Tradutor e professor. Autor dos livros Doze Segredos da Língua Portuguesa e A Incrível História Secreta da Língua Portuguesa. Escreve no blogue Certas Palavras.
Os problemas de tradução não são palavras como «saudade». São mesmo palavras simples como «dedo» — e todos os problemas práticos que nos aparecem à frente.
Nestes dias em que o futebol invade as nossas televisões, olhemos com um pouco mais de atenção para várias maneiras de dar nome ao desporto por essas línguas fora.
Esta é uma pergunta muito curiosa, porque raramente se faz em Portugal. Podemos viver, neste país, uma vida inteira descansados e felizes (tanto quanto o pequeno rectângulo nos permite) sem que nos entre pelos ouvidos um eco que seja desta batalha linguística. E, no entanto, ali acima do Minho, há u
Os falsos amigos são das armadilhas de tradução mais conhecidas: são palavras que parecem fáceis de traduzir – e não são. Há muitas e boas listas de falsos amigos, em várias línguas. Hoje olho apenas para algumas palavras castelhanas que nos arreliam.
Quem tenta contar as línguas de cada país nem sempre encontra o número de que estávamos à espera. Já houve quem encontrasse dez (!) línguas no nosso país...
Olho para o meu filho, de língua entre os lábios, a desenhar as letras que anda a aprender. Com esforço, vai associando aqueles desenhos pequenos, em várias formas, aos sons que já usa todos os dias há muito tempo. Reparo na letra A. Quem inventou esta forma em particular?
Uma língua guarda destroços da história dos povos. Depois do Brexit, decidi olhar um pouco para a língua inglesa e procurar nela vestígios da história da Europa. Sim, da Europa. Porque o Reino Unido vai sair da União Europeia, mas a ilha não sai do mesmo sítio — e a Europa não vai sair da língua dos
Que os sons da língua mudam, todos sabemos. Também sabemos que as regras gramaticais não são exactamente as mesmas ao longo da História. O próprio significado das palavras muda... Mas porquê?
Hoje, temos uns bons milhares de fotografias nos telemóveis. Muitas dessas fotografias retratam seres humanos. Quem terá sido a primeira pessoa apanhada por esta nova tecnologia?
Hoje faz três anos a minha sobrinha Olívia, que vive em Inglaterra. Como lá ir mesmo a sério está fora de questão, ponho-me ao caminho a bordo da palavra «sobrinha».
De vez em quando, lá oiço alguém afirmar convicto: antigamente, os Portugueses escreviam muito melhor. A afirmação vem, habitualmente, confirmada por um «só não vê quem não quer» a servir de ponto final à discussão.
Pergunto a origem da palavra assim, no plural, por uma simples razão: em português, temos três plurais da palavra. Como chegámos a este curioso (e útil) excesso?
A língua é muito interessante: os acertos e até os erros. Então aquelas expressões correctas que, de vez em quando, despertam a fúria de alguém são particularmente curiosas, porque quase sempre mostram um recanto peculiar do português.
A exclamação «parabéns!» é das palavras mais felizes que por aí andam. Não só a ouvimos quando nos aconteceu alguma coisa de muito bom, como também naquele dia do ano em que se comemora o nosso nascimento. Qual será a sua origem?
Uma discussão com o meu filho levou-me a investigar a origem da nossa letra S. Pelo caminho, ficamos a conhecer uma velha forma da mesma letra que já ninguém usa (excepto os alemães) e ainda as voltas que a letra dá quando se transforma em som nas bocas portuguesas.