Não sou o gajo mais patriota do mundo, confesso-vos já. Não sofro daquele amor exacerbado por Portugal que às vezes parece que deixa algumas pessoas tão cegas pelo país que conseguem dizer que a praia de Carcavelos é mais bonita do que as Bahamas, ou que se a padeira de Aljubarrota ainda fosse viva
A decisão de Zidane em deixar o comando técnico do Real Madrid surpreendeu-nos, mas não devia. Porquê? Porque o francês sempre teve um gosto por tomar a decisão certa no momento certo e sair sempre pela porta grande.
Numa semana recheada de temas quentes e outros que só servem para nos distrair dos mais quentes de todos, que podem pôr em causa muitas das instituições e estruturas que damos como certas, a eutanásia, tema controverso, algo abstracto na sua essência, pela forma como filosoficamente questiona a natu
Viver no Parque das Nações é bom. Por inúmeras razões. Vinte anos depois da Expo’98, quem aqui vive sabe que dispõe de um território com qualidade, apesar das enchentes de carros ao fim de semana e de sucessivos alertas de segurança à conta de eventos de natureza variada no Altice Arena. São factore
Era claramente demasiado bebé chorão para me recordar do incrível chapéu de Karel Poborsky a Vítor Baía, nos quartos-de-final do Euro ’96 e talvez só no subconsciente se tenha alojado a frustração (na altura acredito que relativa, tendo em conta que a frequência em nada se parecia com a de hoje) de
Foi o amor que os trouxe para cá. Serenah, cristã, e Hindi, não praticante de família muçulmana, ambos palestinianos, viviam um amor de risco — um risco para as suas vidas ou o risco da morte desse amor.
Está instalada crise política, e séria, em dois dos maiores países da Europa do sul. Em Itália, o presidente da República, Sergio Mattarella, decidiu rejeitar para o cargo de ministro da Economia Paolo Savona, o candidato muito anti-europeu da aliança nacionalista-populista que já tinha programa par
O mundial está aí à porta e decidi revisitar os últimos anos da selecção nacional e ver o que mais me ficou na memória. Não sei a matrícula do meu carro de cor, mas lembro-me daquele golo de cabeça do João Pinto em 2000.
Hoje já não está na moda falar da Crise. E, no entanto, para lá das crises das notícias ou dos livros de História, há outras crises bem palpáveis e que nunca desaparecem.
Na próxima semana, o Parlamento vai votar a legalização da eutanásia. Felizmente para o país, há muita gente que é contra isto porque percebe que cada um de nós não pode ter o direito a decidir sobre a sua própria morte, mas os outros sim.
Separados à nascença, unidos pela vida: PCP & CDS. A união de facto é linda, e quem sou eu para me meter na vossa intimidade. Da mesma forma, quem são vocês para se meterem na minha?
Vivemos na absurda velocidade furiosa, não temos tempo. Não temos para a família, para os amigos, para pensar em estratégias, não temos tempo para nós. A vertigem das redes sociais, do estar permanentemente ligado, incapazes da solidão, é um dos maiores males do século XXI. Porquê? Porque tudo é fei
Nem sempre tenho a certeza do que é o amor, embora nunca me assole a dúvida de que ele, de facto, existe. É estranho, o amor, e simultaneamente a coisa mais entranhada que conhecemos; é um sentimento abstracto (daí a minha vacilação em explicá-lo) e ainda assim o único valor em que efectivamente nos
Terminou a época futebolística em Portugal, do modo escatológico a que todos pudemos assistir, mas nem por isso teremos tempo para descansar do tema. Nada disso. Sem que nos deixassem respirar uma semana que fosse, eis-nos em plena pré-época. Um mercado de expectativas, três meses de especulação, de
Nenhum de nós vê o meu pai há seis meses. Excepto eu, que o vejo quase todas as noites. Sonho muito com o meu pai e é maravilhoso. Nunca são pesadelos. E não fico triste ao acordar. Estivemos juntos a noite toda. Acordo de barriga cheia.
O microfone dado a Bruno de Carvalho, por vários canais de televisão, na tarde de sábado, para que ele dissesse tudo o que lhe apetecia, ao longo de duas penosas horas, foi uma demissão do jornalismo.
O casamento real só perdeu protagonismo para a conferência de imprensa de Bruno de Carvalho. Não sei qual dos dois foi mais secante e que menos valor trouxe para a sociedade.
Não, não chegam cinco palavras para descrever essa Expo que nos encantou num certo Verão do século passado. Mas foram estas as palavras que me surgiram, ao calhar da memória, quando me sentei para escrever a crónica desta semana.
Enquanto participante nesta alegoria a que chamamos humanidade, mentia-vos se dissesse que não sinto uma grande vergonha e constrangimento com muitas coisas que vejo relacionadas com o futebol.
A família real britânica mexe em tanto dinheiro e tem situações de relações públicas tão complexas que montou uma empresa de especialistas para tratar do expediente. Em alturas de crise (como foi a morte da Princesa Diana) ou de pompa (como é o casamento do Príncipe Harry) fartam-se de trabalhar.
Contrariamente ao habitual, este não é exactamente um artigo de opinião porque não faltam opiniões a circular sobre o tema e, opiniões, são como os chapéus. Há muitas.
Um grupo de homens armados com objectos que causam danos concretos entrou num local onde estão homens sem os mesmos objectos. Foi isto, não foi? Chama-se terrorismo. E não vale a pena dourar a pílula. O infeliz episódio na academia do Sporting não tem outra classificação.