Recuemos dez anos. Estamos em 2008, ainda inconscientes dos efeitos da crise do subprime. 4taste e Just Girls já não nos dizem nada, precisamos de novas referências. O nosso Zune ou iPod Classic exige ficheiros mp3 que nos diferenciem. É aí que descobrimos uma banda de Sheffield, que já tinha dado u
A tensão está, como previsto, em escalada e quase a fazer rebentar as costuras que restam para algum compromisso entre Espanha e a Catalunha independentista. Em causa está um movimento social, incontrolável, com dois milhões de pessoas numa das mais dinâmicas regiões da Europa. E o evidente nervosis
São mais de um milhão de pessoas em 194 países que se manifestam e exigem a libertação imediata do presidente da Amnistia Internacional Turquia, Taner Kiliç, e que as acusações feitas a dez outros defensores de direitos humanos, líderes de organizações não-governamentais, sejam imediatamente retirad
Desde 6 de Outubro de 2016, o dia em que o “New York Times” publicou um extenso relato das proezas de Harvey Weinstein, que a relação entre os homens e as mulheres, em Hollywood, nos Estados Unidos, e em muitas partes do mundo, passou a ser avaliada de outra forma.
Ora, vamos imaginar que o meu caro leitor está empenhado em provar que um determinado país é o pior país do mundo. Para o efeito, podemos escolher, sei lá, a Dinamarca.
Juízes, Temers, Bolsonaros podem bolsar, uivar, serão pó porque são nada. Lula está no coração de milhões porque os mereceu. Qual a dúvida de que nunca antes na história desse país houve um presidente assim?
O jornalista Michael Wolff ganhou a sorte grande. O seu livro, saído a cinco de Janeiro nos Estados Unidos e em processo de publicação em todo o mundo, está a ser um sucesso extraordinário de vendas. No dia do lançamento, as pessoas faziam filas que davam a volta ao quarteirão como se estivessem à e
Todos os anos, temos a saga do Nobel e, como um bom relógio suíço, há quem torça por António Lobo Antunes e quem recorde José Saramago. O Nobel da Literatura é porventura um dos poucos prémios Nobel sobre o qual as pessoas discutem com à-vontade, discutem e criticam.
Foi por volta das 18h (horário de Brasília) de terça-feira, 23 de janeiro, que Lula chegou para uma manifestação política num dos tradicionais pontos da cidade de Porto Alegre, no sul do Brasil. A cidade foi palco hoje, 24 de janeiro, do julgamento mais esperado da atualidade no país quando três des
O ano começa com um "big no" em relação ao sexismo, um discurso de Oprah Winfrey nos Globos de Ouro, a par com denúncias várias sobre assédio e desrespeito, e a esperança, sempre, num mundo melhor. Um pouco por todo o mundo, as mulheres resistem, reclamam e unem-se em torno de uma causa comum, que s
“Adoro o cheiro a napalm pela manhã” – dizia o sádico coronel interpretado por Robert Duvall no filme Apocalypse Now. Se recordarmos que napalm é uma substância pegajosa e inflamável, não vai ser difícil encontrar analogias que nos enfiem a carapuça do Duvall. Pegajosas e inflamáveis – quem é que nã
E aquele programa extremamente polémico com crianças que não se portam lá muito bem que é emitido no canal que se encontra na posição raiz quadrada de nove da grelha? Não vi. Podemos manter isto assim? Ou vão continuar a oferecer ao formato tanta publicidade gratuita que vou ser obrigado a ceder?
Obama, como presidente, falava da visão que tinha para os Estados Unidos. Trump ignora a expressão Estados Unidos, fala na América, “America first”, o slogan de campanha que perdura.
Confesso: ia-me esquecendo da crónica. Porquê? Quem leu o que escrevi a semana passada é bem capaz de adivinhar: o miúdo acertou na data e nasceu mesmo no dia 14, há precisamente uma semana.
Já há algum tempo que desconfiava que o meu verdadeiro pai era outro. Agora, começo a ter a certeza que o Estado é o meu pai biológico ou, talvez seja a minha Super Nanny.
Estive a ler a crónica do Rafael Barbosa, editor executivo do Jornal de Notícias. Foi alvo de algumas críticas a relação que fez entre a cada vez maior pobreza do povo português (Portugal nunca esteve tão no fundo como agora em 2018, como bem vemos) com o facto de cada vez mais pessoas andarem de bi
Imaginem quem começa agora a ver cinema e é apresentado a Woody Allen como molestador: nunca será apresentado a Woody Allen. Boa altura para lhe mostrar os filmes, e explicar duas ou três coisas sobre Hollywood. Sobre as pessoas, em geral.
Estou embalado por recordações. “Embalado por recordações” bem poderá vir a ser o epitáfio gravado na minha campa. Agora que me preparo para verter memórias, perdoem o despropósito egoísta – não é vaidade, é embalo.
No início de cada novo texto há (quase) sempre dois sentimentos que se misturam: a alegria na partilha de novas ideias e a auto-censura que nos inflige cada vez mais, fruto de um intenso (e por vezes despropositado) escrutínio, associado a uma vigilância ao estilo vigilant, aquela palavra em inglês
Desde as eleições de 21 de dezembro que a política catalã se encontra mergulhada numa trama política digna de um episódio da série de televisão "Borgen", marcada pelo confronto entre duas grandes estratégias, um jogo de luz e de sombra que se desenrola num clima de tensão máxima, palavras bem medida
A maioria dos jornalistas do país está nos centros urbanos e, a maior percentagem, em Lisboa. Não há nenhum problema com esta realidade, é assim há muito tempo e talvez seja o mais natural. Dito isto, os jornalistas a trabalhar em Lisboa estavam convictos de que Pedro Santana Lopes ganharia as eleiç
A instalação, nesta quarta-feira, do novo parlamento catalão, outra vez com maioria independentista (70 dos 135 lugares), vai reacender, provavelmente com muito ardor, a questão da Catalunha e relançar a questão do Estado em Espanha, numa ocasião em que a cidadania, mesmo a imensa mais obstinadament