O casamento real só perdeu protagonismo para a conferência de imprensa de Bruno de Carvalho. Não sei qual dos dois foi mais secante e que menos valor trouxe para a sociedade.
Não, não chegam cinco palavras para descrever essa Expo que nos encantou num certo Verão do século passado. Mas foram estas as palavras que me surgiram, ao calhar da memória, quando me sentei para escrever a crónica desta semana.
Enquanto participante nesta alegoria a que chamamos humanidade, mentia-vos se dissesse que não sinto uma grande vergonha e constrangimento com muitas coisas que vejo relacionadas com o futebol.
A família real britânica mexe em tanto dinheiro e tem situações de relações públicas tão complexas que montou uma empresa de especialistas para tratar do expediente. Em alturas de crise (como foi a morte da Princesa Diana) ou de pompa (como é o casamento do Príncipe Harry) fartam-se de trabalhar.
Contrariamente ao habitual, este não é exactamente um artigo de opinião porque não faltam opiniões a circular sobre o tema e, opiniões, são como os chapéus. Há muitas.
Um grupo de homens armados com objectos que causam danos concretos entrou num local onde estão homens sem os mesmos objectos. Foi isto, não foi? Chama-se terrorismo. E não vale a pena dourar a pílula. O infeliz episódio na academia do Sporting não tem outra classificação.
Estou um pouco contrariado por não vir falar sobre as agressões de ontem em Alcochete. É assunto tão lamentável que, em situações habituais, me forçaria a mais palavras - quase todas de repúdio, mas ainda com espaço para a solidariedade. Esbanjamos tanto o termo “terrorismo” que, quando ele sucede d
Se há 24 anos a Acreditar tinha em mãos crianças com cancro, agora, abraça, para além destas, adolescentes e jovens doentes e sobreviventes. Ao foco de outrora juntam-se novos desafios e novas preocupações! Para eles, promovemos oportunidades de diversão, de partilha de experiências, de reorientação
A suspension of disbelief refere-se à aceitação temporária, por parte do leitor ou do espectador, das premissas de um trabalho de ficção, ainda que estas se coloquem como improváveis, contraditórias ou de natureza fantástica. Na sitcom Sporting de Bruno de Carvalho, o enredo tornou-se tão mirabolant
Vale dar atenção a Donald. É um artista da América que nos mostra a América de hoje. Deixemos de lado Trump, este Donald é Glover. Começou a aparecer em 2011, como personagem de comédia, cómico subversivo. Sempre a explorar as contradições identitárias nos Estados Unidos. Tem 34 anos, já foi premiad
Já tinha decidido escrever sobre a Eurovisão, mas decidi esperar até a RTP acabar a transmissão. Ou seja: estou cheio de sono. Vejamos o que se consegue arranjar.
Aparições de e Fátima. Ou será Visões de Fátima? Ou será das Alucinações de Fátima? Ou será da história engendrada por um grupo de pessoas a fim de enganar outro grupo de pessoas? Nunca saberemos, mas sabemos.
Graças à campanha contra a eutanásia do CDS de Almada, ficámos esta semana a saber que a eutanásia mata. O problema é que entretanto apagaram o post, provavelmente por afinal não terem bem a certeza se mata ou não, e agora nós todos também ficamos na dúvida. Será que mata mesmo? Será que mata só um
São quase 2,4 milhões de pessoas em risco de pobreza, assim o atesta o Inquérito às Condições de Vida realizado pelo Instituto Nacional de Estatística. Menos 196 mil pessoas que em 2016. Eu nunca gostei de números por não terem, na minha opinião, sensações, caras, olhares. São uma espécie de coro de
A cultura não é de todos e para todos. É dos que fazem parte de um certo círculo de privilegiados que determina o que é cool, que também é válido para outras áreas e negócios.
Pelos vistos agora sou mainstream, um alinhado com o sistema. Cortaram-me a crista, coseram-me as calças, roubaram-me as correntes; drenaram-me o punk rock até à última gota. Foi da noite para o dia, tornei-me num bentinho de discurso ordeiro (e até estava calado quando isso ocorreu). Sou um alinhad
Os portugueses têm uma enorme dificuldade em despedir-se. Outros povos têm o seguinte modus operandi: anunciam que se vão embora e abandonam o local. Os portugueses não. Despedem-se à mesa, na sala, à porta de casa, no jardim, à porta do carro, dentro do carro de janela aberta, com o carro em andame
Sabemos pouco sobre o Líbano. No entanto, este pequeno país mediterrânico (a superfície não vai além do tamanho de duas vezes o Algarve, mas com seis milhões de habitantes, incluindo mais de dois milhões de refugiados palestinianos e sírios) é o epicentro de cálculos geopolíticos dos rivais Irão e A
É uma homenagem peculiar, eu sei. Mas, neste dia, decidi passear pelas «mães» que se escondem nas línguas do mundo. Não posso chegar a todas, claro — as línguas são mais do que as mães. Posso, no entanto, começar por olhar para o globo, rodar o planeta com o dedo e aterrar do outro lado do mundo...
“Mãe é mãe”. Está tudo dito. Uma mãe é uma mãe e não seria preciso dizer mais nada… Esta frase seria suficiente para abafar tantas teorias, filosofias e fantasias que se pensam, escrevem, dizem e partilham sobre as mães, porque afinal cada mãe é uma mãe e é na diversidade que se encontra a riqueza.
Cresci convencida de que um dia seria mãe. Não creio que fosse vontade ou um imperativo da natureza (não sou nada aquele tipo de pessoa que diz que nasceu para ser mãe), mas porque era assim que o mundo funcionava e assim se aprendia na escola: o ser humano nasce, cresce, reproduz-se e morre.