José Couto Nogueira é jornalista desde os tempos do Antigo Regime e já trabalhou como repórter, colunista, editor, chefe de redacção e director em muitas publicações, entre elas o jornal digital "Alface Voadora", em 1997-2000. Viveu mais de 20 anos em Londres, São Paulo e Nova Iorque, e escreveu quatro livros de ficção e três de não ficção. Está no SAPO24 desde 2015.
A resposta é: não. Nos Estados Unidos, o racismo da polícia é notório e amiúde fatal. Cada caso suscita uma onda de protestos, mas nada muda. Uma questão que levanta outras, todas elas sem fim à vista.
O Apocalipse brasileiro, que não é um evento único, mas sim uma sucessão de situações que dura há décadas, não se sabe quando acabará, e deveria ter mais um cavaleiro, a Corrupção.
Em 1989, com a queda do regime comunista, a Polónia iniciou um processo democrático que lhe permitiu entrar para a NATO em 1991 e para a União Europeia em 2004. Mas a partir de 2015, com a vitória eleitoral do partido Lei e Justiça (PIS), a situação complicou-se. As eleições presidenciais marcadas p
Com a sua tendência compulsiva para o fait divers, as redes sociais portuguesas discutem incansavelmente se “emergência” não será menos assustadora do que “calamidade”. Também se debate se somos o país melhor ou pior do mundo. Mas um país é a soma inexorável dos seus cidadãos.
A pandemia do coronavírus trouxe para a ribalta internacional uma figura de que até agora poucos ouviram falar: Tedros Adhanom Ghebreyesus, um microbiologista que aparece em todos os noticiários de televisão com a expressão contrita de quem preferia não aparecer. Mas quem é, afinal, este homem que c
Sem dúvida. Para os autocratas pré-pandémicos, que já tinham poderes excessivos antes de Janeiro deste ano, é uma oportunidade de aumentar a tutela das decisões; para os aspirantes a ditadores, a justificação de que precisavam para realizar as suas aspirações.
O que não falta são teorias da conspiração sobre o mal que assola mais de 180 países e 200 territórios deste mundo, e que provavelmente irá mudá-lo... ou talvez não. Serão verdadeiras?
Dantes, na Idade das Trevas, as epidemias eram chamadas genericamente de “peste” porque eles não sabiam qual era a maleita. Hoje, na Idade da Tecnologia Global, sabe-se tudo sobre a ameaça invisível. Mas o comportamento das pessoas não mudou.
Estamos no olho do furacão, mas certamente que a tempestade vai passar. Daqui a três meses, um ano, dois anos, ninguém sabe. Mas já se fazem elucubrações sobre o que mudará no mundo.
Enquanto Macron diz que “estamos numa guerra”, Boris Jonhson mudou de estratégia em uma semana e Trump, depois de desvalorizar, afirma agora que viu antes de toda a gente que vinha aí uma pandemia. O vírus, sendo como uma invasão alienígena vinda não se sabe de que planeta, está a mostrar como os hu
Não há como ocultar o evidente: as pessoas estão assustadas com a epidemia, ou pandemia, ou peste, ou lá o que possa ser, que vem por aí. De repente, a sempre subentendida superioridade ocidental está a sentir-se numa situação que parecia impensável.
A 25 de janeiro, o júri de um tribunal de Nova Iorque considerou o ex-produtor cinematográfico de Hollywood culpado de dois casos de “assalto sexual” em primeiro e terceiro graus, o que pode levar a que o juiz lhe dê uma pena de prisão entre cinco e 29 anos. Se bem que ninguém duvide da culpa de Wei
Desde 1945 que o Presidente da República dos Estados Unidos era “o homem mais poderoso do mundo”. Em 2019 tornou-se cada vez mais evidente que o título está prestes a pertencer ao Presidente da República Popular da China. Até que, a 25 de Janeiro de 2020, começou o Ano do Rato.
O Serviço Nacional de Saúde é assunto constante no noticiário. Por um lado, os governantes afirmam-se sempre preocupados em melhorá-lo e as redes sociais não param de criticá-lo; por outro, a discussão se deve ser mais ou menos (ou exclusivamente) público tem os seus detractores e defensores indefec
A Índia é um cocktail de superlativos: a maior democracia da Terra, o sétimo maior país (3.287.263 km2) e segundo mais populoso do planeta (1.358.865.300 habitantes), uma das oito potências nucleares, um dos mais pobres per capita (125.º em 190), com 50% da população abaixo dos 25 anos, e o maior pr
Desde que Donald Trump foi eleito, em 2016, o objectivo do Partido Democrata é só um: impedir que seja reeleito em 2020. Para garantir essa vitória precisa dum candidato credível, que reúna todas as sensibilidades anti-trumpistas. Parece fácil, uma vez que o 45º Presidente é uma personalidade bastan
Este título pode ter dois sentidos: a despedida do Reino Unido da União Europeia, ou o seu desaparecimento, tal como o conhecemos. O primeiro, acontece numa data precisa: 31 de janeiro de 2020, 24 horas locais em Bruxelas. O segundo, é um processo lento, que realmente não sabe quando tempo dura e qu
Para que serve uma instituição que sucessivamente, repetidamente, não sabe e não viu, ou então sabia e estava a ver, mas nada fez para punir os “desvios” e “imparidades” (ah! esta linguagem sanitizadora!) e proteger o contribuinte?
Ninguém estava à espera, mas não se pode dizer que seja inesperado: Vladimir Vladimirovich Putin, o homem que manda na Rússia há 20 anos, quer continuar a mandar. E, mais uma vez, tratou de resolver os problemas que o podiam impedir.
No dia 3 de Janeiro, um drone norte-americano abateu Qasem Soleimani, comandante das tropas de elite do Irão, al-Quds, no aeroporto de Bagdade. Avaliadas as repercussões à velocidade da Internet, no dia 4 de Janeiro já se falava na III Guerra Mundial. Premonição ou paranóia?
No final do ano fazem-se listas de tudo: os melhores, discos, filmes e livros, os acontecimentos importantes e os mortos ilustres. Contudo, se os bons são significativos para definir as qualidades do Homem, os maus são muito mais importantes para marcar o seu destino.
A Argélia, um vizinho mais próximo do que tendemos a pensar, encontra-se num ponto de viragem. De possível viragem pelo menos, depois de décadas de independência face ao exterior mas dependência de um mesmo partido, de um mesmo modelo de governação.
José Leitão de Barros era um criador. Não merece o esquecimento a que foi votado, pelo que a sua biografia, finalmente escrita por Joana Leitão de Barros e Ana Mantero, vem iluminar um buraco escuro da nossa História. A propósito da publicação pela Editorial Bizâncio, trocamos impressões com Joana s