O salto para o ouro
Hoje a bandeira portuguesa teve destaque em Tóquio, onde se voltou a ouvir "A Portuguesa". E treze anos depois, o triplo salvo deu, novamente, aos portugueses um campeão olímpico.
Na madrugada desta quinta-feira, Pedro Pichardo saltou para o ouro ao terceiro ensaio com 17,98 metros – batendo o seu o recorde nacional por três centímetros. A marca da vitória deixou o atleta chinês Yaming Zhu a 41 centímetros e o atleta do Burkina Faso Hugues Fabrice Zango a mais de meio metro.
Este foi o quinto ouro para Portugal nos Jogos Olímpicos: depois de Carlos Lopes (1984), Rosa Mota (1988), Fernanda Ribeiro (1996) e Nelson Évora (2008), agora, Pedro Pichardo junta-se aos responsáveis pelos títulos olímpicos do país.
Foi também com o ouro de Pichardo que Portugal assegurou a melhor prestação de sempre nos Jogos Olímpicos, com um ‘tetra’ nas medalhas. Portugal, que não ‘bisava’ medalhas desde 2008, em Pequim, somou hoje a quarta nestes Jogos Olímpicos – ultrapassando as históricas prestações de Los Angeles1984 e Atenas2004. Ao ouro de Pichardo, soma-se a prata de Patrícia Mamona, o bronze de Jorge Fonseca e o de Fernando Pimenta.
Anteriormente, a primeira melhor prestação foi um trio nas medalhas que veio com os Jogos de Los Angeles1984, que também trouxeram o primeiro ouro da história nacional, com a maratona vitoriosa de Carlos Lopes – que vinha de uma prata nos 10.000 metros de Montreal1976 e uma lesão em Moscovo1980. Em 1984, Carlos Lopes tornou-se no primeiro herói olímpico nacional, com um recorde dos Jogos de 2:09.21 horas, apenas batido em Pequim2008, pelo queniano Sammy Wanjiru. No mesmo ano, vieram mais duas medalhas graças a António Leitão, nos 5.000 metros, e Rosa Mota, na maratona, que conseguiram o bronze.
Depois, também Atenas2004 voltou a render três medalhas à comitiva portuguesa: Sérgio Paulinho surpreendia o mundo do ciclismo com a prata na prova de fundo de estrada, Francis Obikwelu estabelecia-se como um dos homens mais rápidos de sempre nos 100 metros, arrecadando a prata, e Rui Silva alcançava o bronze nos 1.500 metros.
Este ano, em Tóquio, o primeiro a chegar ao pódio foi Jorge Fonseca, com o bronze no judo, seguiu-se Patrícia Mamona, com a prata num salto de 15,01 metros (novo recorde nacional), e o canoísta Fernando Pimenta, no K1 1.000 metros, com um bronze que o colocou entre o restrito lote de portugueses a conquistar duas medalhas olímpicas – foi o quinto a consegui-lo.
Mas voltando ao mais recente campeão olímpico português.
Pichardo nasceu em Cuba há 28 anos e é português há quatro. Começou a treinar aos seis e iniciou-se no triplo salto aos 14. Com o tempo, torna-se uma referência da disciplina. Em 2015, foi o quinto triplista da história a ultrapassar a marca dos 18 metros. Dois anos depois, em 2017, foi notícia ao abandonar a seleção cubana, durante um estágio na Alemanha, que não o deixava ser treinado pelo pai – queixando-se também que queriam que treinasse mesmo lesionado. Por ter abandonado a seleção está proibido de entrar em Cuba até 2025.
Veio para Portugal em 2017, quando se tornou atleta do Benfica e, em dezembro, naturalizou-se português. Mas só em agosto de 2019 foi autorizado a representar a seleção portuguesa nas competições internacionais. Estreou-se com as cores portuguesas com uma vitória no Europeu de Nações de atletismo, em Sandnes, na Noruega, ao saltar 16,98m. Em março deste ano foi campeão europeu de pista coberta na Polónia. Agora, é o quinto campeão olímpico português.
O ouro, disse Pichardo, "é a única maneira de agradecer a Portugal o que tem feito por mim desde que cheguei, não tenho outra maneira de agradecer."
"É um privilégio fazer parte daqueles poucos atletas que são heróis em Portugal, fazer parte desse grupo. É uma honra imensa para mim", aferiu depois da prova.
Os seus sonhos, porém, não ficam por aqui: ambiciona bater o recorde mundial, fixado em 18,29 metros, que pertence ao britânico Jonathan Edwards, e espera que tal possa acontecer ainda esta temporada, com a final da Liga Diamante, em setembro.
Pichardo quer "ficar nos livros de recordes" e, apesar de não ter sido hoje, relembra: "Ainda tenho Paris2024 e vou continuar a trabalhar para isso".
Uma coisa é garantida: as medalhas nestes Jogos são quatro e este é um resultado histórico para Portugal.
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