Já só faltam três semanas para a repetição das eleições gerais em Espanha e reforça-se a perspetiva de impasse ainda maior para a formação de governo em Madrid, num momento em que a contínua deriva anárquica nas avenidas de Barcelona, também assaltadas por vândalos, torna mais complicado o labirinto
Conseguir vencer na era da transformação digital passa por compreender da melhor forma como é que cada nova tecnologia pode aportar valor à organização. Para que isso seja uma realidade, é necessário recorrer a profissionais especializados que entendam as características, quer das soluções digitais,
Ontem, deixei-me cair na tentação de assistir a um pouco do debate sobre o Brexit no Parlamento britânico. Desta vez, enquanto os deputados se entretinham a decidir não decidir nada, pus-me a reparar nos sotaques.
Parecia inexorável que a saída do Reino Unido da União Europeia fosse decidida no sábado, na reunião extraordinária da Câmara dos Comuns, mas com os ingleses nada é inexorável, a não ser a sua incapacidade de decidir.
De Barcelona a Hong Kong, de Quito a Santiago do Chile, de Washington a Lisboa, de Pyongyang a Kiev, parece que metade do mundo tenta segurar os fios do planeta com pinças de porcelana para não cair no escuro, enquanto a outra metade jorra gasolina e fósforos nos mesmos fios que se vão desfiando.
Penso que os ministros anunciados para o novo Governo de António Costa são demasiado anónimos. Vivemos tempos em que a visibilidade é importante e, por isso, deixo uma sugestão de um governo alternativo.
As artes são o parente pobre de múltiplas realidades, incluindo o Orçamento de Estado, contudo é na criatividade que nos afirmamos. Ser artista português hoje é o quê? E ser criativo? Quanto vale uma ideia? Vale pouco.
A pergunta o que fez a Acreditar em 25 anos de existência? suscita uma resposta dupla: a factual, que refere o quê e o quanto; e a emocional, que nos leva a afirmar que fica sempre algo por dizer quando falamos do que somos e fazemos, porque há uma dimensão afectiva impossível de se traduzir em pala
As duras penas ditadas pelo Supremo Tribunal de Espanha para nove dos 12 condenados no processo aos líderes independentistas catalães desencadeia uma sacudidela emocional muito difícil de gerir. Há o risco de desencadear na Catalunha movimentos de desobediência civil fora de controlo, mas também há
A pergunta é demasiado ambiciosa para uma simples crónica — mas hoje acordei a pensar nisto e não há nada que me afaste do assunto. Para tentar dar uma resposta, faço uma outra pergunta: como são testados os medicamentos que compramos na farmácia? Entremos, pois, no mundo dos ensaios clínicos. A via
Estamos em 2035, dezasseis anos depois de André Ventura ter sido eleito pela primeira vez para o Parlamento como deputado, os mesmos anos depois de ter dito que em 2027 o Chega iria ser o maior partido português, oito anos depois de o ter conseguido. Umas das suas principais ideias desde o início er
Até 9 de Outubro, 131.967 portugueses não tinham recebido os envelopes com os boletins de voto. Repito o número: 131.967 eleitores. Uma democracia a sério não pode ter destas fragilidades.
A Academia sueca, ao premiar a literatura clássica de Peter Handke (tal como a de Olga Tokarczuk) veio dizer-nos que o aplauso à criação artística está acima de considerações pessoais ou políticas do autor. O comité Nobel norueguês premiou um político que está a abrir caminhos exemplares para toda a
Sempre perseguidos na sua própria terra, acabam de ser traídos pelo único aliado, os Estados Unidos. Uma oportunidade imediatamente aproveitada pela Turquia de Erdogan.
André Ventura foi eleito deputado e, com ele, a extrema-direita entrou na Assembleia pela primeira vez desde o 25 de Abril. A democracia tem destas coisas e nem sempre agrada a toda a gente.
Quem trabalha na área da violência sexual sabe que existe uma narrativa enraizada na sociedade que reforça a ideia errada de que violação, ou outra forma de abuso, é sexo ou uma experiência sexual. Mas não, não é — é crime. É preciso, cada vez mais, apresentar estes casos como crime e dessexualizar
Em 2000, mais de metade dos governos europeus eram dirigidos por partidos da social-democracia integrada na Internacional Socialista (IS). Hoje, apesar de alguns sinais de ressurreição, são raros.
As diferenças entre os povos encontram-se nos sítios mais insuspeitos: na forma das placas da estrada, nas marcas de café nas esplanadas, na particular maneira de construir as casas, na maneira como pedimos desculpa, nos pecados que toleramos — e na maneira como votamos.
No dia 1 de Outubro a China mobilizou-se para celebrar a vitória do partido do poder há 70 anos e mostrar a sua potencialidade de liderar o mundo. Com uma História atribulada de mais de três mil anos, o país encontrou finalmente o seu destino.