Apesar dos azedumes que andam no ar e de algumas cabeças em vendaval que levam ao excesso de mostrar rancores, o que há de estimulante no resultado das eleições de 4 de outubro é a possibilidade de abertura de um tempo político em que quem governa passe a ter em conta um leque mais aberto de opiniõe
António Costa está há duas semanas em modo de sobrevivência, põe em causa um sistema que dura há 40 anos e que permite que o partido mais votado forme governo, mesmo em minoria, e negoceia à Direita (!) e à Esquerda como se fosse tudo igual. Perante esta sucessão inaudita de eventos, se as eleições
Vamos lá recapitular: a coligação ganhou as legislativas, certo? O PS perdeu as legislativas, certo? A resposta é ‘sim’ a ambas as perguntas, portanto, tendo em conta que Passos e Portas não têm maioria absoluta, estão a negociar um entendimento com António Costa, certo? Errado, o líder do PS anda e
A minha primeira intenção era ter escrito esta crónica na terça-feira à noite. O tema do momento, incontornável, é a situação política. Depois da declaração de Cavaco Silva - mensagem: entendam-se lá todos no Parlamento menos com o PCP e o Bloco de Esquerda - importava saber qual a posição dos socia
Os portugueses saem das eleições deste 4 de outubro com um quadro político claramente menos adverso e até mais amável para os cidadãos: os políticos ficam obrigados a uma cultura de negociação como sistema de resolução das diferenças nas opções de governabilidade.
Agora que já passaram 48 horas sobre o acto criador da nova realidade política em Portugal e umas horas depois de Cavaco ter apelado ao "tempo do compromisso", há duas ou três coisas que podíamos falar entre nós, eleitores e cidadãos portugueses.
A coligação ganhou as eleições, o PS perdeu. É este o ponto de partida que precisa de ser aceite por todos – e pelos vistos nem todos o aceitam – para ser possível a formação de um governo que tem de ter no Parlamento as condições de governabilidade equiparadas àquelas que os portugueses lhe deram n
Embora mais de quarenta por cento dos portugueses não tenham dado por isso, ontem foram eleitos os deputados do décimo quarto parlamento da III República.
É taxista há quase 40 anos, e viveu a democracia quase toda agarrado ao volante de uma vida que não escolheu. É boa pessoa, acho. Não sabe onde vota. Perdeu o cartão, mesmo que já não haja, e ele não saiba que já não é preciso. Se não votar, não saberá nunca o que perdeu por isso. Se é que perdeu. N
Votar é tão século XX. O mais importante hoje é ser popular e o resgate da democracia é bem capaz de precisar de uma ajuda dos famosos. As celebridades, afinal, sabem bem quão importante é manter os fãs satisfeitos. A nossa vida é um grande concurso de talentos.
Não faço ideia se as sondagens que diariamente estão a ser publicadas estão mais ou menos certas ou redondamente erradas. Não sei - alguém sabe? - se os cerca de 20% de indecisos que aparecem nesses radares vão decidir a eleição a favor da coligação PàF ou do PS ou se, pelo contrário, vão preferir f
Quem foi jornalista, nunca deixa de ser jornalista e Paulo Portas faz jus a esta regra. Inaugurou uma nova forma de fazer política, faz perguntas, de retórica, aos eleitores, algumas delas arriscadas, sobre políticos e sobre politicas: quem preferem para gerir as finanças, Maria Luís ou Centeno? Est
Aos políticos em campanha exigimos, e bem, que sejam claros e verdadeiros, que não se escondam atrás da retórica para evitar dizer ao que vêm, que não prometam o que não podem ou não fazem questão de cumprir, que nos digam como e para que querem governar.
Há sondagens para vários gostos e preferências, e nenhuma aponta para uma maioria absoluta da coligação ou do PS nas eleições de 4 de outubro, por isso seria de esperar que, a duas semanas das legislativas, o dia seguinte fosse também objeto de discussão. Não é. Até quando o permitiremos?
Teme-se o pior nesta campanha eleitoral até ao próximo dia 4 de Outubro, e à medida que os dias correm, surgem ideias estapafúrdias e dos partidos que, necessariamente, farão parte do próximo Governo, qualquer que venha a ser o figurino. Querem um exemplo? Se os lesados do BES já faziam parte dos es