• As ameaças no mundo trumpizado
    A Europa habituou-se nos últimos anos a ter um aliado na presidência dos EUA. Obama entendeu que a Europa unida é melhor para todos, interveio para manter a Grécia na União, tentou mostrar aos britânicos que o Brexit é uma escolha adversa, apoiou Merkel no bom acolhimento aos refugiados. Com Trump,
  • Um campo minado numa porta da Europa
    As receitas do turismo na Turquia caíram 37% no espaço de 12 meses (fonte: WTO). É um efeito imediato da insegurança instalada no país que só em 2016 sofreu 19 sangrentos atentados terroristas com grande impacto, cinco deles em Istambul e três em Ankara. São atentados que causaram centenas de mortos
  • Também há boas notícias
    Às vezes, apesar do esforço de procura e de espera, não chegamos a encontrar uma notícia que seja feliz na capa de um jornal ou na abertura de um noticiário. Os factos, para passarem à categoria de notícia, precisam de ser novos, surpreendentes, impactantes. Um mestre do jornalismo, o italiano Eugen
  • A felicidade que podemos procurar
    De repente, chegou o Natal, é devido ser uma época de alegria, e a equipa do SAPO24 propõe-me que escreva aqui uma carta de desejos, como se fosse ao pai Natal – claro, o que é pessoal e íntimo não é chamado para uma tribuna pública. Que o mundo vá melhor, esse é um desejo de sempre, mas não dá para
  • O poder da palavra
    Putin, Trump, Merkel, Xi Jinping e Francisco. São estes os nomes das figuras que a revista Forbes escolhe, por esta ordem, como as mais poderosas no mundo, nesta viragem de 2016 para 2017. Os quatro primeiros correspondem à liderança do poder político, económico e militar nos países que são mais det
  • A esperança num homem decente
    Um idealista como António Guterres assume a liderança das Nações Unidas quase ao mesmo tempo que o imprevisível desafiador Donald Trump entra pela Casa Branca como presidente do país que a revista Time retrata como “Estados Desunidos da América”. Imagina-se que a ambição de procurar harmonias e melh
  • A crise existencial
    A promessa tinha sido de bem-estar e liberdade mas o que passou a sentir-se crescer nas sociedades ocidentais foi um mal-estar que também põe em causa algumas das liberdades. Os cidadãos fartaram-se de se sentirem negligenciados e estão a usar toda a forma de votação ao seu alcance para fazerem afas
  • A escalada da pós-verdade
    É um ritual a cada 12 meses, a equipa dos dicionários Oxford, publicados no Reino Unido e nos EUA, proclama a palavra que marca o ano que acaba. Para este 2016, provavelmente já sabe que a escolha é um neologismo que entra diretamente para a enciclopédia: post-truth. Portanto, pós-verdade, com o pós
  • O último patriarca
    Há momentos que fazem fronteira: o século XXI começou em 11 de setembro de 2001, nas Torres Gémeas de Nova Iorque; o século XX tinha começado a acabar em 9 de novembro de 1989, com a queda do Muro de Berlim, e chega à ponta final do fim neste 25 de novembro de 2016, com a morte de Fidel Castro. Das
  • A surpresa seguinte
    O Nobel Mario Vargas Llosa é um escritor magistral com notável intervenção cívica e feroz recusa de qualquer forma de ditadura, seja de esquerda ou de direita. É um intransigente defensor da sociedade aberta muito influenciado pelo pensamento liberal de Karl Popper. No seu texto semanal para o El Pa
  • E agora, segue-se Le Pen?
    Faz sempre bem ouvir os sábios: Zygmunt Bauman, decano dos sociólogos europeus e observador implacável do nosso mundo, analisa na revista italiana L’Espresso a vitória eleitoral de Trump. Assim: diz que “é um sintoma alarmante, reflete o divórcio entre poder e política, do qual resulta um vazio prop
  • O impensável aconteceu: President Trump
    É um grande falhanço não ter percebido que a desilusão e revolta da América branca contra o sistema político de Washington tivesse tal magnitude que tenha provocado o apocalipse eleitoral de Hillary Clinton. Pela minha parte, peço desculpa pelo erro de análise, por não ter sabido sentir a intensidad
  • Estados (muito des)Unidos da América
    O mais desconcertante nesta triste eleição nos EUA é que uma personagem como Donald Trump se tenha apoderado da nossa atenção principal. Não há memória de uma campanha com tão venenosa retórica, com tanta raiva à solta e tomada por um candidato instável e megalómano feito showman com o seu discurso
  • Desta vez não há American Dream
    Hillary é uma candidata que não entusiasma. Há a ideia de que nunca alguém esteve tão preparado para exercer a presidência, é intelectualmente brilhante, mas desconfia-se dela, sobretudo pela noção de que não passaria no scâner da fiabilidade ética e por histórias de suspeitas de possível conflito d
  • O "stress test" à política nos EUA
    Daqui a duas semanas, na noite de 8 para 9 de novembro, o que é que Donald Trump vai fazer quando, como todas as evidências há muito anunciam, constatar que está derrotado? É de admitir que no final possa acabar a cumprimentar a presidente Hillary Clinton e a anunciar que se retira da política e vol
  • E tu, o que pensas sobre isto?
    O trabalho sobre a palavra, uma das funções essenciais daquilo a que chamamos literatura, como modo de contar os seres humanos e a vida em toda a nossa complexidade, entrou em nova fase no começo do século XX: com o aparecimento de novas tecnologias baseadas na reprodução do som e da imagem, como o
  • GAME OVER PARA "THE DONALD"
    A apenas quatro semanas do dia de eleições nos EUA, com Hillary Clinton cada vez mais presidencial e a saber evitar o mais possível o modo reality show rasca desta campanha, duas perguntas emergem como principais: que força política vai ter o populismo nestas eleições? que dimensão terá o dano causa
  • Hillary comanda o guião
    Hillary impôs-se no debate: serena, confiante, imperturbável, presidencial. Soube rir e sorrir ao longo dos 90 minutos, ora a desacreditar ora a mostrar-se condescendente com o adversário. Liderou a agenda e dominou os tempos de discussão. Argumentou com consistência, fez o melhor do melhor que sabe
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