O jornalista Michael Wolff ganhou a sorte grande. O seu livro, saído a cinco de Janeiro nos Estados Unidos e em processo de publicação em todo o mundo, está a ser um sucesso extraordinário de vendas. No dia do lançamento, as pessoas faziam filas que davam a volta ao quarteirão como se estivessem à e
Todos os anos, temos a saga do Nobel e, como um bom relógio suíço, há quem torça por António Lobo Antunes e quem recorde José Saramago. O Nobel da Literatura é porventura um dos poucos prémios Nobel sobre o qual as pessoas discutem com à-vontade, discutem e criticam.
Foi por volta das 18h (horário de Brasília) de terça-feira, 23 de janeiro, que Lula chegou para uma manifestação política num dos tradicionais pontos da cidade de Porto Alegre, no sul do Brasil. A cidade foi palco hoje, 24 de janeiro, do julgamento mais esperado da atualidade no país quando três des
O ano começa com um "big no" em relação ao sexismo, um discurso de Oprah Winfrey nos Globos de Ouro, a par com denúncias várias sobre assédio e desrespeito, e a esperança, sempre, num mundo melhor. Um pouco por todo o mundo, as mulheres resistem, reclamam e unem-se em torno de uma causa comum, que s
“Adoro o cheiro a napalm pela manhã” – dizia o sádico coronel interpretado por Robert Duvall no filme Apocalypse Now. Se recordarmos que napalm é uma substância pegajosa e inflamável, não vai ser difícil encontrar analogias que nos enfiem a carapuça do Duvall. Pegajosas e inflamáveis – quem é que nã
E aquele programa extremamente polémico com crianças que não se portam lá muito bem que é emitido no canal que se encontra na posição raiz quadrada de nove da grelha? Não vi. Podemos manter isto assim? Ou vão continuar a oferecer ao formato tanta publicidade gratuita que vou ser obrigado a ceder?
Obama, como presidente, falava da visão que tinha para os Estados Unidos. Trump ignora a expressão Estados Unidos, fala na América, “America first”, o slogan de campanha que perdura.
Confesso: ia-me esquecendo da crónica. Porquê? Quem leu o que escrevi a semana passada é bem capaz de adivinhar: o miúdo acertou na data e nasceu mesmo no dia 14, há precisamente uma semana.
Já há algum tempo que desconfiava que o meu verdadeiro pai era outro. Agora, começo a ter a certeza que o Estado é o meu pai biológico ou, talvez seja a minha Super Nanny.
Estive a ler a crónica do Rafael Barbosa, editor executivo do Jornal de Notícias. Foi alvo de algumas críticas a relação que fez entre a cada vez maior pobreza do povo português (Portugal nunca esteve tão no fundo como agora em 2018, como bem vemos) com o facto de cada vez mais pessoas andarem de bi
Imaginem quem começa agora a ver cinema e é apresentado a Woody Allen como molestador: nunca será apresentado a Woody Allen. Boa altura para lhe mostrar os filmes, e explicar duas ou três coisas sobre Hollywood. Sobre as pessoas, em geral.
Estou embalado por recordações. “Embalado por recordações” bem poderá vir a ser o epitáfio gravado na minha campa. Agora que me preparo para verter memórias, perdoem o despropósito egoísta – não é vaidade, é embalo.
No início de cada novo texto há (quase) sempre dois sentimentos que se misturam: a alegria na partilha de novas ideias e a auto-censura que nos inflige cada vez mais, fruto de um intenso (e por vezes despropositado) escrutínio, associado a uma vigilância ao estilo vigilant, aquela palavra em inglês
Desde as eleições de 21 de dezembro que a política catalã se encontra mergulhada numa trama política digna de um episódio da série de televisão "Borgen", marcada pelo confronto entre duas grandes estratégias, um jogo de luz e de sombra que se desenrola num clima de tensão máxima, palavras bem medida
A maioria dos jornalistas do país está nos centros urbanos e, a maior percentagem, em Lisboa. Não há nenhum problema com esta realidade, é assim há muito tempo e talvez seja o mais natural. Dito isto, os jornalistas a trabalhar em Lisboa estavam convictos de que Pedro Santana Lopes ganharia as eleiç
A instalação, nesta quarta-feira, do novo parlamento catalão, outra vez com maioria independentista (70 dos 135 lugares), vai reacender, provavelmente com muito ardor, a questão da Catalunha e relançar a questão do Estado em Espanha, numa ocasião em que a cidadania, mesmo a imensa mais obstinadament
Eram 4 da manhã e tinha ido parar à discoteca. Aproximei-me dele porque estava encostado ao balcão, como eu, recusando-se a dançar ao som de uma playlist pejada de hits que objetificam o corpo feminino. Olhei para ele, tinha aquele ar de quem surpreenderia muita gente caso fosse acusado de assédio.
Ainda 2018 vai no início e já contamos com um bonito leque de indignações e polémicas nas redes sociais. Vamos fazer um balanço das primeiras duas semanas do ano.
Não sei donde caem estas conversas, que não são como as cerejas, mas antes como as bolas nas roletas dos casinos, que dão voltas e voltas e acabam sempre onde menos esperamos.
Como é que viajas tanto? É a pergunta que mais me fazem, logo a seguir a “Como é que és tão lindo e engraçado?” e a “Quando é que te matas?”, porque o tipo de pessoas que segue o meu trabalho é um bocado discrepante.
Queridos homens, nós, feministas, que não vos odiamos, que gostamos de sexo, estamos com a liberdade e queremos estar convosco. Resta saber onde vocês estão.
Ontem à noite na RTP, José Rodrigues dos Santos anunciava que após o intervalo do Telejornal se iria falar do “filme do momento”. Dos Santos estava redondamente enganado. Ele referia-se ao “A Hora Mais Negra”, fita que retrata um período particular da vida de Winston Churchill. Este não é, de todo,
A cerimónia dos Globos de Ouro deu vários frutos, além de uma parada impressionante de vestidos pretos que reflectiram o apoio das actrizes ao movimento #metoo contra o assédio sexual, abuso e discriminação. Horas depois da cerimónia, duas actrizes escreveram no Twitter contra o actor James Franco
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Dizia Noelle Neuman que os indivíduos tendem a calar-se quando a sua opinião é diferente da dos outros, num processo que os leva a seguir a opinião maioritária até que esta se torne prevalecente, ignorando as restantes opiniões. Ou seja, há, muitas vezes, um elefante na sala que ignoramos deliberada