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Quando estas imagens chegarão a Portugal?
Museus, fundações, centros culturais, alguém? Claudia Andujar está viva, é uma testemunha única de décadas entre os indígenas, uma fotógrafa extraordinária, e a sua luta não podia ser mais actual num momento em que Bolsonaro quer liberalizar a mineração nas terras indígenas, em que regiões inteiras -
Isto não é sobre a greve dos motoristas
Nós, os apeados, os peões, sabemos o que é ser invisível. -
Cristas nada cristãs
Cristas insulta as universidades — e a inteligência. Ao mesmo tempo que quer privatizar parte do ensino superior público, passa um atestado de inferioridade ao ensino privado. Disparate, privataria, vale-tudo: nada que surpreenda, a mim e à esmagadora maioria dos eleitores que nunca votariam em Cris -
A cidade é tua, cara (em homenagem a Ecio Salles, 1969-2019)
Foi uma das pessoas que eu vi a mudar a ideia de cidade, numa das cidades mais belas, trágicas e violentas do mundo. E tenho visto como a corrente de amor pelo que ele foi, e fez, não pára. -
O estranho lugar onde os países se sentam
Em Genebra pela primeira vez. -
Vai, minha tristeza
A morte de João é um luto do Brasil. A gente chora, a gente canta. -
Petra, Caetano, e esta nossa história, contraditória
Caetano Veloso, que está em Lisboa, participou numa sessão sobre o filme “Democracia em Vertigem”, com a realizadora Petra Costa, e este sábado inaugura a sede portuguesa da Mídia Ninja. -
Nunca antes na história deste país a vergonha do Brasil foi tão mundial
O governo Bolsonaro é um show de horror & disparate, da ONU ao G20, da cocaína ao ambiente, de Moro à prisão cada vez mais política de Lula da Silva. -
Sou a única branca muitas vezes no meu comboio. Mas os negros continuam invisíveis
Falta muito para descolonizar Portugal. O Censos de 2021 podia ser uma ajuda: não será. Mais tempo e recursos perdidos. -
Onde estiver o jornalismo, estará a democracia (ou o que se passa no Brasil, na China, na Rússia)
Um levante do jornalismo em Junho de 2019, diante do que tantas vezes parece o triunfo sórdido das redes sociais, dos canalhas e dos déspotas. -
Agustina: trans-humana
Viveu muito, com a alegria do mundo de quem não é exactamente deste mundo. Por isso, a sua morte não é triste. Mas tem a melancolia de um quarto de repente vazio. Algo mudou em Portugal. -
O Brasil está partido, a luta é jovem
A educação não une o Brasil, desune. Um Brasil irreversível, jovem, vai lutar para não retroceder tudo o que a educação avançou. E vai lutar contra um Brasil favorecido, fortalecido pela má educação pública. A educação está bem na racha, na fenda do Brasil. Quem ganhar este duelo ganhará o Brasil. U -
À espera do dilúvio de lama em Minas Gerais (ou como o crime governa o Brasil)
Milhares de seres humanos e animais retirados. Milhões à espera da catástrofe anunciada. Isto é o Brasil em 2019. Uma mineradora que já causou apocalipses, e continua a causá-los, sem que nada mude. -
O Brasil retomou a rua, e a palavra
O que os mais jovens mostram agora nas ruas é que há sangue novo para a luta. Eles serão o abre-alas do Brasil. -
Bolsonaro inimigo do Brasil, inimigo do mundo
Mas a luta já está na rua. E os que são jovens agora, tão ou mais jovens que a jovem Greta Thunberg, como os secundaristas brasileiros que há anos já aprendem uma nova luta, cada vez mais sabem que não há outros, seremos nós a mudar isto, ou não haverá nós. Tal como não há planeta B. -
Teremos sempre Montevideu
Uma capital que é uma espécie de meio-segredo no mundo. -
25 de Abril em Buenos Aires com Zeca, Adelino, alecrim para o Brasil (e um beijo mais a Norte).
São tempos turvos, de breu mesmo. Mas na Argentina, como no Brasil, como em Lisboa, como em Bissau-Luanda-Maputo, continuaremos a contar o que foi, o que falta. E a cantar. -
Notre Dame somos nós
França vai reconstruí-la no tempo mínimo possível. A Europa, o mundo, ajudarão, porque ela é de todos, e é parte do melhor. O pior custa mais. -
Israel: como cometer suicídio e homicídio ao mesmo tempo
Já não existe Israel. Existe o Bibistão. Mata pais fundadores e palestinianos, dois em um. O que ficou à vista esta semana. -
O pior presidente do mundo (numa democracia)
É para gente como Bolsonaro, violadores em série da Constituição e dos Direitos Humanos, que deviam existir impeachments e prisões. -
Como se mutilaram homens e “emprestaram” mulheres nas minas da Angola colonial: um domingo no Padrão dos Descobrimentos
Enquanto os turistas faziam fila para subir ao Padrão dos Descobrimentos, no auditório em baixo uma antropóloga que pesquisou canções nativas expôs horrores do trabalho forçado para a Diamang, durante a colonização portuguesa. As canções foram uma forma de resistência em Angola. Nos países a Norte, -
Quando saiu à rua, a Beira era “uma cidade-fantasma”
Relatos de quem viveu o ciclone na Beira, ou é natural da Beira e durante dias não soube se a família lá estava viva. A responsabilidade da resposta portuguesa é única, entre todos os países estrangeiros. Possa Moçambique sentir-se amparado. -
Gente para adiar o fim do mundo (porque não há planeta B)
Índios que pela primeira vez tomaram a palavra. Jovens que pela primeira vez tomaram as ruas. Para aprender é preciso querer aprender: com eles.