O Governo da Jordânia anunciou hoje uma segunda ronda de negociações de paz entre o Governo do Iémen e os rebeldes Huthis na próxima quarta-feira, em Amã.
O enviado da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Iémen, Martin Griffiths, apelou hoje às forças pró-governamentais e aos rebeldes que respeitem o acordo de paz, alcançado esta quinta-feira na Suécia.
O secretário-geral das Nações Unidas anunciou esta quinta-feira que as partes envolvidas na guerra do Iémen acordaram um cessar-fogo em toda a província de Hodeida e uma retirada de tropas da disputada cidade portuária no Mar Vermelho.
Cerca de 20 milhões de pessoas no Iémen estão famintas e, pela primeira vez, 250 mil estão a enfrentar uma situação "catastrófica", disse na segunda-feira o responsável dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas.
O diretor da agência para a ajuda humanitária da ONU não espera um "processo fácil ou rápido" nas conversações de paz para acabar com a guerra civil no Iémen, onde 8,4 milhões de pessoas sofrem de "fome extrema".
O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros do Koweit, Khaled al-Jarallah, disse segunda-feira que a delegação de rebeldes iemenitas que participará nas negociações de paz na Suécia partirá hoje de Sanaa em direção a Estocolmo.
Os Emirados Árabes Unidos, um importante ator na guerra do Iémen, disseram hoje que as conversações de paz, na Suécia, sobre o Iémen são uma oportunidade "decisiva" para acabar com o conflito que dura há quatro anos.
A Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, principais membros da coligação internacional anti-rebeldes no Iémen, anunciaram hoje uma ajuda de 500 milhões de dólares (437,8 milhões de euros) aos iemenitas ameaçados pela fome.
Rebeldes e Governo do Iémen prontificaram-se na segunda-feira a colaborar com os esforços de paz da Organização das Nações Unidas, abrindo a via a novas negociações para uma resolução política do conflito, que dura há três anos.
O responsável pelas operações de paz das Nações Unidas, Jean-Pierre Lacroix, considerou hoje que é "muito cedo" para pensar numa missão de paz ou outras ações no Iémen, em guerra civil desde 2015.
A coligação liderada pelos sauditas aceitou a retirada de feridos Huthis do Iémen, anunciou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Jeremy Hunt, um dia após uma deslocação à Arábia Saudita e aos Emirados Árabes Unidos.
A alta representante da União Europeia instou hoje os intervenientes no conflito do Iémen a respeitarem a lei humanitária e a permitirem a circulação de civis, sobretudo na cidade de Hodeida, quando o país está à beira da fome.
Pelo menos 142 pessoas combatentes rebeldes e sete civis morreram, em 24 horas, na sequência de uma ofensiva das forças pró-governamentais apoiadas pela Arábia Saudita numa cidade portuária no oeste do Iémen, segundo fontes militares e hospitalares.
Uma ofensiva das forças pró-governamentais apoiadas pela Arábia Saudita causou pelo menos 61 mortos entre os combatentes rebeldes em Hodeida, uma cidade portuária no oeste do Iémen, nas últimas 24 horas, segundo fontes militares e hospitalares.
Pelo menos 47 rebeldes Huthis e 11 combatentes pró-governo foram mortos nas últimas 24 horas na batalha pelo controlo da cidade portuária de Hodeida, oeste do Iémen, adiantaram hoje fontes médicas à Agência France Presse.
A "cessação imediata das hostilidades" no Iémen, onde cerca de 14 milhões de pessoas estão "ameaçadas pela fome", foi na quarta-feira exigida por 35 organizações não-governamentais iemenitas e internacionais.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) disse hoje que o Iémen se tornou "um inferno na terra" para as crianças, atingidas pela fome, e exortou as partes em conflito a cessarem as hostilidades.
Ahmed Hassan grita de dor quando o médico coloca-o cuidadosamente na balança para pesá-lo. Este bebé está esquelético pela fome e é só um de muitos. Estas são as mais vulneráveis vítimas da guerra no Iémen, conflito que poderá estar a afetar até 14 milhões de habitantes, segundo a ONU.
O conflito no Iémen tornou 8,4 milhões de pessoas dependentes de assistência alimentar de emergência e colocou 75% dos seus 22 milhões de habitantes a precisarem de ajuda, no país com a prior crise humana no mundo.
A organização internacional não-governamental Human Rights Watch (HRW) denunciou esta terça-feira sequestros, abusos e tortura sobre detidos cometidos pelos rebeldes Houthis no Iémen, que controlam a capital Sanaa.
O Programa Alimentar Mundial (PAM) alertou hoje num comunicado para a necessidade de novos pontos de entrada da ajuda humanitária no Iémen para evitar a fome no país em guerra.
Onze combatentes das forças pró-governamentais e 73 rebeldes Huthis foram mortos no Iémen em novos combates nas imediações de Hodeida, após o fracasso de negociações que estavam previstas em Genebra, indicaram hoje fontes médicas e hospitalares.
A Unicef exortou as partes envolvidas no conflito no Iémen para darem prioridade à proteção dos menores nas negociações de paz que começam esta quinta-feira, sublinhando o elevado número de crianças que morreram nos últimos dois meses no país.
Um novo ataque no Iémen, na quinta-feira, provocou a morte de pelo menos 30 civis, com os rebeldes e a coligação liderada pela Arábia Saudita a acusarem-se mutuamente de serem responsáveis pelo sucedido.