Como é que faço para dar mais dinheiro para o Estado? Alguém me pode ajudar? É que é completamente desnecessário estar a gastar dinheiro a comer quase todos os dias, quando eu ficava bem se enfiasse no bucho uma sandes de nada e um pastel de coisa nenhuma todos os domingos. Dava-me bem para a semana
É uma tentação escrever sobre nós a propósito de quem nos deixa. Mesmo tendo como propósito, que é o que em regra acontece, escrever sobre quem nos deixa. Queremos escrever sobre coisas simples desde como falava, como ria, quantos cafés bebia por dia, até coisas que só se vêem ao perto, como aquelas
O aborto ser crime em qualquer caso significa o Estado dizer a mulheres violadas que devem ter o filho do violador, ou morrer para dar à luz, ou dar à luz um morto. Dizer, em suma, o que há muito o Estado diz: que as mulheres valem o que convier aos homens, e portanto eles podem decidir que uma mulh
Eu sei que escolher falar sobre sustentabilidade ou alterações climáticas é chamar à discussão todos os que acham que isto é puro alarmismo, um rol de mentiras porque está tudo bem, não há um oceano de plástico à deriva, e as radiações na atmosfera são apenas fumaça. Há uma cabala perpetrada não sei
O que fazem dezassete alentejanos à porta do cinema ...
Não, não vou contar-lhe aqui uma nova – ou velha – anedota de alentejanos, de tantas que já deve conhecer. Nem de gago, sogra, anão, viúva, brasileiro, japonês ou alemão. Entretanto, quem nunca contou ou nunca riu ao ouvir uma delas levante a m
É uma boa notícia para a Europa que Merkel tenha recusado ceder aos liberais FDP. Eles exigiam o estratégico posto de ministro das Finanças no governo da Alemanha para porem em ação o seu plano de travagem de qualquer ambição de solidariedade financeira na Europa. Mas é inédito, nas sete décadas de
Tal como eu, Bruno Maçães não tem cara de quem envia retratos de nabo. Aliás, Bruno Maçães tem inclusivamente cara de quem menciona o seu ódio a imagens de pénis não-solicitadas para ganhar a aprovação de mulheres saturadas de machos alfa. Bruno Maçães parecia-nos, a todos nós, um onanista recatado.
Ora, se o meu caro leitor estiver desocupado e quiser tornar-se famoso, pode sempre tornar-se num teórico da conspiração. Só para ajudar, deixo aqui três teorias da conspiração prontas a servir. É só aquecer no microondas e servir no Facebook.
Adoro o cheiro a cocó da minha cadela, na minha cozinha de manhã, porque é sinal que já não a tenho de levar à rua. Há dias que não apetece, mas tem de ser.
Môs tropas, não comecem já a tirar as butterfly do bolso para me dar uma chinada, se fazem favor, antes de ouvir o resto que tenho para dizer. Não é todo o hip-hop tuga, ‘tão a ver? Tipo, é só uma beca (estou a tentar escrever num português paupérrimo para que seja compreendido por mais gente que po
Na secretaria da existência surgem coisas distintas, pois ele é impostos, modelos com nomes estranhos para preencher, dados que nos solicitam a todas as horas e em todos os sítios, assinamos de cruz, dizemos que aceitamos as condições e seja o que Deus quiser. Despachar.
Há duas semanas escrevi sobre este tema e deixei-o em aberto, mas não pelo intuito de tão cedo lá voltar. Relativamente aos escândalos de assédio sexual (e o escândalo de não nos escandalizarmos há mais tempo) escrevi com a certeza de ser tudo muito errado, mas com incertezas sobre o próximo passo.
Dizer que há uma semana que não há uma notícia que se aproveite na comunicação social é demasiado mas, na verdade, têm sido tantos os fait divers que, se queremos estar informados, temos de ser nós a procurar, escapando às não-notícias, evitando as alcoviteiras das redes sociais ou ignorando as para
Há um príncipe que anda a brincar com o fogo numa região altamente inflamável: é Mohammed bin Salman, conhecido como MBS, o destinado à sucessão no trono da petromonarquia da Arábia Saudita. Tem 32 anos, acumula cargos e poder, e o pai, o rei Salman, está a lançá-lo para décadas, não só como soberan
Diferentes religiões cristãs insurgiram-se publicamente. O uso indevido da Bíblia e das suas narrativas para cumprir acórdãos de justiça é, no mínimo, um abuso.
Há umas semanas, estive quase para não escrever esta crónica porque deixei cair os óculos no mar. Pois, esta semana aconteceu algo pior: deixei o computador em casa.
Trump não tomou o poder à força, há um ano. Foi eleito por ser o idiota que é. Não um ditador, mas um idiota eleito, cada vez mais perigoso. Espelho do estado do mundo.
Faz agora 365 dias que os norte-americanos e o planeta acordaram com a insólita notícia de que acabara de ser eleito para o lugar de Homem Mais Poderoso do Planeta o imprevisível Donald Trump. E que ano tem sido!
Poucos dias depois da vitória eleitoral de Donald Trump, o escritor Mario Vargas Llosa afirmou, num evento literário, e cito de cor: “a escolha de Trump é uma demonstração de que a cultura e a civilização não vacinam uma sociedade contra o populismo e a demagogia".