De que se faz a História de Portugal? Num país, ora à beira-mar plantado, ora à deriva (pelos vistos, nem para lugares-comuns há consenso) onde é que se faz História hoje em dia? É neste momento particular, de optimismo e celebrações, que me interessa saber o que é isso de andar para a frente; se sã
Por mais que apeteça celebrar com entusiasmo o triunfo de um artista peculiar, com sensibilidade em que desejamos rever-nos, como é Salvador Sobral, é um excesso que essa alegria ocupe meia hora na abertura do telejornal.
Foi o 13 de Maio mais badalado de que tenho memória. Acho que nem o original teve tanto destaque. Foi um três em um. Visita de Papa Francisco, canonização dos dois pastorinhos e o terço da Joana Vasconcelos. Os jornalistas estiveram em estado sobrenatural de histerismo durante dois dias. Na RTP fala
Escrevo esta crónica antes de saber se o Salvador ganhou a Eurovisão. Por isso falo antes daquele dia em que o Rui Costa nos ajudou a ganhar contra a França na final do Euro 2016.
É meia-noite. Acabo de trocar mensagens com a Gabriela Schaaf que a partir da Suíça me diz: "ele conquistou todos os corações!". A Gabriela foi uma das vozes que mais ouvi nos anos 80. No último festival da canção também ela foi lembrada.
As celebrações de campeonatos do Benfica são como os acidentes: a maioria dos portugueses abranda para ver. Eu não aprecio. Mas como a simpática equipa do SAPO24 me pediu que escrevesse sobre isso não quis fazer-lhes a desfeita.
O ano passado intitulei, no Prolongamento na TVI24, que o campeonato 2015/16 tinha sido o Campeonato da Comunicação. Este ano antecipo aqui no SAPO 24 que este, para mim, é o Campeonato da Psicologia. Da força da mente.
E o Benfica lá conseguiu o tetra e portanto parabéns ao Benfica. O autor de D. Quixote, o genial Cervantes, afirmou que estar preparado é metade da vitória e acredito que se aplique. Por vir embalado de três campeonatos ganhos, o Benfica estava mais preparado e acabou por ganhar o título. Ficou semp
O Benfica alcançou o tetra campeonato com toda a naturalidade, ainda que alguns céticos de tempos a tempos tivessem posto em causa a certeza dessa conquista. O que tais céticos falharam em constatar foi, pura e simplesmente, a presença de Fejsa no plantel do clube. A partir do momento em que Fejsa f
Este sábado ficou na história do Benfica. Ganhar quatro vezes consecutivas o campeonato nacional, o “Tetra”, foi seis vezes tentado por gerações notáveis do Benfica. De Eusébio a Simões, de Toni a Nené ou de Shéu a Rui Costa, nunca o Benfica foi capaz de ganhar mais de três campeonatos consecutivos
O Papa em Portugal, o Benfica campeão e o Salvador a poder salvar o que até há uns meses achávamos do festival da canção. Não é fado, mas Salazar estará certamente a rejubilar com tão grandioso sábado. Este sim, devia ser o Dia de Portugal.
Para quem viveu a ditadura de Salazar, qualquer alusão aos três F's dispensa contextualização e é sempre (supostamente) mal utilizada porque, dizem, hoje é tudo muito diferente. Só que não é. Efectivamente, não há grande semelhanças entre este e aquele tempo, o tempo da outra senhora, como também já
Se a vida te dá limões, faz limonada. Pode parecer uma banalidade, mas serviu para dizer a uma amiga que tinha de andar para a frente. Acrescentei que o açúcar é o amor que tem à sua volta. Porque tem amor na sua vida e tomou sempre decisões em prol da família.
Fátima, Futebol e Fado. Três efes que ganharam vida, dizem, com o Estado Novo. Hoje Portugal é outro. E este fim-de-semana promete acrescentar aos três conhecidos F’s outros “irmãos gémeos”. “F” de festa, fezada, Fé, Festival da Canção, que prometem animar o Facebook. É este o novo fado de um país q
Não sei forjar assinaturas — exceptuando a minha própria (sempre com ar falsificado quando me colocam a pressão de escrevê-la “como no B.I.”) — mas sou mestre a forjar indignações. Este parágrafo é o duma indignação forjada, uma irritação fácil de desmascarar. Digo-me indignado com a atenção recente
Faz lembrar aquela anedota sinistra sobre o amor: "Então, mas você ama-a por amor, ou por interesse?" /
"Olhe, amigo, deve ser por amor, que ela interesse não tem algum...". Assim olho eu, de forma simplória, para as eleições francesas, agora que “respirámos de alívio” porque, por uma vez, as sondag
Atarantados entre o Festival da Canção, as eleições francesas, o Benfica e a Coreia do Norte, poucos neurónios temos usado para acompanhar o que se passa nos Estados Unidos. Mas a situação em Washington está ao rubro.
A percepção é determinante. Bento XVI apareceu-nos sempre como um velho professor, fechado, austero na sua cátedra. As suas palavras como Papa exprimem pensamento que se traduz em lições e doutrina. Como se estivesse sempre a falar para audiências qualificadas. O Papa Francisco nunca se põe na cáted
Le Pen quis apresentar Macron como filho político de Hollande. A noite do triunfo de Macron evidencia que a ascendência mais assumida é a de Mitterand. Ficou marcada nos gestos: a longa caminhada solitária de Macron, ao som do hino à Alegria de Beethoven, símbolo da Europa, na esplanada do Louvre at
Portugal é um país de poetas, poetas que não têm lugar no Tinder. Ou melhor, há portugueses e portuguesas que recorrem ao Tinder com sucesso, a quem os matches se sucedem copiosamente e há também poetas que o fazem com êxito, mas conceptualmente o português poeta não encaixa na linguagem Tinder.
Pronto, Le Pen não será Presidente. A União Europeia e a França podem suspirar de alívio. Para a UE, a questão está resolvida até 2022; Macron disse que quer mudar alguns pormenores da letra e da forma da União, mas espera-se uma vidinha sem sobressaltos. Os franceses não podem contar com a mesma tr
Há 31 anos menos três dias, 10 de maio de 1981, François Mitterand recebeu 51,7% dos votos, destronou Giscard e pôs a esquerda no poder em França. Abriu uma década de vaga socialista na Europa. O noticiário da rádio, às seis da tarde desse domingo de maio de 81, fez uma pausa de segundos até que nos
Ah, sim, confesso. Não me batam, por favor. Mas vi o debate eleitoral entre Le Pen e Macron. Foi uma tentação irresistível. Aqui fica o que vi em sete palavras.