Se não fosse triste e lamentável, podia ser de rir, ou uma notícia do "Inimigo Público": uma instituição do Estado, o Tribunal de Contas, num relatório sobre a execução orçamental da Administração Central, crítica o Estado a que pertence por exigir aos contribuintes o que o próprio Estado não cumpre
A dúvida que chegou a pairar parece hoje resolvida: Donald Trump, "The Donald", vai perder as eleições. Os eleitores dos EUA vão, em 8 de novembro, fazer de Hillary Madam President.
Esta semana começa o campeonato de futebol. Mas, mesmo que o que se segue lhe pareça vagamente familiar com o pior do futebol, não tem nada a ver. Até porque para os verdadeiros fãs, o futebol é o melhor pretexto para se ser um selvagem, mas sempre com princípios. Que é exactamente o que não se pass
Quando era adolescente, havia nos jornais (e nos pacotes de açúcar?) uns casais de bonecos com um ar vagamente pateta que acompanhavam frases - igualmente tolas, na maioria dos casos - sob o genérico "Amor é…".
A prevenção e combate aos fogos florestais é um assunto que precisa de todos os ingredientes em que, por regra, somos medíocres: estudo e planeamento, acção coordenada e colaboração entre várias "capelinhas", estabilidade de políticas, avaliação e eventuais correcções.
Esta é uma história de encantamentos e magia contagiante. Irromperam nas colunas de som as primeiras notas de "Aquele abraço", o hino à liberdade composto por Gilberto Gil, em 1969, em plena ditadura, o relvado do Maracanã foi transformado num imenso ecrã por onde desfilou a vida do Brasil, as emoçõ
Amanhã é mais um dia decisivo na longa caminhada de António Guterres para o lugar de Secretário-geral das Nações Unidas: o Conselho de Segurança manifesta-se, pela segunda vez, sobre os 12 candidatos para o cargo. Guterres leva vantagem porque venceu a primeira avaliação, num processo que decorre at
As limitações externas ao direito de informar podem ser um caminho sem fim. Hoje é o nome dos terroristas, para tentar evitar mais atentados. Amanhã pode ser o próprio acto terrorista, cuja omissão informativa, se fosse possível, seria ainda mais eficaz nesse propósito de travar a repetição.
E se, nos próximos três anos, a União Europeia entrar em recessão profunda, os juros subirem de forma significativa e as matérias-primas caírem para níveis historicamente baixos, o que sucede ao balanço do Millennium bcp? Segundo os resultados dos testes de stress, não acontece nada de especial. O b
O que fica a saber do mundo, sobretudo em momentos de grande tensão, um leitor que lê informação nos sites e nas redes sociais? No conforto preguiçoso do seu sofá, ou no espaço higienizado do seu escritório, que informação é dada naquele fuso que se tornou obrigatório nas notícias – o "agora"? O que
Subitamente, num Verão manchado pelo sangue e pelo terror, um jogo veio abanar as vidas de milhões de pessoas e, ainda que por minutos, deixá-las fora da loucura que nos rodeia e entrar numa bastante mais pacata aventura: apanhar, com um telemóvel, bicharocos que julgávamos desaparecidos.
Nenhum país sobrevive se apenas puder optar entre velhas ilusões e novas privações. Mas é com isso que governo e oposição de direita estão a confrontar o país.
Daqui até novembro vai ocorrer-nos muitas vezes que deveríamos poder participar e votar nas eleições principais nos Estados Unidos da América. Faria sentido não ficarmos à margem na escolha daqueles cujas decisões afetam o nosso modo de vida, por exemplo ao avançarem para guerras e invasões que dese
O relatório da comissão de inquérito ao Banif, leia-se o projeto assinado pelo deputado socialista Eurico Brilhante Dias, faz um esforço de cronologia de uma falência anunciada e que deveria ter sido definida logo em 2012, de forma organizada, pelo anterior governo e pelo Banco de Portugal. Mas não
Há semanas em que todos aqueles que escrevem sobre o que se passa no mundo não evitam o que, em regra, tentam evitar. Ou seja, escrever sobre as mesmas coisas que outros já escreveram. Quem publica à sexta-feira, depois de uma semana intensa de acontecimentos (Nice, Turquia, Convenção Republicana, p
Às vezes pergunto-me: que mais pode a candidatura de Donald Trump fazer, a começar no próprio candidato, para demonstrar que não quer governar um país, mas quer montar um circo romano em Washington? A esta pergunta, espanto dos espantos, responde o "povo" com apoios, aplausos, uma Convenção rendida
Terrorismo, derrocada da banca, extremismos. O pior caminho que podemos trilhar é o de olhar para isto tudo como uma nova normalidade, encontrando um outro equilíbrio e o conforto possível. Porque daí não virão nunca respostas, nem soluções, nem mudanças tão firmes quanto sensatas.
Será que poderemos contrariar a perda do sentido do tempo? Cada dia há um qualquer acontecimento que remove e monopoliza o foco que incidia sobre o que tinha acontecido 24 horas antes, sem termos tido tempo para, em volta do caso anterior, tentar encontrar uma resposta justa que nos conduza à espera
O que se está a passar com a Caixa Geral de Depósitos é escandaloso e deveria fazer corar de vergonha o ministro das Finanças, Mário Centeno: o maior banco do país está parado há pelo menos seis meses e, pior, numa situação de incerteza total em relação à equipa, à estratégia e ao capital. Como se n
Somos campeões europeus de futebol há uma semana, e desde há dois dias que sofremos em francês com Nice. Esta é uma reflexão sobre portugueses e franceses, o que os une e o que os separa. Entre o conto de fadas e o filme de terror, há uma realidade feita de cumplicidade, oportunidade e algumas desin
O Conselho de Estado, como toda a gente sabe, é um órgão consultivo do Presidente da República, que reúne quando este quer, para falar sobre o que entender. Cavaco Silva, que tinha poucas dúvidas e nunca se enganava, reuniu o CE apenas uma dúzia de vezes em dez anos – o que quer dizer que não lhe da
O Presidente da Republica condecorou ontem os cinco atletas medalhados no Campeonato Europeu de Atletismo que, azar dos azares, decorreu em simultâneo com a fase final do Europeu de Futebol - e por isso perdeu a batalha pelo mediatismo e a notoriedade que os tempos actuais promovem, mesmo quando que
Entretidos em discussões rascas e estéreis entre blocos partidários já perdemos o fio ao essencial (admitindo bondosamente que alguma vez o tivemos): como saímos desta enrrascada que se vai arrastando, uma vezes melhor e outras pior, mas sem que haja uma estratégia entendível que garanta o mínimo do
"It"s okay, mommy, don"t be scared, I"m right here with you." Nós, portugueses, estamos cheios de entusiasmo com as tantas inesquecíveis imagens dos campeões do futebol – já agora, bravos também para as campeãs do atletismo –, mas aquela voz e as imagens de Dae"Anna que com os seus quatro anos de id