José Couto Nogueira é jornalista desde os tempos do Antigo Regime e já trabalhou como repórter, colunista, editor, chefe de redacção e director em muitas publicações, entre elas o jornal digital "Alface Voadora", em 1997-2000. Viveu mais de 20 anos em Londres, São Paulo e Nova Iorque, e escreveu quatro livros de ficção e três de não ficção. Está no SAPO24 desde 2015.
A situação política nos Estados Unidos está numa indefinição que costumamos associar aos regimes autoritários ou aos países a que os norte-americanos chamavam “repúblicas das bananas”, e que agora verificam, siderados, que se aplica ao seu próprio país.
A Tailândia é um país muito peculiar da Ásia, o único que não foi colonizado pelos europeus e conseguiu sempre mantê-los à distância. Talvez por isso, tem um sistema político e social único, em que o Rei é uma entidade divina, no interesse da clique militar no poder, adorado como um sol pelos súbdit
Num cenário de desastres naturais (incêndios brutais e pandemia), a polarização política, a eleição mais conturbada de sempre, a contínua violência policial, as manifestações Black Lives Matter e dos grupos da ultra-direita, armados até aos dentes, criam uma situação no país que alguns analistas con
A Google, o Facebook e a Amazon passaram do nada, há 20 anos, para negócios globais com milhares de milhões de utilizadoress. Um sucesso merecido pelas suas propostas inovadoras, mas que agora parece excessivo pelo poder que detêm. Soluções, não estão à vista.
Dos eternos conflitos locais, o desta região, entalada e disputada entre a Arménia e o Azerbaijão, é um barril de pólvora que explode esporadicamente, para desespero dos seus habitantes e incómodo dos vizinhos.
Desde que a feroz ditadura de Pinochet caiu, em 1989, o país parecia ter concontrado um caminho para o desenvolvimento social e a paz política, pelo que saiu do noticiário internacional. Mas no último ano a situação deteriorou-se seriamente.
O Presidente dos Estados Unidos pode ganhar ou perder as eleições de Novembro, mas se deixar uma maioria conservadora no Supremo Tribunal Federal, irá reverter legislação fundamental para os próximos vinte ou trinta anos.
Um conjunto de teorias descabeladas, de autor desconhecido, está a tornar-se uma força nos Estados Unidos. No meio da agitação nas ruas e da pandemia, era mesmo o que faltava.
Se considerarmos o Brexit como uma novela, ou uma série de televisão, a primeira temporada foi em 2016, o ano da campanha para o referendo, cuja votação decorreu a 23 de Junho. Agora, já vamos na quarta temporada, que será forçosamente a última, uma vez que a saída do Reino Unido da União Europeia e
Guerras é o que não falta, neste planeta habitado por uma espécie agressiva e predadora. Mas há algumas que se prolongam por tanto tempo, em regiões estrategicamente secundárias para os grandes poderes, que o mundo se esquece da sua existência.
É impossível compreender a aparente contradição do estabelecimento de relações diplomáticas e comerciais entre judeus e árabes sem percorrer a história convoluta da região.
Comer é, evidentemente, a mais básica das necessidades para viver. É também uma necessidade muito mal distribuída; enquanto milhões passam fome, milhões consomem maus alimentos e outros milhões esbanjam na abundância. Uma situação que, em vez de melhorar, está cada vez pior. E o futuro não promete n
No século XIX, José Nogueira, nascido pobre em Vila Nova de Gaia, foi parar à Patagónia e, sem saber ler nem escrever, amealhou uma fortuna considerável. A jornalista Mónica Bello fez uma minuciosa pesquisa sobre o aventureiro esquecido, agora publicada pela Temas & Debates sob o título “A vida extr
Gerações futuras, quando estudarem a exploração espacial desta época, terão dificuldade em compreender porque é que as viagens à Lua não se tornam regulares e levaram a uma colonização permanente.
Na queda do comunismo russo, seguiu-se o método de liberalizar a economia e democratizar a política. Os chineses optaram por abrir a economia ao capitalismo e fechar a política no comunismo. Na Bielorússia (que agora se chama Belarus) foi decidido não fazer nem uma coisa nem outra.
Nos últimos dias não se fala noutra coisa em Espanha (e também em Portugal). Juan Carlos, o “Rei Emérito”, decidiu abandonar o seu país, na sequência de uma série de escândalos que estão a abalar a Casa Real e até a monarquia espanhola.
Mesmo no mundo que viabilizou as grandes empresas, as grandes empresas assustam. O seu poder, sectorial ou universal, chega a ser mais pervasivo que o dos estados soberanos. A audição dos quatro gigantes da tecnologia nesta terça-feira, 28 de Julho, na subcomissão do congresso americano responsável
Esta fotografia é tão surreal que nas redes sociais muitos acharam que era montagem. Mas, nestes tempos simultaneamente trágicos e ridículos, o real e o surreal confundem-se num circo de fenómenos inconcebíveis.
Tem sido pública a discussão sobre a possível intromissão da China no novo padrão mundial de telecomunicações, o 5G, através da Huawei. A questão é mais complexa, mas não menos preocupante.
O mundo está a mudar, todos concordam. O que ninguém sabe é como será a paisagem quando assentar o pó. No entanto, já é possível arriscar algumas alterações altamente prováveis.
Não há dois imensos países mais diferentes, e com atritos tão insistentes. Num hipotético conflito, a mortandade seria imensa, mas isso parece não os incomodar.
Os adultos costumam dizer que as redes sociais dos miúdos são superficiais e mostram pouco interesse pelas realidades da vida. Mas esta semana passada essa percepção mudou.
“Graças ao demo” é, evidentemente, um trocadilho com “graças a Deus”. Não existe figura mais divisora do que Trump na cena internacional, um palco onde há de tudo, desde maus adorados a bons achincalhados. Só pode ser obra do demónio – ou de Deus, pois um não existe sem o outro.
O dilema não é novo e a solução não é fácil: uma técnica deve ser adoptada só porque se torna possível, ou há que considerar as suas implicações éticas?