É o festival Fuck You All ‘Cause I’m Too Cool to Like Festivals onde o bilhete de entrada é dizer ao maior número de pessoas possível que se odeia festivais, não vale cá apenas ignorar a existência dos festivais e não os frequentar. Nada disso, meus queridos! O que é feito de nós, se toda a gente nã
Os EUA secaram a vida a sul da fronteira. Plantaram golpes, patrocinaram ditaduras, gastaram os pobres, mantendo-os pobres. O lado de baixo da fronteira foi o bordel, o bar, a droga, o trabalho escravo. Em baixo o pesadelo, em cima o sonho. Um paga o outro, e não é de agora.
Um detox digital temporário pode ser uma primeira solução para uma vida assoberbada de ecrãs e notificações, contrariando a nomofobia (o medo de estar incomunicável) e o que McLuhan dizia, provando que sabemos viver sem estes apêndices electrónicos e que o FOMO (fear of missing out) passa a ser um N
Não basta comentar o estado do mundo. Importa saber como organizar uma resistência eficaz e combativa face ao início desta realidade drástica: existem países cujo modelo político adoptado é fascista. Não existe outra palavra: fascismo. Não podemos assistir em transe, como se estivéssemos numa máquin
Entre 32 seleções há umas oito que podem arrebatar o título de campeão. Tudo vai depender de um fator aleatório, o capricho no emparelhamento das equipas. É bem provável que aconteçam finais antecipadas.
Cheira bem, cheira a Mundial. Há um perfume a armistício no ar. O Pedro Adão e Silva trouxe o Santo Agostinho numa citação que eu já usei várias vezes para aludir ao amor, mas nem esse valor maior me distrai do quão ajustada foi a referência do Pedro. Cada Mundial de Futebol é um pedaço de tempo que
Numa semana, dois eventos marcaram indubitavelmente algo que já estava iminente há alguns meses: a chamada "ordem mundial” — o xadrez de alianças e confrontos, amizades e inimizades que definia o equilíbrio entre as nações desde o final da II Guerra Mundial — deixou de existir. A mudança é evidente,
Esta semana vi publicações serem-me apagadas do Facebook e do Instagram, como tal, decidi ser family friendly e fazer uma crónica que não ofende ninguém.
Estamos todos todos doidos com o Mundial, ou a grande maioria pelo menos. Bons jogos de futebol, muita emoção, muito patriotismo e aquele sentimentozinho de pertença que nos aconchega a existência. Mas há Mundial para além da bola.
Guardo a beleza do que tantos russos criaram, muitos pagando alto preço: silenciamento, miséria, cadeia, perseguição, morte. É disso que quero falar no dia em que o Mundial de Futebol começa. De como a luta continua. Ir à Rússia agora também pode servir para isso, tirar a bola a Putin.
Esta semana deparei-me, numa rede social, com uma publicação patrocinada de mais uma aplicação de localização de pessoas. A mesma é vendida com a palavrinha “safe” associada. Ora, bem sei que vivemos tempos negros e que as questões de segurança são hoje mais pesadas do que em tempos idos, mas há alg
Creio que nunca vos contei mas, na verdade, não gosto de trabalhar. Gosto de fazer as coisas de que gosto e para as quais raramente me pagam. A isso não se chama trabalhar porque o trabalho supõe uma remuneração. Sou muito boa, mesmo muito boa a fazer as coisas de que gosto e péssima a protelar algu
Não é uma música do Chico Buarque, tão pouco este a cantou nos concertos de há dias em Lisboa e no Porto, mas foi assim, a cantarolar a canção de Tom Jobim, que saí do Coliseu dos Recreios depois de duas horas da melhor música do mundo. Passaram-se dias, e não me sai da cabeça.
O catalão Ferran Adrià deve ser, depois do francês Bocuse, o cozinheiro mais famoso no mundo. Mas ninguém como o carismático nova-iorquino Anthony Bourdain deu a conhecer os sabores da cozinha dos mais diferentes lugares do mundo, os conhecidos e os desconhecidos. Com dois acrescentos: ele foi um ge
Estou triste com Portugal. Quando falo de Portugal, refiro-me mesmo ao país real e não a Lisboa. Estou magoado com cidades como Aveiro, Viseu, Santa Maria da Feira e Lousã. Não me apanham lá outra vez, especialmente em vésperas de Verão onde é preciso ter corpo para ficar bem no biquíni.
Confesso-vos que nunca me tinha acontecido. Nenhuma morte de qualquer celebridade, por mais que a admirasse e reconhecesse talento, tinha mexido assim comigo.