouste Gulbenkian

Tomás Albino Gomes
Tomás Albino Gomes

Os dias do novo ano em que Joacine Katar Moreira, (ainda) deputada do Livre, não é destaque na imprensa nacional, contam-se quase pelos dedos de uma mão. Ontem, depois de um interregno de protagonismo, eclipsado pelo banho maria em que a sua posição face ao partido ficou, a deputada única apresentou uma proposta para a devolução às ex-colónias do património exposto em museus portugueses.

A iniciativa apresentada por Joacine deu-lhe destaque, mas não por muito tempo, com reação de André Ventura à proposta do Livre: “Eu proponho que a própria deputada Joacine seja devolvida ao seu país de origem. Seria muito mais tranquilo para todos... inclusivamente para o seu partido! Mas sobretudo para Portugal!”.

Os jornais dividiam-se e colocavam lado a lado os dois protagonistas da nova polémica do dia e à qual Joacine respondia com um trocadilho: é “deputada”, não é “deportada”. Em defesa da deputada veio o PS, Adolfo Mesquita Nunes, Pedro Filipe Soares e a ministra da Justiça.

No título falei de uma instituição — numa referência à formula tantas vezes usada para contar uma história e arrancar um sorriso — e peço ao leitor que não desista, deixe-me popular o meu "bar" fictício com mais algumas pessoas.

Quero aproveitar para sentar todos os alarmistas que reclamam que Portugal pode ser a nova Itália ou Grécia, depois de hoje 11 imigrantes terem desembarcado em Olhão, ao lado do ministro Eduardo Cabrita que diz que é muito cedo para se falar numa nova rota da imigração, com o Algarve como destino final.

Por último, sentemos Frederico Varandas, presidente do Sporting Clube de Portugal, emblema que hoje se despediu do seu capitão, Bruno Fernandes, que rumou esta quarta-feira para Inglaterra, para assinar pelo Manchester United, naquele que é o último capítulo de uma novela que se arrastava há demasiado tempo.

Para todos os protagonistas deste pequeno apanhado do dia, queria sugerir amanhã a 3.ª edição da Noite das Ideias, que vai acontecer a partir das 18h30 na Fundação Calouste Gulbenkian. No fundo trata-se de uma noite dedicada à discus­são, ao debate, à conversa – à troca de ideias, no fundo. E o mote para este ano é “Ser e estar vivo” (traduzido do francês Être vivant).

Talvez o brainstorm ajudasse Joacine a ligar-se ao partido, André Ventura à democracia, os alarmistas à realidade das rotas das migrações e à vida daqueles que atravessaram o Mediterrâneo à procura de uma vida melhor… e Varandas a encontrar uma solução para o vazio qualitativo que ficará a partir de hoje no plantel do Sporting.

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