Antes do Twitter e mesmo no princípio do Facebook, o programa de jornalismo com mais pergaminhos na América levou para o ar uma reportagem sobre o passado militar de George W. Bush. O programa chamava-se 60 Minutes, era então conduzido por Dan Rather e a reportagem foi emitida nas vésperas das eleiç
Pedia ao Sapo24 que fizesse o obséquio de enviar esta crónica, sob a forma de carta, ao Bloco de Esquerda, esse baluarte da liberdade, que incendiou Portugal com a ideia de mudar a designação do Cartão do Cidadão, por entender que o nome discrimina as Cidadãs. Ontem soube-se que o Governo de António
O Bloco de Esquerda é o partido mais surpreendente da Assembleia da República (e, quiçá, mesmo fora da AR, incluindo os agrupamentos dos Srs. Marinho Pinto e Manuel Coelho, se ainda os têm). Para começar, não se chama Partido, mas sim Bloco, como aqueles grupos mais pequenos do Carnaval carioca, que
Não há solução para os "off-shores" que não seja global. Enquanto existir um, o dinheiro sujo irá lá parar. Pior do que não cobrar ou cobrar poucos impostos é garantir o sigilo absoluto dos seus beneficários e recusar colaborar com as autoridades de outros países em investigações fiscais ou criminai
Era uma vez um banco muito, muito mau, um banco tão mau, tão mau, que, na realidade, era um banco péssimo. Depois veio um Estado, tão comprometido, tão comprometido, que, na realidade, era um Estado incapaz. E depois chegaram os cavaleiros da resolução que em três tempos decidiram que o Estado incap
Havia alguém - julgo que a Catarina Portas, agora na lista das presidenciáveis para a Câmara de Lisboa, e muito justamente… - que escrevia, há pouco tempo, que o futuro mais provável do turismo em Lisboa seria o triste cenário dos turistas virem à capital de Portugal verem… outros turistas. Era o fe
Com o garrote da austeridade mais aliviado, era bom que evitássemos o regresso a essa forma enviezada de olhar para as intervenções do Estado: a virtuosidade das políticas públicas está nos resultados que podem produzir e não na dimensão de despesa que fazem.
Vivemos um tempo em que as tragédias nos chegam transformadas pelos media em espetáculo. Tivemos na última semana exemplos de sobra dessa exploração mediática da dor e da morte. Tanto com um desastre rodoviário numa estrada de França como com os atentados em Bruxelas.
A campanha presidencial em curso nos Estados Unidos da América sugere uma questão: como é que em Portugal estamos a lidar com os nossos mais velhos? Seria possível, numa sociedade como a nossa, tão deslumbrada com o culto de quem é jovem e telegénico, como fica evidenciado no sistema mediático, term
António Costa entrou em São Bento a promover uma viragem na página da austeridade, uma coisa que, como sabemos, nem chegou a ser, a página foi, no limite, virada do avesso com este orçamento e a respetiva errata. Ficou um governo à medida, à medida dos funcionários públicos, dos pensionistas e dos e
O vocabulário, ampliado com novas palavras que refletem as novas realidades, dá-nos uma medida da imensa aceleração que está a caracterizar esta primeira década e meia do século XXI. As redes sociais, nascidas com o novo milénio, tal como todo o sistema de comunicação, a economia, a alimentação ou a
A sorte de Santiago Nasar estava traçada e muitos sabiam disso. Mas do padre ao comissário de polícia, da cozinheira da família à acusadora, ninguém fez o que devia e podia para impedir o assassinato cometido pelos irmãos Vicario. Uns por interesse, outros por desinteresse, deixaram correr os aconte
A vontade que os cidadãos têm de mudança impôs, no espaço de 75 dias, a reviravolta no mapa político ibérico. Portugal, em 4 de outubro, e Espanha, em 20 de dezembro, colocam a península como um laboratório de experiências políticas inovadoras para a esquerda europeia. Os espanhóis, que se mobilizar
A vontade que os cidadãos têm de mudança impôs, no espaço de 75 dias, a reviravolta no mapa político ibérico. Portugal, em 4 de outubro, e Espanha, em 20 de dezembro, colocam a península como um laboratório de experiências políticas inovadoras para a esquerda europeia. Os espanhóis, que se mobilizar
Tenho ouvido algumas vozes mais precipitadas - não lhes quero chamar tontas… - dizerem que os 120 despedimentos no processo que envolve os jornais Sol e i só têm grande destaque por se tratar de jornalistas a escrever sobre colegas jornalistas. Como quem diz: há centenas de despedimentos, todos os d
A Turquia afasta-se do horizonte europeu e resvala cada vez mais para o Médio Oriente dilacerado pela intolerância, pelo autoritarismo e pelo sectarismo. No começo deste século XXI, o movimento era o oposto: a Turquia, com reformas democráticas e fulgurante crescimento da economia, aproximava-se da
O Nobel da Paz para o Quarteto para o Diálogo na Tunísia, país pioneiro onde saltou a chispa que deu energia à primavera árabe, é um devido reconhecimento à generosidade, dedicação e abnegação da sociedade civil tunisina, tão sacrificada mas tão rica em fôlego democrático.
Os russos bombardeiam a Síria, os americanos dizem que, por engano, os mísseis de Putin atingiram o Irão, a ONU quer um governo de união na Líbia e eu já tenho coisas combinadas.
Agora que já passaram 48 horas sobre o acto criador da nova realidade política em Portugal e umas horas depois de Cavaco ter apelado ao "tempo do compromisso", há duas ou três coisas que podíamos falar entre nós, eleitores e cidadãos portugueses.
É taxista há quase 40 anos, e viveu a democracia quase toda agarrado ao volante de uma vida que não escolheu. É boa pessoa, acho. Não sabe onde vota. Perdeu o cartão, mesmo que já não haja, e ele não saiba que já não é preciso. Se não votar, não saberá nunca o que perdeu por isso. Se é que perdeu. N
Todos os anos por esta altura é isto. As famílias com crianças em idade escolar são obrigadas a gastar uma renda em manuais escolares. Ainda que tenham filhos em anos consecutivos, a reutilização dos livros do que vai mais à frente para o que se lhe segue é impossível. Pior: um aluno que repita um a
Alguém dá conta por aí de algum dirigente que seja capaz de nos mobilizar para sonharmos, com bases consistentes, com um futuro comum exaltante? Alguém capaz de conduzir, com convicção, um pacto de confiança entre a liderança política e a cidadania?
Teme-se o pior nesta campanha eleitoral até ao próximo dia 4 de Outubro, e à medida que os dias correm, surgem ideias estapafúrdias e dos partidos que, necessariamente, farão parte do próximo Governo, qualquer que venha a ser o figurino. Querem um exemplo? Se os lesados do BES já faziam parte dos es