Quando Pedro Passos Coelho confirmou o nome de Teresa Leal Coelho para a candidatura do PSD à Presidência da Câmara Municipal de Lisboa, garantiu uma série de premissas que podiam estar a escapar aos analistas: que Fernando Medina ganhou a “passadeira vermelha” para mais um mandato; que Assunção Cri
A entrevista que o Dr. Pedro Santana Lopes deu à "TSF" e ao “Diário de Notícias”, no fim de semana passado, tem momentos hilariantes – ou de chorar, conforme queiramos olhar a política “à portuguesa” -, mas é tudo menos insignificante (junta com a de Assunção Cristas ao “Público”), para perceber o q
Sempre que se fala da pós-verdade, que mais não é do que a vontade de tornar factual o que é mentira, e se exibem as “notícias” inventadas por Donald Trump e a sua claque, tenho tendência a recuar no tempo e recordar que, no Liceu, umas das raras lições que me ficou da matemática (a que era péssimo
Há uma expressão popular, muito usada para demonstrar a nossa confiança nos outros, que receio possa entrar em desuso para todo o sempre, seja em relação àqueles em quem acreditamos - mesmo sem conhecer, apenas por intuição e currículo -, seja em relação aos nossos familiares e amigos. É a clássica
Há polémica sobre a fotografia do ano do World Press Photo. A foto, como já é sabido, é um instante do momento dramático em que um atirador isolado, Mevlut Mert Altintas, dispara sobre o embaixador russo na Turquia, Andrei Karlov, na inauguração de uma exposição na Galeria de Arte Contemporânea de A
Na próxima segunda-feira, dia 13, assinala-se o Dia Mundial da Rádio, facto que ocorre pela terceira ou quarta vez - quando a UNESCO, tarde e a más horas, reconheceu a relevância do meio no universo da comunicação. No site da organização diz-se que o Arcebispo Desmond Tutu terá afirmado que “a rádio
Estou a ver na TV, num canal de notícias, uma curta troca de argumentos sobre a eutanásia. Estremeço. Antecipo o “amplo e profundo” debate que o Presidente Marcelo desejou há dois dias: vai dar asneira. Um dos intervenientes era mesmo o bastonário da ordem dos médicos, José Manuel Silva - e a forma
Em momentos mais insonsos dos meus dias, gosto de imaginar Cavaco Silva a observar Marcelo Rebelo de Sousa. Revejo aquela expressão, entre o enfastiado e o irritado, que tão bem marca o ex-Presidente, e um abanar de cabeça seguido do “Como é possível?!” sem resposta nem continuidade, e gosto do que
Na véspera de tomar posse o mais odiado de todos os Presidentes democraticamente eleitos do Mundo, o que apetece dizer? Que odiar Donald Trump, dentro e fora dos Estados Unidos da América, não o impediu de ganhar uma eleição? Que estão certos aqueles que aproveitam o momento para questionar o regime
Vou acompanhando, online, o essencial do Congresso dos Jornalistas, e mantenho o que me levou a nem sequer tentar participar no evento - e teria de tentar muito, porque a Comissão Organizadora deixou de fora todos os que, nos últimos anos, deixaram de ter Carteira Profissional…
Passados estes dias em que tudo foi dito, revisto, recuperado, lembrado, a respeito de Mário Soares, a grande lição que temos de tirar é aquela que os historiadores passam a vida a sublinhar e nós, comuns espectadores dos dias que passam, ignoramos olimpicamente: quando queremos ser justos com a His
Tinha à minha frente a ultima crónica de Miguel Sousa Tavares no Expresso e estava preso ao destaque que o próprio jornal fez do texto: “As redes sociais são a peste de hoje. O seu veneno espalha-se como a peste, destrói como a peste, mata como a peste”. Não é novo, vindo do Miguel (e salvaguardo qu
Ao longo dos últimos meses, com as inesperadas mortes que nos apanharam pela frente, com as tragédias (esperadas ou não…) que se abateram um pouco por todo o Mundo, e com surpresas como a eleição de Donald Trump, a ideia mais forte que as redes sociais foram transmitindo - redes quase sempre fracas
Algumas semanas forçosamente encostado à boxe - vendo o mundo, a espaços, em bocados soltos, sem fio condutor, flashes que encadeiam mais do que iluminam -, e o que já me parecia “fora de pista” fica subitamente fora de órbita, num caos sem ponta por onde se lhe pegue.
Querido Pai Natal: Dado que hoje é o primeiro dia de Dezembro e ninguém liga ao que acontece no Mundo, aproveito a distracção geral (... e das editoras do SAPO24) e abuso deste espaço para te escrever, poupando selos e a forte possibilidade de, por correio tradicional, só receberes esta carta lá par
Há dias em que, por efeito do sol ou de uma qualquer descarga extra de serotonina pelo corpo fora, acordamos a acreditar que o Mundo, apesar de Trump, é hoje um lugar melhor e mais simpático para viver, e o ser humano tem tendência para se tornar mais civilizado e sensato. Porém…
Por estes dias, quando se recordou novamente a tragédia que o ambiente sofreu, ao largo da Galiza, a 13 de novembro de 2002, com o derrame de 77 mil toneladas de crude pelo petroleiro Prestige, recuei por momentos a esses dias e confrontei-me com a evolução do meu olhar, sobre essa notícia, à medida
O lugar-comum que faz o título desta crónica podia ser dito a respeito dos portugueses, dos espanhóis, dos franceses, dos ingleses, e de mais um generoso conjunto de povos dispersos que, por razões mais ou menos explicáveis, se tornaram países.
A história é velha, e sempre igual: eu como uma galinha inteira, o leitor come raspas. Para efeitos estatísticos, cada um de nós comeu meia-galinha… E não consigo deixar de pensar nesta anedota sempre que se publicam estatísticas - talvez a verdade mais mentirosa que a aritmética criou. Nos últimos
Demorou, mas a verdade lá veio ao de cima: afinal, era mesmo um “contratado” de José Sócrates que escrevia o blog “Câmara Corporativa”, sob o pseudónimo Miguel Abrantes, com mais vigor entre entre 2005 e 2010 (o blog manteve-se até 2015, está parado desde então). Chama-se António Peixoto, e recebia,
A cidade italiana de Nápoles é mais conhecida pela Camorra, uma das mais bem-sucedidas organizações criminosas da Europa, do que pelo bem comum. Porém, ou talvez por causa disso, foi lá que nasceu o “café suspenso”. Em plena II Guerra Mundial, num tempo de escassez, miséria e caos, foi ali que algué
Apetece contar a história como se fosse para crianças. Há factos que, simplificados, tornam-se tão óbvios que deixam de ter discussão. E a polémica que opõe taxistas, plataformas digitais e o Governo poderia bem ser contada como se de uma romântica revolução tranquila se tratasse.
Há dezenas de anos que sucessivos Governos “inventam” impostos indirectos, que fazem de conta que não são connosco - mas no fim pagamos, que remédio, e a vida segue. A “Geringonça”, que já fez um ano e provou que afinal podia funcionar, mesmo que em modo “tem-te não caias”, anda agora às voltas com