Algures em Lisboa há um bar de aspecto tão clandestino e decadente que, sendo certa a decadência, é provável a clandestinidade. Por isso abster-me-ei de lhe referir o nome – mas não para adensar qualquer mistério. De mistérios e encantos precisa pouco, até porque é um sítio onde simultaneamente memó
Do atentado na ponte de Westminster (em 22 de março) ao da ponte de Londres (na noite de sábado) passaram 73 dias, e nestes menos de três meses, desgraçadamente, a primeira-ministra Theresa May teve de aparecer por três vezes na porta da residência de chefe do governo para falar aos concidadãos brit
As tempestades tropicais estavam nos trópicos. O calor abrasador também. Agora está em todo o lado. E vai piorar a ponto de sermos obrigados a escondermo-nos do Sol para sobrevivermos. O aquecimento global não é uma parangona para os jornais. Existe, tem consequências e afecta o nosso dia-a-dia. Tod
Estamos no ano 32 depois de Ronaldo. Toda a Lusitânia foi conquistada por CR7… Toda? Não! Uma aldeia povoada por irredutíveis invejosos ainda resiste ao sucesso do jogador. E a vida não é nada fácil para as guarnições de legionários nos campos fortificados de Ressabiançum, Amargurum, Frutustadum e P
Nos últimos dias fez sol abrasador de verão, vento forte e outonal, trovoadas tropicais, e noites frias de inverno. Coincidência? Não me parece. Basta andar pelas ruas e ver a quantidade de jovens do mesmo sexo que andam de mãos dadas.
Haja esperança nos miúdos que estão prontos a ser homens, haja mães que assim os ensinam. A ser feministas e cavalheiros. Quer se queira ou não, lutar pela paridade é – e sempre foi – uma causa comum, não uma causa das mulheres.
Com testes. Porque sem um número para lhes atribuir não sabemos o que valem. Sentadas e quietas. Senão são hiperactivas. Predestinadas para o sucesso. Mas com todos os nossos génios agarrados pela mão. O melhor do mundo são as nossas crianças mas somos capazes de estar demasiado obcecados - ou fasci
Fui ao Prós e Contras. Esta informação não parecerá contundente ao estimado leitor, mas só porque o estimado leitor ou nunca foi ao Prós e Contras ou, quando lá esteve, sabia o que andava a fazer. Eu tinha vaga ideia daquilo a que ia, agora tenho só ideia vaga.
Antes de começarem a pensar no comentário que vão fazer e que possa começar por "lá está a feminista" este texto não é sobre as mulheres. É sobre os homens, mesmo o mais machista deles todos. Porque se assim não fosse, qualquer mulher era apenas mais uma e o conceito de super mulher deixaria de faze
O último mês em Angola foi tudo menos normal. O presidente José Eduardo dos Santos esteve desaparecido, as versões da ausência demoraram a acertar-se e as especulações multiplicaram-se num país a menos de quatro meses de eleições.
A boa sintonia entre o Ocidente durou precisamente 69 anos: 3 de junho de 1948 é a data histórica em que entrou em aplicação o Plano Marshall, que instalou a relação especial entre os Estados Unidos e a Europa, como grandes aliados. Passados estes 69 anos de persistente harmonia no fundamental das r
Pus aquele afirmação entre aspas mas é mentira. Foi só para usar uma das mais repugnantes e eficazes técnicas de obtenção de visualizações dos tempos modernos, o “clickbait”.
Há exactamente um ano estava em Manchester. Decidira, à última hora, festejar os 52 anos com o meu filho, que estuda na Universidade local, e por lá andei, numa cidade “cool” e muito acolhedora, onde se encontra tudo o que nos fascina em Londres, mas em dose moderada: a vantagem da dimensão ajuda qu
Proponho o seguinte exercício: fechem os olhos e imaginem que o Brad Pitt está aí à vossa frente em tronco nu. Não se apoquentem que não há um pingo de perversão nisto que sugiro, e o objectivo até é, digamos que, científico. A segunda parte desta experiência passa por pensarmos noutro galã cinquent
1. Depois do Bataclan de Paris, do Pulse de Orlando, agora a Arena de Manchester, outra vez uma sala de espetáculos no alvo da crueldade terrorista. Desta vez, a barbárie teve na linha de mira adolescentes, jovens adultos e pais que tinham ido buscar os filhos que estavam entre as 18 mil pessoas com
Temos medo. Podemos dizer que não temos, podemos tentar racionalizar, mas é um facto que o século XXI é o século do medo. Pelo menos até agora. Pode ser que mude, porém não vejo sinais de qualquer mudança, sinto apenas a escalada do medo.
É o seguinte: segundo um estudo realizado por mim, a partir de um sem-número de entrevistas realizadas a vozes da minha própria cabeça, Lisboa foi considerada — sem margem para dúvidas — a pior cidade da Europa. Apesar da feroz competição de Tirana e Amarante (escolhido ao calhas, escusam de vir com