José Couto Nogueira é jornalista desde os tempos do Antigo Regime e já trabalhou como repórter, colunista, editor, chefe de redacção e director em muitas publicações, entre elas o jornal digital "Alface Voadora", em 1997-2000. Viveu mais de 20 anos em Londres, São Paulo e Nova Iorque, e escreveu quatro livros de ficção e três de não ficção. Está no SAPO24 desde 2015.
Como é sabido, 200 países estão reunidos em Katowice, na Polónia, sob o patrocínio das Nações Unidas, para ver o que se pode fazer para contrariar as terríveis mudanças climáticas que já estão a afectar o Planeta e no extremo podem levar è devastação dos seus habitantes.
Nesta época de eventos planetários em tempo real, uma reunião do G20 é um espectáculo mediático em que os principais protagonistas – aqueles que realmente têm importância mundial, por serem muito ricos, ou muito fortes, ou muito maus – executam uma coreografia complicadíssima, multi e bilateral, em
Absorvidos pela polémica das touradas, com a desgraça de Borba, ou talvez as peripécias do Brexit, não prestamos muita atenção ao que se passa nas longínquas costas do Pacífico, que incluem desde os países a que costumamos chamar de “orientais” até às margens do continente americano. Mas o efeito bo
Hoje pouco se fala de Mikhail Gorbachev, o Secretário-geral do Partido Comunista e Presidente da União Soviética que acabou com o Partido Comunista e a União Soviética. O longo processo, que culminou em 1991, teve consequências à escala mundial; pode dizer-se que mudou a História. E, na História, po
Com a nomeação de Matthew Whitaker [para o lugar de Jeff Sessions], o novo Ministro interino passa não só a ter acesso a todas as informações da investigação sobre o alegado conluio entre a campanha presidencial de Trump e os russos em 2016 (que Robert Mueller tem mantido secretas), como pode vetar
Não há como não gostar dos ingleses. Também não há como não sentir um prazer maldoso a ver que eles, que sempre nos tramaram, estão agora a tramar-se a si próprios.
A comunicação social tem sido criticada por diversas razões, algumas políticas, outras por puro preconceito. A conjuntura não lhe tem sido favorável; por um lado a proliferação de autocratas que veem os media como um inimigo, por outro a diminuição de receitas, desviadas para as plataformas digitais
Passar a noite a ver as eleições americanas é como assistir a todos os episódios da Guerra dos Tronos. Numa cavalgada incessante, cheia de suspense e ranger de dentes (quer se seja a favor dos Targaryen ou dos Lannister), tanto morrem os bons como os maus. Não há quartel nem valores mais importantes
No meio do primeiro mandato de Trump como Presidente dos Estados Unidos, as chamadas eleições intercalares de 6 de Novembro representam um teste à política da Casa Branca e, simultaneamente, oferecem aos democratas uma oportunidade de inverter o domínio do Partido Republicano no Congresso e nos gove
Qualquer que seja o vencedor, nas ruas antecipa-se uma espécie de guerra civil de baixa intensidade. Confrontos entre milícias e avulsos, mortos e feridos. Já começou a acontecer. Os brasileiros vão ter de escolher.
Nas guerras culturais que grassam pelos Estados Unidos (e não só) os protagonistas mediáticos também representam a contradição entre a sociedade cordata e civilizada com que todos sonhávamos e o clima crispado e sectário em que vivemos.
Na quinta-feira passada decorreu um das sessões mais mediáticas da Comissão de Justiça do Senado norte americano, no processo de escolha de Brett Kavanaugh para juiz do Supremo Tribunal. “Audiência histórica”, chamou-lhe a CNN. E, de facto, é preciso recuar ao testemunho de Anita Hill contra Clarenc
No primeiro dia de publicação já tinha garantido vendas de um milhão de exemplares – e por mais que Trump e os retratados neguem publicamente terem dito o que disseram, “Fear” ficará certamente como o relato mais fidedigno deste Governo.
O atentado provocou uma série de acontecimentos que por sua vez desencadearam outros, numa cadeia imparável. O famoso “efeito borboleta” com proporções abissais. Seria melhor chamar-lhe “efeito mega-brontossauro”.
A Comunicação Viral está a estrangular a Comunicação Social, que pode escapar para o digital mas não consegue a gratificação instantânea das redes sociais.
Na semana passada, o Procurador Especial Robert Mueller chegou finalmente a dois operadores muito próximos de Trump, Paul Manafort e Michael Cohen, o que levou a comunicação social, os democratas e os anti-Trump a festejar; é desta que o Donald cai! Mas não é assim tão fácil.
No Brasil, que corre atabalhoadamente para uma eleição complicada, é difícil distinguir entre as notícias e as fake news, entre as ingenuidades ideológicas e os interesses sub-reptícios. No meio dos debates entre os candidatos, cada vez mais crispados, uma afirmação atirada para a mesa pode provocar
Até há pouco tempo – dez anos, digamos – as teorias da conspiração não faziam mal a ninguém. Que resultados práticos poderão advir se um excêntrico ou um pseudocientista acharem que as pirâmides do Egipto foram construídas por extraterrestres? Exponenciadas pela Internet, onde nada precisa de confir
No xadrez convulsivo do Médio Oriente, em que amigos de inimigos são adversários de parceiros, o bloqueio do Qatar pelos seus vizinhos é difícil de perceber. À falta de explicações lógicas, pode-se destrinçar algumas incongruências.
Sabe-se que o homem é o único animal que bebe leite em adulto. Como corolário, também é o único mamífero que bebe leite não materno – quer seja de outros animais, de plantas, ou processado industrialmente e convertido em pó. Esta variedade de opções poderá à primeira vista parecer uma vantagem, mas
Seria assim que David Letterman apresentaria Trump se porventura o convidasse para oseu talk show. Não é provável - as opiniões do apresentador e humorista americano estão longe de ser favoráveis ao atual presidente do país - mas, se acontecesse, a viagem de Trump à Europa que terminou com um encont
Inquinado desde o início, o processo de saída da Grã Bretanha da União Europeia está a transformar-se num drama que põe em causa o Governo britânico, o futuro dos súbditos de Isabel e, para lá disso tudo, a histórica credibilidade das políticas do Reino Unido.