O que é uma chapada? Ou mulheres agredidas? Que importa isso se a própria autoridade desvaloriza? Na Rússia, com 36 mil mulheres agredidas por dia e 26 mil crianças espancadas por ano, a violência doméstica deixou de o ser. Por lei.
O Acordo Ortográfico de 1990 é óptimo. Acreditem, é mesmo. É das coisas mais excitantes que aconteceram à Língua Portuguesa, não tenho a menor dúvida. É óptimo, de tão flagrante ser a sua inconsistência. É a semente chocha de vigorosos revoltados: no mesmo país onde nunca nascerão durões como Hemmin
Chama-se Stephen Bannon, é inteligente, astuto, obstinado, provocador, bizarro, polémico e descarado. Muito hábil a desenhar e construir estratégias e perito em manipulação. É um ultra, admirado pela direita mais estridente nos EUA. Há vários anos que não esconde a sua ambição: destroçar o atual est
Ainda estamos longe do igualitarismo de outros países, mas temos de reconhecer o tanto que avançámos. Ainda que os países do Norte da Europa estejam na primeira liga em termos de igualdade de género, até os países mais conservadores mostram sinais de mudança.
O livro “O Nosso Reino”, de Valter Hugo Mãe, foi retirado da lista de leituras recomendadas a alunos do 3.º ciclo pelo Plano Nacional de Leitura. O protesto dos pais por causa de passagens com conteúdo sexual e violento gerou incómodo entre o painel de onze especialistas que anualmente propõem as ob
Imaginem. O nosso sistema seria presidencialista e em vez do tio Marcelo que dança com velhas e dá mergulhos de Inverno, teríamos um pato bravo que andava de descapotável, logo que os posts de Facebook batessem nos 18 Celsius, e que se chamava Donaldo Trãpe.
Estou a ver na TV, num canal de notícias, uma curta troca de argumentos sobre a eutanásia. Estremeço. Antecipo o “amplo e profundo” debate que o Presidente Marcelo desejou há dois dias: vai dar asneira. Um dos intervenientes era mesmo o bastonário da ordem dos médicos, José Manuel Silva - e a forma
Discute-se hoje no Parlamento a morte medicamente assistida. Eutanásia. À esquerda, acordo quanto ao direito à vida e à morte, sobretudo em relação à forma como se morre, e a dignidade que lhe deve estar implícita. À direita, o não garantido. Nos restantes grupos parlamentares o "nim" tão convenient
Scorsese não é um Dreyer. Andrew Garfield não é um falante de português. “Silêncio” não é um Livro de Job. Portugal não é uma cidade pequena. Então porque é que eu continuo de orelhas levantadas?
O Papa Francisco, no dia de São Francisco de Sales, patrono dos jornalistas, exortou os profissionais deste ofício para que cultivem a comunicação construtiva, que favoreça a cultura do encontro e do respeito pelo outro. Bergoglio insta os jornalistas a que não se foquem apenas em notícias negativas
Os meses vão passando e o PSD não tem candidato à Câmara de Lisboa. O que faz sentido, porque ninguém se quer inscrever para levar porrada. Fernando Medina quis tornar a cidade mais pedonal e conseguiu - especialmente para ele próprio, que vai passear pachorrentamente no sentido de um novo mandato.
Somos um povo especial. Com uma enorme abertura ao exterior, mas com dificuldade em escolher e defender o que é nosso. Sem muros, nem taxas, está na altura de transformarmos likes em ações com impacto efetivo na economia.
O que não falta na Europa são partidos nacionalistas. Há quem lhes chame de extrema-direita – o que é discutível, em alguns casos. Mas são forças do lado mais conservador do espectro politico, contrários à União Europeia, ou aos aspectos mais importantes dos actuais acordos europeus, como a moeda ún
Da vitória de Trump, às mulheres que saíram à rua manifestando-se contra o presidente dos Estados Unidos da América, passando pela quase vitória de Viola Davis e Meryl (over rated) Streep, novamente nomeadas para os Óscares, poderíamos acabar no aborto e o muro. Novamente Trump, direitos e mexicanos
Em momentos mais insonsos dos meus dias, gosto de imaginar Cavaco Silva a observar Marcelo Rebelo de Sousa. Revejo aquela expressão, entre o enfastiado e o irritado, que tão bem marca o ex-Presidente, e um abanar de cabeça seguido do “Como é possível?!” sem resposta nem continuidade, e gosto do que
Até há uns 7, 8 anos, a minha maior decepção com Donald Trump correspondia ao episódio 10 da 8ª temporada do seu concurso The Apprentice, quando o milionário me pareceu pouco interventivo, e permitiu que a jogadora de poker Annie Duke derrotasse o músico Clint Black num concurso de jingles publicitá
As redes sociais trouxeram um avanço enorme na aproximação das pessoas e isso é extraordinário, mas as teorias da conspiração, que sempre alimentaram o imaginário de muita gente, ganhou espaço para a sua propagação à velocidade de um simples post.
Há traços no discurso - e agora já na prática - de Donald Trump, empossado Presidente da América na passada sexta-feira que evocam tempos e ideias de que a humanidade não guarda boa memória, pelo contrário. Os tempos são outros? São. Mas desde quando é que a história não se repete em novas versões?
Tanta gente anda a falar de devolver o poder ao povo. Donald Trump proclamou, na tomada de posse, que não estava a transferir o poder de uma administração para outra, mas de Washington para o povo. Horas depois, numa cimeira da ultradireita europeia, Marine Le Pen falava de devolver a palavra ao pov