O dia que assinala a ressurreição de Jesus Cristo calha no Dia das Mentiras, numa bonita ironia que só a aleatoriedade do universo é capaz de gerar. Eis a história real da morte e ressurreição de Jesus.
Neste Dia das Mentiras, imaginemos uma notícia inventada agora mesmo: a empresa ABC, com sede ali em Elvas, abriu concurso para admitir 10 novos trabalhadores. Resultado? Contratou 9 espanhóis e 1 solitário português. Pela Internet fora, a berraria foi
tremenda: uma empresa que discrimina os cidadão
O mundo viu a cara de Emma Gonzalez. No mesmo exacto dia, estudantes revoltavam-se em Gaza. Saem de casa para a escola a cada dia, marcham pela sua vida todos os dias. Espero o dia em que a América, e o mundo, também se possam ver na cara deles.
Milhares de pessoas, em especial jovens, saíram à rua e fizeram uma revolução. Não foi apenas um acto isolado, e isso é evidente para quem ouviu os diferentes discursos nas diversas cidades.
Os meus pulmões frágeis, e a minha displicência com a roupa de Inverno, têm-me levado demasiadas vezes às urgências hospitalares. Conheço bem os guichets de atendimento, as salas de espera e o que se lhes segue. A triagem de Manchester não soa a The Smiths, nem a New Order, nem a Stone Roses, nem a
António Costa, primeiro-ministro e sapador florestal em formação, deu o exemplo. A um sábado, claro está, porque nós lisboetas só conhecemos o campo de fim-de-semana. Aqui fica um pequeno guia de como limpar (nem que seja telepaticamente) uma mata, para aquele que tem o privilégio de viver na bolha
Os últimos anos foram de endurecimento para os direitos humanos. Atacados em toda a linha por quem os devia proteger. O ódio tem sido promovido pelos Estados, os mesmos que há 70 anos subscreveram e proclamaram um tratado de paz, inclusão e acolhimento: a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Há esperança nas novas gerações dos EUA: aquelas centenas de milhar de jovens que saíram à rua no sábado a reclamar “um mundo sem pistolas” e a defender o boicote aos políticos que são patrocinados pelo lóbi NRA do negócio de armas, mostraram coragem e determinação que promete vigor para começar a f
Nos nossos aborrecidos países onde todos se vacinam a não ser que não queiram, a história interessante é a história das excepções: de quem não vacina ou daqueles poucos casos em que as coisas correm mal. As vacinas são responsáveis por milhões de histórias invisíveis de crianças que sobreviveram.
A Queima das Fitas de Coimbra tem várias tradições muito bonitas. Encher a cara de álcool até vomitar o fígado é uma delas, bem como esfregar a genitália em genitália alheia (tudo consentido, calma) sob a protecção das capas negras que os estudantes teimam em achar que os tornam invisíveis só porque
Bob Dylan não é um "animal" de palco, essa expressão tão cara do showbiz, não é um entertainer, não está ali para ser nosso amigo e sair em ombros. "Why try to change me now", cantou ele num dos momentos mais bonitos e essa é mesmo a pergunta certa para os órfãos da noite de ontem.
No dia em que o conheci disse-lhe que me lembrava o Coppola. A resposta dele foi: o Coppola não, o Orson Welles. E isto era só um dos muitos diálogos desconcertantes que se podiam ouvir naquele 9.º andar atulhado de gente sobre a praça Tahrir, em plena revolução. Pierre Sioufi fez com que aquele mo
Lembra-se daquele filme no qual Dustin Hoffman fabricava uma guerra porque o negócio da guerra é apetecível e porque politicamente era interessante para certas pessoas? Não tem importância se não se recorda, o que importa realmente é que a ficção foi largamente ultrapassada pela realidade, facto ine
“O que saltou mais à vista foi a capacidade dele em cobrir espaços no momento da transição defensiva, a cortar linhas de passe e a fazer desarmes. Foi definitivamente o melhor em campo”, disse ninguém, em nenhum momento. Há um tipo de jogador que não enche os olhos à maior parte dos adeptos. Como um
“21 de Março” ou “quarta-feira” podem ser as respostas mais imediatas para a pergunta “Que dia é hoje?”. “Dia da árvore”, responderão alguns. “Dia Mundial da Poesia”, responderão outros. “48h após o Dia do Pai”, responderão os preguiçosos cronológicos. Sendo eu um fã de árvores, de poesia e (porque
Pode ser embirração minha, mas considero que qualquer pessoa que se queixe de estar a ser vítima de uma cabala, à partida, pela mera utilização do vocábulo, parece-me pouco provável que esteja inocente. Será uma palavra que se ensina logo nas camadas mais jovens das jotinhas como o melhor recurso pa
Andréi Nekrasov, cineasta de São Petersburgo, escreveu no Financial Times que “os russos sentem a identidade nacional com ainda mais fervor quando são pressionados de fora”. A trajetória hostil do relacionamento dos países ocidentais com a Rússia deve ter ajudado Putin a reforçar a sua votação e ati
Às vezes, pomo-nos a conversar e vamos desde o início do universo até à língua dos esquimós — o problema é quando a criança tira da cartola uma pergunta bem mais difícil de responder do que «Qual é o sentido do mundo?».
A morte é estranha, é sabido. Mesmo que se morra em paz, essa parvoíce de se estar morto para sempre deve ser uma seca de proporções grotescas. E é isso que mais me chateia no facto de morrer.