José Couto Nogueira é jornalista desde os tempos do Antigo Regime e já trabalhou como repórter, colunista, editor, chefe de redacção e director em muitas publicações, entre elas o jornal digital "Alface Voadora", em 1997-2000. Viveu mais de 20 anos em Londres, São Paulo e Nova Iorque, e escreveu quatro livros de ficção e três de não ficção. Está no SAPO24 desde 2015.
Toda a gente tem consciência de que a vida íntima é pública. Telefones, redes sociais e todas as interacções pela Internet, mesmo emails pessoais e mensagens encriptadas, são registadas para os mais diversos fins, por variadas entidades. Mas agora descobriu-se um novo nível de intromissão, direciona
No ano passado, deviam ter sido comemorados a preceito os 200 anos da Revolução Liberal de 1820, um acontecimento que trouxe Portugal para a Idade Moderna e que viria a mudar o país até aos dias de hoje. Mas estava-se em plena pandemia e as cerimónias e conferências previstas acabaram por ser cance
Desde 1959 que Cuba era o sonho comunista e anti-imperialista tornado real. De colónia da máfia norte-americana, passou a ser um país independente, orgulhoso dos seus sucessos em várias áreas e até uma peça de peso no cenário internacional. Domingo, dia 11, esta imagem romântica foi confrontada com
Pouco se fala do país mais pobre do Hemisfério Ocidental; só quando acontece alguma desgraça maior, no meio da desolação permanente. Agora foi o assassinato do Presidente Jovenel Moïse, de 53 anos, por tantos motivos que ninguém sabe se teria sido apenas um ou vários. O mundo cresce e o Haiti esmore
Com grande fanfarra, o Partido Comunista da China comemorou esta semana 100 anos de existência, dos quais 72 no poder. Xi Jinping fez um belo discurso, falando dos sucessos passados e dos projectos para o futuro. Esquecidos ficaram os maus passos dum século em que, apesar de tudo, a China passou dum
Na sexta-feira, dia 18, as eleições no Irão marcaram o fim da presidência “moderada” de Hassan Rouhani e o começo de uma nova era sob a direcção de Ebrahim Raisi, o chefe da “Comissão da Morte” que em 1988 ficou famosa por milhares de execuções sumárias. Acossado pelos adversários, o país vai lutar
Tom Gallagher, professor emérito especializado em “Europa Moderna”, na Universidade de Bradford, já escreveu mais de vinte livros, sendo o primeiro “Portugal: A Twentieth-century Interpretation”, publicado em 1983. Visitante regular ao nosso país, onde tem muitos amigos e contactos, desta vez assina
A Dinamarca e a Suécia, conhecidas pela sua atitude amistosa para com os imigrantes, preparam agora leis draconianas. As boas intenções tradicionais foram descartadas perante a invasão de estranhos.
Na década de 1960, gostar ou não gostar de Dylan representava uma data de coisas – era quase como afirmar um estilo de vida com uma única referência. Mas os tempos mudaram e agora foi preciso ele fazer 80 anos para nos lembrarmos de que ainda está vivo.
O estilista norte-americano Halston, praticamente desconhecido em Portugal, foi um símbolo da moda, do luxo, do sucesso e da loucura da década de 1970. A série biográfica da Netflix, que o apresenta com o rosto de Ewan McGregor, pode ser vista como um aviso sobre os resultados irreconciliáveis do ex
Eleito em 2014 como um moderado, Narendra Modi deu uma guinada à direita e tem-se mostrado um autocrata disposto a usar a maioria parlamentar para fazer o que lhe apetece. O que não estava nos seus planos era a pandemia de Covid-19, contra a qual o poder discricionário não lhe serve de nada.
Nas eleições legislativas da Escócia, que aconteceram quarta-feira passada, o resultado já era sabido, mas o futuro da nação continua tão insondável como dantes.
Sexta-feira fez 100 dias que Joe Biden entrou na Casa Branca. Na quinta, apresentou-se pela primeira vez numa sessão solene do Congresso – Câmara dos Representantes e Senado juntos – onde fez um balanço destes três meses e insistiu no seu plano “A América voltou”. É uma boa altura para saber qual é
Entre outubro de 2018 e o seu falecimento, em fevereiro de 2020, o colunista, historiador, político e provocador-mor da República teve 42 conversas com o jornalista João Céu e Silva. Dessas gravações saiu agora o livro “Uma longa viagem com Vasco Pulido Valente”. Mais do que uma biografia, é a súmul
Isabel II, rainha do Reino Unido, da Austrália, do Canadá, e de mais treze países, completou 95 anos de vida no passado dia 21 de Abril, tendo assim o mais longo reinado da História do Império — que já não o é, mas que só o irá saber, com o seu falecimento.
Ao pé dele, Charles Ponzi e Dona Branca eram operacionais de baixo nível. Como é que conseguiu enganar tanta gente durante mais de quarenta anos usando um esquema conhecido há séculos ainda parece surpreendente.
Para muitos negócios, a pandemia é uma aflição. Para um número incontável de trabalhadores, significa redução de salário e incerteza quanto ao futuro. Mas, para a minoria que detém a maioria do dinheiro, os chamados bilionários, está tudo a correr lindamente.
Com Xi Jinping, a China entrou mais abertamente na fase expansionista da sua História. Não só economica e política, mas também territorial. E o próximo objectivo “natural” é a pequena ilha que já fez parte do Império do Meio e tornou-se independente em 1945.
As economias em geral têm uma curva que parece um iô-iô, que desce até ao limite da guita, mantêm-se em suspenso por um instante, e depois sobe por ali acima até à mão do dono. Mas não é assim com a economia argentina.
Desde que as pessoas se aperceberam que uma epidemia mortal andava à solta pelo mundo, que se procura uma solução, indo as opiniões sobre esta peste da bruxaria ao desespero.