Depois do Charlie Hebdo, foi o Porta dos Fundos a sofrer as consequências das suas piadas. Por Portugal, também há muitos humoristas que se acham impunes e que no humor vale tudo. Desculpem, meus amigos, mas não vale. Se valer, então pode haver consequências.
Espanha está mais enredada dentro do labirinto que é político, judicial (como é que o Supremo Tribunal de Espanha vai reagir à sentença do Tribunal Europeu?) e também emocional.
O Natal é a época da família e da concórdia, mas também das grandes discussões à volta da mesa, quando as famílias têm a oportunidade de debater as grandes questões da Humanidade: o Brexit, a Impugnação de Trump — e se devemos dizer «vermelho» ou «encarnado»...
A democracia parlamentar, que é a base do nosso sistema político, impercetivelmente, sem que víssemos a situação chegar, abandonou o seu pressuposto básico: o país primeiro, os partidos depois.
No Brasil, há pelo menos um milhão e meio de pessoas que acha que brincar com Jesus Cristo devia dar direito a pena de prisão e que a arte deve ser censurada se ofender muita gente.
Escolhemos a nossa família lógica, nunca a biológica, ok, mas a lógica escolhemos, são as nossas pessoas, as que contam a nossa história, as que riem das coisas que recordamos, as que nos entendem no silêncio.
A esquerdalha volta à carga com as tão idiotas quanto afamadas ideias proto progressistas, e vai discutir-se outra vez no parlamento a legalização da canábis para fins recreativos.
Uma língua é feita de palavras bonitas, palavras úteis, palavras irritantes, palavras que deliciam, palavras que não servem para nada, palavras feias como tudo. Pois, hoje, apetece-me falar destas últimas.
A cidadania e a responsabilidade social e ambiental das instituições tem hoje uma força poderosa que não pode nem deve ser ignorada. O problema é que continua tudo à espera do Estado, para resolver tudo. Mas o Estado, convém relembrar, somos todos nós.
Se o Brexit em 2016 foi o início de uma era na política do “eu-não-acredito-que-isto-está-a-acontecer”, as eleições de ontem foram a confirmação daquilo que é o novo normal. Os americanos têm 11 meses para descobrirem uma forma de o inverter.
O Reino Unido da Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte finalmente decidiu que quer sair da União Europeia, ao fim de três anos de hesitações ridículas e vexatórias. Mas a decisão é apenas o prenúncio de mais uns anos de dúvidas, que dificilmente terão um final feliz.
O que é arte? Uma banana colada à parede com fita adesiva? Um quadro em branco? Será arte apenas compreensível para alguns ou engodo para bananas? É capaz de ser a segunda hipótese.
A última vez que alguém com o nome acabado em “oris” (Hugo Lloris) tentou impedir um imigrante (Éder) de ser feliz, as coisas não correram bem para a nação anfitriã.
Em vésperas das eleições gerais, o cenário dominante aponta para o triunfo dos conservadores de Boris Johnson, com maioria absoluta e, portanto, logo a seguir, Brexit. Mas ainda estão abertos todos os cenários, aliás com sinais de muita mobilização do campo anti-Brexit que tem nesta eleição a última
Aposto que haverá um tema dominante das festas de fim de ano daqui a umas semanas: os Anos 20 (do século passado)! Mas será que os Anos 20 (deste século) começam já?
A cimeira comemorativa dos 70 anos da NATO, que ocorreu esta semana em Londres, pode resumir-se, como todas as cimeiras internacionais e inter-regionais dos últimos anos, assim: os maus fizeram afirmações inesperadas e inexplicáveis, e os bons não disseram nada de substancial.
Vivemos tempos em que há muita gente a competir sobre quem sabe mais sobre as alterações climáticas e, mais recentemente, sobre quem é mais ambientalista e ecologista, numa espécie de competição de mães que enaltecem os feitos dos filhos.