José Couto Nogueira é jornalista desde os tempos do Antigo Regime e já trabalhou como repórter, colunista, editor, chefe de redacção e director em muitas publicações, entre elas o jornal digital "Alface Voadora", em 1997-2000. Viveu mais de 20 anos em Londres, São Paulo e Nova Iorque, e escreveu quatro livros de ficção e três de não ficção. Está no SAPO24 desde 2015.
Francisco Louçã acaba de publicar “O futuro já não é o que nunca foi”, uma avaliação dos desafios dos nossos dias. Na introdução, magnificamente escrita, tece considerações sobre o que significa “passado” e “futuro”, para dar uma perspetiva de como podemos ver o presente. Depois de afirmar que vivem
Não é a primeira vez, nem será a última, que o Facebook é criticado por, basicamente, transformar os utilizadores em mercadoria que os anunciantes (e outras entidades obscuras) compram a bom preço. Mas desta vez a crítica vem de dentro da empresa.
De repente, produtos essenciais como papel higiénico ou semicondutores, ou supérfluos como ténis ou ketchup, tornaram-se escassos. Tanto o consumo como o consumismo têm um Natal difícil pela frente.
Este domingo decorrem as eleições na Alemanha, que certamente nos interessam mais directamente; mas é interessante analisar o que aconteceu nas eleições no Canadá na semana passada, pelo que representam no funcionamento da Democracia.
A onda conservadora que está a agitar a política ocidental já tem um nome e um herói. As ideias do futuro prometem uma volta a um passado que nunca existiu.
Considera-se que há quatro grandes períodos da História: Pré-História, Antiguidade (Oriental e Clássica), Idade Média, Moderna e Contemporânea. Contudo, hoje, talvez já seja tempo de actualizar esta classificação.
Os ABBA, toda a gente sabe, são aqueles quatro suecos que em 1974 ganharam o concurso da Eurovisão e se tornaram numa das mais bem-sucedidas bandas de sempre, com milhões de álbuns vendidos e centenas de concertos esgotados. Em 1982, foram considerados extintos. Em 2021, querem voltar.
Desde o final da Segunda Guerra Mundial que não havia tantos refugiados como agora. A diferença entre 1945 e 2021 é o número de muros construídos para os repelir. A solidariedade e a compaixão tornaram-se conceitos vazios.
Nasceram para suprir a necessidade de ordem num país sem eira nem beira, os taliban criaram uma mística que aguentou anos de desaires sem nunca esmorecer, até chegarem à vitória final.
Toda a gente tem consciência de que a vida íntima é pública. Telefones, redes sociais e todas as interacções pela Internet, mesmo emails pessoais e mensagens encriptadas, são registadas para os mais diversos fins, por variadas entidades. Mas agora descobriu-se um novo nível de intromissão, direciona
No ano passado, deviam ter sido comemorados a preceito os 200 anos da Revolução Liberal de 1820, um acontecimento que trouxe Portugal para a Idade Moderna e que viria a mudar o país até aos dias de hoje. Mas estava-se em plena pandemia e as cerimónias e conferências previstas acabaram por ser cance
Desde 1959 que Cuba era o sonho comunista e anti-imperialista tornado real. De colónia da máfia norte-americana, passou a ser um país independente, orgulhoso dos seus sucessos em várias áreas e até uma peça de peso no cenário internacional. Domingo, dia 11, esta imagem romântica foi confrontada com
Pouco se fala do país mais pobre do Hemisfério Ocidental; só quando acontece alguma desgraça maior, no meio da desolação permanente. Agora foi o assassinato do Presidente Jovenel Moïse, de 53 anos, por tantos motivos que ninguém sabe se teria sido apenas um ou vários. O mundo cresce e o Haiti esmore
Com grande fanfarra, o Partido Comunista da China comemorou esta semana 100 anos de existência, dos quais 72 no poder. Xi Jinping fez um belo discurso, falando dos sucessos passados e dos projectos para o futuro. Esquecidos ficaram os maus passos dum século em que, apesar de tudo, a China passou dum
Na sexta-feira, dia 18, as eleições no Irão marcaram o fim da presidência “moderada” de Hassan Rouhani e o começo de uma nova era sob a direcção de Ebrahim Raisi, o chefe da “Comissão da Morte” que em 1988 ficou famosa por milhares de execuções sumárias. Acossado pelos adversários, o país vai lutar
Tom Gallagher, professor emérito especializado em “Europa Moderna”, na Universidade de Bradford, já escreveu mais de vinte livros, sendo o primeiro “Portugal: A Twentieth-century Interpretation”, publicado em 1983. Visitante regular ao nosso país, onde tem muitos amigos e contactos, desta vez assina
A Dinamarca e a Suécia, conhecidas pela sua atitude amistosa para com os imigrantes, preparam agora leis draconianas. As boas intenções tradicionais foram descartadas perante a invasão de estranhos.
Na década de 1960, gostar ou não gostar de Dylan representava uma data de coisas – era quase como afirmar um estilo de vida com uma única referência. Mas os tempos mudaram e agora foi preciso ele fazer 80 anos para nos lembrarmos de que ainda está vivo.
O estilista norte-americano Halston, praticamente desconhecido em Portugal, foi um símbolo da moda, do luxo, do sucesso e da loucura da década de 1970. A série biográfica da Netflix, que o apresenta com o rosto de Ewan McGregor, pode ser vista como um aviso sobre os resultados irreconciliáveis do ex
Eleito em 2014 como um moderado, Narendra Modi deu uma guinada à direita e tem-se mostrado um autocrata disposto a usar a maioria parlamentar para fazer o que lhe apetece. O que não estava nos seus planos era a pandemia de Covid-19, contra a qual o poder discricionário não lhe serve de nada.
Nas eleições legislativas da Escócia, que aconteceram quarta-feira passada, o resultado já era sabido, mas o futuro da nação continua tão insondável como dantes.