A capital do Sudão, Cartum, continua a ser um cenário de guerra, com vários bombardeamentos e confrontos, apesar da entrada em vigor de um cessar-fogo na segunda-feira ao final do dia.
Representantes do exército sudanês e das forças paramilitares de apoio rápido (RSF) acordaram hoje um cessar-fogo de uma semana a partir de segunda-feira, anunciaram os Estados Unidos e a Arábia Saudita.
O conflito no Sudão poderá levar a insegurança alimentar no país a atingir níveis recorde, com mais de 19 milhões de pessoas afetadas, ou seja, dois quintos da população, alertou hoje o Programa Alimentar Mundial (PAM) das Nações Unidas.
Os violentos confrontos no Sudão, que começaram em 15 de abril, obrigaram mais de 700.000 pessoas a fugir do país, o dobro do número registado há uma semana, anunciou hoje a ONU.
Mais de 64.000 pessoas, incluindo 60.000 sudaneses, fugiram para o Egito para escapar aos combates entre o Exército e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (FAR) que assolam o Sudão desde 15 de abril.
Considerada "a primeira atriz do Sudão", Asia Abdelmajid, de 80 anos, morreu hoje devido a ferimentos causados por estilhaços de um projétil que atingiu a sua casa, durante confrontos entre o exército e os paramilitares, disse o filho.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) estimou hoje que pelo menos 190 crianças foram mortas e 1.700 ficaram feridas no Sudão desde o início do conflito, em 15 de abril.
As Nações Unidas anunciaram hoje que necessita de 445 milhões de dólares (402 milhões de euros) para ajudar 860.000 pessoas que precisam de fugir dos combates mortais no Sudão entre o exército e os paramilitares, até outubro.
O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, disse hoje que os princípios da distinção, proporcionalidade e precaução, que integram o direito internacional humanitário, foram "espezinhados" por ambas as partes em conflito no Sudão.
A história das últimas três décadas no Sudão é quase sempre a de um inferno. Houve uma tentativa de aproximação à democracia entre 1986 e 1989, com um governo de coligação entre diferentes fações, liderado por um civil moderado, Shadiq al Mahdi. Depois, tudo correu mal.
O exército sudanês e as Forças de Apoio Rápido (RSF) acordaram hoje uma nova trégua de uma semana, com início na quinta-feira, após os ataques terem continuado apesar do cessar-fogo em vigor, anunciou o Sudão do Sul.
Os intensos combates no Sudão deslocaram mais de 330.000 pessoas no interior do país, enquanto outras 100.000 fugiram para países da região, anunciaram hoje as Nações Unidas.
As forças armadas da Rússia afirmaram na terça-feira que procederam à evacuação de mais de 200 pessoas do Sudão em quatro aviões de transporte militar.
O exército e as forças paramilitares aceitaram enviar representantes para negociações, potencialmente na Arábia Saudita, disse hoje o enviado das Nações Unidas (ONU) ao Sudão, apesar de se terem verificado confrontos na capital Cartum durante o cessar-fogo.
O grupo paramilitar sudanês Força de Apoio Rápido (RSF) anunciou hoje de forma unilateral a extensão das tréguas que terminavam hoje à noite, para manter abertos os corredores humanitários e a retirada de civis.
Pelo menos 528 pessoas morreram e quase 4.600 ficaram feridas devido aos confrontos que começaram há duas semanas no Sudão, entre o exército e o grupo paramilitar Força de Apoio Rápido (RSF), anunciou hoje o Ministério da Saúde.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, considerou hoje "profundamente preocupante" a presença no Sudão do grupo mercenário russo Wagner, que está onde "há violações dos direitos humanos e instabilidade".
Mais de 1.600 cidadãos dos Estados-membros da União Europeia (UE) saíram do Sudão desde o início do conflito entre as Forças Armadas daquele país e o grupo paramilitar Forças de Ação Rápida, anunciou hoje a Comissão.
O exército do Sudão concordou em estender por mais 72 horas a trégua acordada com as Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) e em reunir-se com um representante do grupo paramilitar.
Vinte portugueses que pretendiam deixar o Sudão já foram retirados no país, informou hoje, em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), que adiantou permanecerem no território dois cidadãos nacionais.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) apelou hoje aos países vizinhos do Sudão para que mantenham as fronteiras abertas às vítimas do conflito, onde a organização mantém as operações apesar da insegurança.
O cessar-fogo de 72 horas entre os dois generais que disputam o poder no Sudão entrou oficialmente em vigor esta terça-feira (25), mas testemunhos relataram novos bombardeios após dias de combates que já fizeram centenas de mortos. De acordo com o representante da ONU no país, nenhuma das forças env
Um barco com 1.687 civis, de mais de 50 países, em fuga dos combates no Sudão chegou hoje à Arábia Saudita, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros saudita.