Ontem foi o dia das mentiras. Logo, hoje será um dia em que só dizemos a verdade, não é? Aqui ficam umas verdades sobre javalis que se enfiam no meu carro, Donald Trump a falar de portugueses e a ironia, coitadinha, que anda um pouco deprimida.
O Dia das Mentiras tem a mesma graça que ver um episódio de Batanetes ou levar um pontapé nas costas. Vou ser pai, vou emigrar para a Zâmbia, o Mickael Carreira é bom cantor. Ai que giro, que original escrever isto no Facebook todos os anos a 1 de Abril. Vê-se que se esforçaram para brincar às menti
Levantaram-se vozes sobre o nome do aeroporto do Funchal, a legitimidade, a pertinência, etc, etc, etc. Depois, na cerimónia transmitida pelos diferentes media, o assunto mudou: tem mais graça maldizer o busto onde o desgraçado do Cristiano Ronaldo parece tudo menos ele.
A semana começou com o regresso ao pedaço de Paulo Portas, directamente da Mota-Engil e da petrolífera mexicana PEMEX (serão assim tão diferentes da Goldman Sachs de Durão Barroso, que aliás o convidou?), para nos iluminar sobre globalização, Trump, referendos, eleições e os caminhos ínvios da Europ
Havia tanto para não se dizer sobre o Brexit. É um assunto que tenho evitado, nem sei se pelo desalento se pelos contornos xaroposos do fim duma relação. Mas acho que é isto que me irrita e mantém calado sobre o assunto: a demasiada facilidade com se tecem metáforas de divórcio. Gosto de praticar pa
Um documentário recente da BBC mostra admiravelmente como em menos de dois séculos Londres deixou de ser uma capital exclusivamente branca para se tornar uma metrópole global, multicolor, multirracial, onde convivem umas 50 culturas e mais de 100 línguas. É uma Babilónia moderna, numa cidade toleran
Há tempos, numa frase de um texto já publicado, falei dos pais que até gostariam de usufruir desse direito a partilhar a licença parental mas que, porque não são uns meninos e porque dependem de chefias machistas, optam por fazer tudo à moda antiga e ser o pai de família, o homem da casa, mesmo quan
Pão é discurso. Pão é uma categoria argumentativa, que representa o mínimo dos mínimos, o básico, o requisito primário. Há os que dizem coisas com interesse, e há quem “não diga pão”.
Quando ouvimos falar de ataques terroristas como os de Londres, muitos dizem: “O mundo está louco.” E continuam a repetir essa ideia quando ouvem notícias de homicídios como o de Barcelos e outras loucuras que nos aparecem em todos os telejornais a todas as horas.
P*tas e vinho verde, como tanta gente resumiu a frase desse infame holandês, um tal de Jeroen Dijsselbloem (claro que fui ao Google copiar o nome como toda a gente fez para o insultar no Facebook), que se dirigia ao Sul da Europa, incluindo o melhor, o mais bonito, o mais justo, o mais perfeito país
A editora Babel retirou os livros de Agustina Bessa-Luís do mercado. A editora, cujo rosto é Paulo Teixeira Pinto, diz que a autora não vende o suficiente para continuar a ter um contrato com um fee fixo. Diz que está em negociações com a família. A filha da escritora nega que tais negociações exist
Quando Pedro Passos Coelho confirmou o nome de Teresa Leal Coelho para a candidatura do PSD à Presidência da Câmara Municipal de Lisboa, garantiu uma série de premissas que podiam estar a escapar aos analistas: que Fernando Medina ganhou a “passadeira vermelha” para mais um mandato; que Assunção Cri
“Roll over Beethoven and tell Tchaikovsky the news” é um refrão, é a frase mais rock ‘n’ roll de sempre e é, talvez, a maior profecia que alguma vez se acompanhou à guitarra eléctrica. “Roll over” – uma ordem que simultaneamente significa “afasta-te para dar lugar” e “dá voltas na campa”. “Vai-te em
Qualquer de nós pode ter um mau dia. Este Jeroen Dijsselbloem tem um problema, acumula dias maus. Já todos sabemos o que comentou em entrevista ao Frankfurter Allgemeine: Vê os países da Europa do Sul como esbanjadores em copos e mulheres. Jeroen Dijsselbloem é ainda ministro da Economia da Holanda
A Europa aparece-nos hoje como uma entidade confusa, vaga, com a alma sequestrada. Vale lembrar relatos mais antigos. Na mitologia grega, Europa era filha de Agenor, rei da Fenícia, e foi raptada por Zeus que a levou para Creta, para que Hera, a muito ciumenta mulher, não ficasse a saber. Ovídio, no
Este artigo não é sobre política ou moda. É sobre as ideias preconcebidas, estereótipos e percepções que a roupa que vestimos produz. Também não é sobre partidos políticos, mulheres na política ou candidatos a posições políticas. É sobre mulheres e homens, o que vestem e o que pensamos sobre as suas
Vocês não levem a mal mas eu tenho dificuldade em perceber a juventude. Confesso que nunca tive jeito para lidar com adolescentes, principalmente quando era adolescente. Uma das piores características de ser jovem é a moda. Acreditem. Eu também já fui jovem e julgava que estava com pinta quando saía
Esta semana veio lembrar-nos que não estamos livres de entrar em guerra com a Letónia — nem de encontrar um bom livro ao ler um texto qualquer na Internet.
O poder feminino (não confundir com supremacia) e a igualdade de género não são só importantes, são urgentes. É urgente que entre género as oportunidades de carreira sejam iguais, os salários sejam iguais, o trato seja igual.
Não temos de amar todas as pessoas, temos de fazer escolhas e mesmo que alguns puristas possam dizer que, pelo amor à Literatura, temos de separar as obras das vivências dos autores, para mim é muito simples: já não tenho idade para isso.
A entrevista que o Dr. Pedro Santana Lopes deu à "TSF" e ao “Diário de Notícias”, no fim de semana passado, tem momentos hilariantes – ou de chorar, conforme queiramos olhar a política “à portuguesa” -, mas é tudo menos insignificante (junta com a de Assunção Cristas ao “Público”), para perceber o q
A Holanda premiou a direita conservadora, tirou ambições à extrema direita de Wilders, mas também tirou o tapete aos trabalhistas. Na Esquerda, apenas os Verdes tiveram um resultado assinalável. O que é que isto diz sobre as eleições em França é a grande pergunta.