Pedro Passos Coelho tem muitos defeitos, foi o líder do PSD que melhor conseguiu conjugar o vazio com a resiliência, e dos poucos que julgou ser ainda primeiro-ministro muito tempo depois de já não ser – mas pelo menos teve uma vantagem sobre os candidatos que se perfilam para governar o partido: nu
Olá. Sou a pessoa que aqui escreve todas as semanas com excepção da transacta. O interregno forçado, logo durante o rescaldo de autárquicas portuguesas e independanças catalãs, deveu-se a eu ter sido abalroado por um vírus insuportável, uma daquelas gripes que fazem notícia por matar velhinhos no In
Os trepidantes primeiros dez dias deste outubro estão a abalar a Espanha e ficarão para sempre na história da Catalunha. A independência é uma aspiração antiga de muitos catalães, cresceu na última década, disparou nas últimas semanas, em vertiginosa fuga para a frente nos últimos dias. Este 10 de o
O governo catalão, liderado por Carles Puigdemont, indivíduo cujo cabelo à tigela tem revelado ambições separatistas, deverá fazer a declaração unilateral de independência nesta terça-feira, no seguimento do controverso plebiscito de 1 de Outubro. Se tem dúvidas em relação à maior crise política em
Na Catalunha, a situação é muito mais complexa do que parece à primeira vista e as habituais divisões entre esquerda e direita, que costumam ser usadas para explicar tudo, não se aplicam neste caso.
Se não pensarmos nos polícias armados, nos cães à procura de bombas, nas emoções à flor da pele das crianças, nos telemóveis dos vizinhos, nas pipocas no chão — ir ao cinema com um filho é muito bom!
Que mania esta agora das ciclovias, das bicicletas, dos skates, das trotinetes, dos patins em linha, de qualquer artimanha com rodinhas que sirva para uma locomoção pouco convencional. Pouco convencional, para não dizer já absurda.
Bancada evangélica no Congresso, “bispos” eleitos prefeitos, aliados desde o tráfico à presidência da república, todos trabalhando para fazer do Brasil o primeiro estado teocrático da América do Sul.
Passaram alguns dias e continuo de boca aberta, estupefacto e incrédulo. O PCP admitiu que teve maus resultados? A CDU não venceu estas eleições? Os resultados não confirmaram que as conquistas de Abril, e a luta dos trabalhadores por um país de cravos e cooperativas, estavam à beira de serem reconh
Cláudia, tem 23 anos, e estuda publicidade. Jordi, 37, é enfermeiro. Yolanda, 45, é consultora de comunicação. Olga, 48, é designer. Andreu, 74, é monge. Todos são catalães e meus amigos. Discutimos muitas vezes a questão do separatismo catalão. Até há alguns dias, dos cinco, apenas Cláudia defendia
Sou da opinião de que o aspeto mais importante do "1-O" não foi ainda suficientemente vincado em Portugal: os dois lados que se opuseram ontem não foram o "sim" e o "não". Não se gritou independência, não se vestiram as senyeras ontem.
Foi a notícia da semana, para mim que vivo fechado em casa e sou vou à rua quando há fogo-de-artifício: o Twitter vai passar para duzentos e oitenta caracteres.
O Democracia é um restaurante onde nem sempre comes o prato que escolheste. No entanto, tens de comer e pagar na mesma e ainda te olham de lado se não deixares gorjeta.
No palco do teatro Tivoli em Lisboa está em cena “Simone, o Musical”, a história de 60 anos de carreira de uma mulher para quem nunca podia ser "tudo direitinho" e que sempre fez o que tinha de ser feito. Como ninguém.
A abstenção, fazendo parte da democracia, permite avaliar a maturidade dessa democracia. E mais que discutir quem ganha e quem perde, precisamos de discutir como se participa, como se valorizam os votos em branco - que ultrapassam as votações de alguns partidos - e como nos mobilizamos para fazer pa
Os homens são os únicos animais que acabam com planetas. E os únicos que, apesar de saberem que a vida não tem sentido nenhum, levam o filho a andar de baloiço, ou esperam na loja do cidadão com várias senhas na mão. Alguns até vão apanhar dois ou três transportes para no domingo votarem. Só sei que
Se perguntarmos a um jovem quem foi Hugh Hefner, provavelmente nunca ouviu falar. É uma das características desta época de excesso de informação; pessoas que mudaram o mundo desaparecem da memória colectiva, pois os seus avanços tornaram-se corriqueiros.
Quando me preparava para escrever um texto sobre as autárquicas, eis que a notícia duma morte me puxou violentamente a atenção. Faleceu um nonagenário notável, que não se importava de ser filmado em roupão, e que era famoso pelo casarão onde acolhia criaturas especiais. Mas não eram coelhinhas, eram
A três dias das eleições autárquicas, há uma conclusão a que chego, independentemente de sondagens, distritos, juntas de freguesia: afinal, o "dono disto tudo" é o autarca.