José Couto Nogueira é jornalista desde os tempos do Antigo Regime e já trabalhou como repórter, colunista, editor, chefe de redacção e director em muitas publicações, entre elas o jornal digital "Alface Voadora", em 1997-2000. Viveu mais de 20 anos em Londres, São Paulo e Nova Iorque, e escreveu quatro livros de ficção e três de não ficção. Está no SAPO24 desde 2015.
Guerras é o que não falta, neste planeta habitado por uma espécie agressiva e predadora. Mas há algumas que se prolongam por tanto tempo, em regiões estrategicamente secundárias para os grandes poderes, que o mundo se esquece da sua existência.
É impossível compreender a aparente contradição do estabelecimento de relações diplomáticas e comerciais entre judeus e árabes sem percorrer a história convoluta da região.
Comer é, evidentemente, a mais básica das necessidades para viver. É também uma necessidade muito mal distribuída; enquanto milhões passam fome, milhões consomem maus alimentos e outros milhões esbanjam na abundância. Uma situação que, em vez de melhorar, está cada vez pior. E o futuro não promete n
No século XIX, José Nogueira, nascido pobre em Vila Nova de Gaia, foi parar à Patagónia e, sem saber ler nem escrever, amealhou uma fortuna considerável. A jornalista Mónica Bello fez uma minuciosa pesquisa sobre o aventureiro esquecido, agora publicada pela Temas & Debates sob o título “A vida extr
Gerações futuras, quando estudarem a exploração espacial desta época, terão dificuldade em compreender porque é que as viagens à Lua não se tornam regulares e levaram a uma colonização permanente.
Na queda do comunismo russo, seguiu-se o método de liberalizar a economia e democratizar a política. Os chineses optaram por abrir a economia ao capitalismo e fechar a política no comunismo. Na Bielorússia (que agora se chama Belarus) foi decidido não fazer nem uma coisa nem outra.
Nos últimos dias não se fala noutra coisa em Espanha (e também em Portugal). Juan Carlos, o “Rei Emérito”, decidiu abandonar o seu país, na sequência de uma série de escândalos que estão a abalar a Casa Real e até a monarquia espanhola.
Mesmo no mundo que viabilizou as grandes empresas, as grandes empresas assustam. O seu poder, sectorial ou universal, chega a ser mais pervasivo que o dos estados soberanos. A audição dos quatro gigantes da tecnologia nesta terça-feira, 28 de Julho, na subcomissão do congresso americano responsável
Esta fotografia é tão surreal que nas redes sociais muitos acharam que era montagem. Mas, nestes tempos simultaneamente trágicos e ridículos, o real e o surreal confundem-se num circo de fenómenos inconcebíveis.
Tem sido pública a discussão sobre a possível intromissão da China no novo padrão mundial de telecomunicações, o 5G, através da Huawei. A questão é mais complexa, mas não menos preocupante.
O mundo está a mudar, todos concordam. O que ninguém sabe é como será a paisagem quando assentar o pó. No entanto, já é possível arriscar algumas alterações altamente prováveis.
Não há dois imensos países mais diferentes, e com atritos tão insistentes. Num hipotético conflito, a mortandade seria imensa, mas isso parece não os incomodar.
Os adultos costumam dizer que as redes sociais dos miúdos são superficiais e mostram pouco interesse pelas realidades da vida. Mas esta semana passada essa percepção mudou.
“Graças ao demo” é, evidentemente, um trocadilho com “graças a Deus”. Não existe figura mais divisora do que Trump na cena internacional, um palco onde há de tudo, desde maus adorados a bons achincalhados. Só pode ser obra do demónio – ou de Deus, pois um não existe sem o outro.
O dilema não é novo e a solução não é fácil: uma técnica deve ser adoptada só porque se torna possível, ou há que considerar as suas implicações éticas?
Desde a internacionalização do Facebook, em 2006, que a questão do que é uma “plataforma social” se coloca, em termos da autoria do conteúdo: deve ser considerada como um órgão de comunicação social, responsável pelo que publica, ou é apenas um veículo para as opiniões dos autores, sem responsabilid
A resposta é: não. Nos Estados Unidos, o racismo da polícia é notório e amiúde fatal. Cada caso suscita uma onda de protestos, mas nada muda. Uma questão que levanta outras, todas elas sem fim à vista.
O Apocalipse brasileiro, que não é um evento único, mas sim uma sucessão de situações que dura há décadas, não se sabe quando acabará, e deveria ter mais um cavaleiro, a Corrupção.
Em 1989, com a queda do regime comunista, a Polónia iniciou um processo democrático que lhe permitiu entrar para a NATO em 1991 e para a União Europeia em 2004. Mas a partir de 2015, com a vitória eleitoral do partido Lei e Justiça (PIS), a situação complicou-se. As eleições presidenciais marcadas p
Com a sua tendência compulsiva para o fait divers, as redes sociais portuguesas discutem incansavelmente se “emergência” não será menos assustadora do que “calamidade”. Também se debate se somos o país melhor ou pior do mundo. Mas um país é a soma inexorável dos seus cidadãos.
A pandemia do coronavírus trouxe para a ribalta internacional uma figura de que até agora poucos ouviram falar: Tedros Adhanom Ghebreyesus, um microbiologista que aparece em todos os noticiários de televisão com a expressão contrita de quem preferia não aparecer. Mas quem é, afinal, este homem que c
Sem dúvida. Para os autocratas pré-pandémicos, que já tinham poderes excessivos antes de Janeiro deste ano, é uma oportunidade de aumentar a tutela das decisões; para os aspirantes a ditadores, a justificação de que precisavam para realizar as suas aspirações.
O que não falta são teorias da conspiração sobre o mal que assola mais de 180 países e 200 territórios deste mundo, e que provavelmente irá mudá-lo... ou talvez não. Serão verdadeiras?