Este Asia escreve-se sem o acento agudo no primeiro A por ser assim mesmo o nome próprio de uma paquistanesa que se tornou uma história de esperança no muito sofrido território dos Direitos Humanos. Também é uma história que revela como como leis anacrónicas, como as de blasfémia servem para desenca
Sabemos todos quantas palavras andamos a roubar aos ingleses — mas hoje deu-me para virar o jogo ao contrário: então e que palavras demos nós à língua deles?
A reportagem “A Rede” da SIC mostrou que há muita gente burra na Internet que se deixa enganar e que há pessoas com demasiado tempo livre para brincar com os sentimentos dos outros.
Patifes, há muitos. Aldrabões que se fazem passar por boas pessoas, é o que não falta. Mas trafulhas que se orgulham da sua amoralidade, só há um, e dá pelo nome de Roger Stone.
A reportagem de Miriam Alves na SIC sobre vítimas de violação – crime, silêncio e preconceito - e a resposta da Justiça face a casos determinados é uma lição que, porventura, muitos não quererão saber, mas que importava que todos quisessem saber. Saber que as violações são um crime sexual que não te
Portugal ainda não lidou com o seu passado. Não se pacificou. Não soube pedir perdão. A par disso, temos uma memória coletiva curta, não realizando um diálogo histórico, que se quer também social e cultural, porque os males de outrora perduram ainda e a discriminação racial de então parece continuar
O Woodstock dos escuteiros vem para Portugal. A WebSummit dos beatos. O NOS Alive dos meninos de coro. A feira erótica dos entusiastas da posição de missionário. Portugal todo? Não! O resto do país resiste ainda e sempre à organização de grandes eventos. E a vida não é fácil para os campos fortifica
Comecei a escrever este texto há poucos dias, sentada numa loja Ikea. Tinha muito pouca bateria no telefone, sem forma de o carregar. Agarrei no caderno que sempre me acompanha e comecei a escrever. Paradoxalmente, sobre o que mudou na tecnologia e no nosso estilo de vida nos últimos dez anos. Se o
A crise venezuelana esboça uma espécie de regresso ao cenário da Guerra Fria. Desta vez, não se trata de democracias ocidentais frente aos regimes comunistas, mas de uma outra clivagem: democracias liberais de um lado, regimes autoritários do outro.
No início deste ano deu-se um passo de gigante nos voos comerciais. Foi numa companhia aérea portuguesa – a Hi Fly - onde pela primeira vez se efetuou um voo totalmente livre de plásticos de uso único. Aliás o termo single-use (uso único) ganhou de tal forma força na sociedade que foi considerado o
Não, as notícias falsas não são coisa nova só porque agora temos uma expressão inglesa para as designar. Aliás, diria mesmo que a ideia de que as notícias falsas são típicas do nosso tempo é, enfim, uma notícia falsa... Há quanto tempo não andam por aí os boatos, os mitos, as balelas, as tretas em g
Portugal não é um país racista, mas… Aqui fica a entrevista com uma das muitas pessoas que não é discrimina racialmente, mas… se calhar não é bem assim.
O problema não é o vídeo da violência. É a violência. O ressentimento não nasce de protestarmos. Nasce do mal estar lá, quase sempre tapado, tapado por séculos. Política seria encará-lo.
A Acreditar sabe que as crianças, os jovens e os pais, quando entram pela primeira vez no Hospital suspensos num susto que ainda não seguram, precisam desesperadamente de olhares que compreendam e de palavras que infundam esperança. Existimos para dar corpo visível a esta palavra buscada.
A vivência do início de um novo ano traz várias coisas estranhas, entre elas a capacidade de perceber de imediato que não vou fazer dieta nem mudar o mundo. Não vou contribuir para a paz no planeta, não vou ser pioneira na área da medicina ou outra ciência qualquer, não vou conseguir convencer os me
Ao encarar a temática do Brexit, eu pareço aquelas senhoras idosas nas escadas rolantes do centro comercial, sempre à espera da altura exacta para pôr um pé — altura essa que, não só demora a chegar, como chega sempre num desequilíbrio de fazer temer pela vida. Há já muito tempo que ando "para pôr o
Apesar de todas as nuvens, há que mostrar o brilho do sol na Europa, tão açoitada por tempestades. E assim, com muitos abraços e sorrisos, o encontro de Aachen produziu um pouco mais do que a oportunidade de boas fotos de família.
Restelo, 18h. Santiago sai do externato “As Descobertas” e à sua frente as suas duas colegas de turma, Loti e Nonô, trocam insultos. Santiago aproxima-se. “Mandaste um Instadirect ao Duarte, quando sabes que nós estivemos juntos na festa do Valssassina. És uma falsa!”, diz Loti. “Cala-te, suja! Tu d
As dezenas de milhar de pessoas que no sábado se juntaram em volta da vasta basílica gótica de Santa Maria, em Gdansk, fizeram do funeral de Pawel Adamowicz, o fecho de toda uma semana de luto com grande consternação pela brutal súbita perda de um político que era um herói para todos.
Volta e meia fazem-me esta pergunta e, provavelmente, com mais frequência do que estaria à
espera. E, como ontem a voltaram a fazer, sinto que está na altura de me deixar de hipocrisias
e assumir a verdade: eu finjo que sou feminista para comer gajas. Pronto, admito.